Seminário debate ciência, biotecnologia e cibercultura na Antropologia

28/09/2015 14:21

O III Seminário “Mapeando Controvérsias Contemporâneas” organizado pelo Grupo de Pesquisas em Ciberantropologia (GrupCiber) da UFSC em parceira com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), será realizado nos dias 5 e 6 de novembro no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Programação JPEG

O seminário tem três eixos temáticos, Ciência, Biotecnologia e Cibercultura, que serão discutidos dentro da Antropologia. Os objetivos do evento são determinar tópicos de análise sobre os temas, causar uma reflexão crítica sobre a Antropologia contemporânea e estabelecer vínculos com instituições nacionais e internacionais.

Serão realizadas apresentações de pesquisadores parceiros da Universidade de Brasília (UNB), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), além de professores do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS) e do Departamento de Antropologia da UFSC e da intercambista doutoranda, Dalila Floriani Petry, da Université Paris Ouest Nanterre la Défense.

A linha de pesquisa do GrupCiber é a Cultura e Comunicação e aborda a cibercultura do ponto de vista antropológico. Theophilus Rifiotis, coordenador do GrupCiber, diz que quando o grupo surgiu em 1997 “tratava-se de um duplo pioneirismo: o investimento etnográfico nesse campo interdisciplinar e a sua introdução na antropologia brasileira”.

O evento é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc). A entrada é aberta ao público e gratuita.

A programação completa está no Facebook

Giovanna Olivo/Estagiária de Jornalismo/Agecom/DCG/UFSC

Tags: grupciberGrupo de Pesquisas em CiberantropologiaMapeando Controvérsias ContemporâneasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Palestra debate humanização de animais de estimação

11/08/2014 22:50

palestra-jean-724x1024Jean Segata, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e doutorando pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), ministrará, no dia 12 de agosto, às 14 horas, na sala 110 do Departamento de Antropologia, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), a palestra gratuita “A Produção da Semelhança: Humanidade, Animalidade e Outras Contigências”, baseada na sua tese de doutorado “Nós e os Outros Humanos, os Animais de Estimação”. O evento é uma parceria com o Grupo de Pesquisas em Ciberantropologia (GrupCiber) do curso de Antropologia da UFSC.

O objetivo da palestra é mostrar a humanização dos animais – não pelos cuidados, convivência, roupas ou nomes humanos; mas a partir das semelhanças nas suas doenças, tratamentos e preocupação dos donos com a estética. Casos de gatos com cálculo renal, animais com aparelho ortodôntico e cães depressivos tratados com medicamentos para humanos serão apresentados, e a importância dos donos para auxiliar a recuperação da saúde de seus bichos também será abordada. Jean também falará dos tratamentos de beleza oferecidos em pet shops, como tosas, banhos, manicures e os diversos perfumes para animais.

Outros trabalhos relacionados ao tema da palestra já foram apresentados em eventos e publicações de outras universidades brasileiras, chilenas, argentinas e francesas.

Resumo da palestra:

A humanização de certos animais, especialmente aqueles de estimação, tem sido um tema em voga nos últimos anos. Mas como é produzida a humanidade desses animais ou quando e até onde eles são humanos? O objetivo desse trabalho é fazer aparecerem negociações e limites no que diz respeito à produção da semelhança entre humanos e animais, a partir de dados etnográficos a respeito da elaboração de diagnósticos e tratamentos médico-veterinários em favor da saúde e da estética de animais de estimação. O que se sustenta aqui é que o que é tratado como humanização dos animais não se nutre simplesmente da equivalência de elementos culturais – como os nomes humanos, as roupas, os cuidados, a convivência nos mesmos lares ou a motivação de discussões sobre alguns direitos e modalidades, de humanos e animais. No debate, cabe, igualmente, a consideração de elementos imputados ao domínio da natureza, como alguns instintos que precisam ser modulados ou uma biologia equivalente que permite o diagnóstico de problemas orgânicos e a sua medicalização.

