TV UFSC: mobilidade urbana é tema de seminário em Florianópolis

14/05/2014 21:28

O telejornal UFSC Cidade, da TV UFSC, traz uma reportagem sobre o seminário “Mobilidade Urbana: Desafios e oportunidades por um transporte sustentável”, promovido pela Embaixada da Suécia. O objetivo foi discutir soluções para o transporte público para Florianópolis.

Esta edição do telejornal trata ainda dos 30 anos do Centro de Informações Toxicológicas, que já atendeu a mais de 175 mil pessoas de todo o Estado. De acordo com o CIT, a maioria das ocorrências deve-se a contato com animais peçonhentos e insetos, bem como intoxicação com agrotóxicos e medicamentos.

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Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina celebra 30 anos de atividades nesta quarta-feira

14/05/2014 10:07

Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC) comemora seus 30 anos de atividades nesta quarta-feira, dia 14 de maio, em solenidade no auditório do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir das 9 horas. Mais do que celebrar o aniversário, o propósito da data é divulgar o serviço à população. O ideal é que cada família conheça o serviço e tenha em casa o número do telefone 0800-643-5252, para qualquer caso de acidente tóxico ou envenenamento.

Também será lançada pela Secretária de Saúde a Política de Antídotos do Estado de Santa Catarina, que prevê a implementação de diretrizes estaduais, regionais e municipais de antídotos. Seu objetivo é assegurar o tratamento adequado ao paciente agudamente intoxicado, garantindo – em todo o território catarinense – a disponibilidade dos antídotos e a difusão das informações técnicas qualificadas, atualizadas e com base nas melhores evidências quanto à indicação e ao uso.

O Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina é uma unidade pública de referência em Toxicologia Clínica no estado de Santa Catarina, que atende em regime de plantão permanente, por meio telefônico e presencial, nas intoxicações e envenenamentos. Localizado no HU da UFSC desde sua fundação, o Centro mantém serviço de plantão 24 horas especializado em prover informações sobre o tratamento de