Mais informações:

Jean Segata – jeansegata@gmail.com

Felipe Freitas/ Estagiário de Jornalismo da Agecom/ UFSC

felipemedeirosfreitas94@gmail.com

Claudio Borrelli / Revisor de Textos da Agecom / Diretoria-Geral de Comunicação/ UFSC

Tags: antropologiaCFHgrupciberhumanização de animais estimação

Na mídia: Floresta Digital é tema de mestrado da UFSC

19/06/2012 14:21

O programa de Inclusão do Governo do Estado do Acre, Floresta Digital, é tema da pesquisa de mestrado em Antropologia Social ) de Dalila Floriani Petry, pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No Acre desde o dia 30 de maio, junto ao companheiro que também é pesquisador da UFSC (doutorando em Literatura), Fernando Floriani Petry, a mestranda está realizando um trabalho de campo constituído por extensa pesquisa e entrevistas, envolvendo as três vias de atuação do programa: sinal de internet, telecentros e ensino a distância. O objetivo é analisar o processo de implantação e abrangência do programa, avaliando o impacto do Floresta Digital na vida dos usuários do programa.

A mestranda, que estuda cibercultura, é pesquisadora do GrupCiber (Grupo de Estudos em Antropologia do Ciberespaço). De acordo com ela, a escolha do programa como tema foi muito bem aceita no ambiente universitário de Santa Catarina. “Quando ouvi falar sobre o Floresta Digital considerei a proposta muito interessante, sobretudo por ser uma política pública que desenvolve a questão da inclusão digital em âmbito estadual”, aponta a estudiosa. Dalila explica que os debates acerca da inclusão digital e social podem ser enriquecidos a partir da ótica dos estudos de cibercultura. “Realizar esse estudo se apresentou como uma excelente oportunidade para conhecer a realidade desse programa e também fazer uma análise sobre essas noções que estão tão presentes em nossos cotidianos”, complementou a pesquisadora.

Para Fernando Floriani Petry, que se mostrou satisfeito por acompanhar a pesquisa, as impressões têm sido muito positivas. “O mais bacana desse projeto é o alcance do serviço para a população”, comentou o doutorando. Fernando relata um caso interessante que presenciou nesse período de entrevistas com os usuários. “Um momento marcante para mim, foi o relato de um usuário do Telecentro do Parque, que trabalhou um ano para comprar seu computador e mais quatro meses para comprar a antena do programa, isso mostra a importância social do serviço oferecido pelo Floresta”, acrescentou.

A Assistente Administrativa da DMA, Sarah Janne, teve a oportunidade de acompanhar os pesquisadores em uma entrevista de campo e ficou feliz com o interesse pelo Floresta Digital. “Nosso estado está sendo reconhecido em todo o mundo através deste trabalho de inclusão e esta pesquisa é uma prova disso”. Para a servidora, uma parte importante do programa são os telecentros. “Graças aos cursos e do acesso à internet através dos telecentros, o Floresta Digital está conseguindo transformar a vida de muitas pessoas”, diz.

Na segunda-feira, 18, os pesquisadores viajarão para o Vale do Juruá, onde irão verificar a realidade do projeto também nos municípios mais distantes, com uma realidade diferente da encontrada em Rio Branco. Um trabalho de campo necessário para a compreensão geral do programa, sua abrangência, impacto social e peculiaridades de cada município visitado.

Grupo de Estudos em Antropologia do Ciberespaço

Ativo desde 1996, mas criado oficialmente em 1997, o Grupo de Estudos em Antropologia do Ciberespaço – GrupCiber – integra a linha de pesquisa Cultura e Comunicação, doPrograma de Pós-graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina.

O grupo procura desenvolver pesquisas voltadas aos fenômenos sociais dentro do chamado “ciberespaço” a partir da expansão das tecnologias da informação e da comunicação e das modalidades de comunicação mediada por computador. Preocupado em compartilhar sua produção e contribuir na promoção da colaboração interdisciplinar e inter-institucional, o grupo criou um canal de comunicação permanente entre aqueles que têm investido neste campo de estudos relativamente novo e em expansão através de seu portal.

Quem desejar conhecer melhor o trabalho do grupo pode acessar:http://www.grupciber.net

Fonte: Agência Notícias do Acre

Tags: antropologiagrupcibermestradoUFSC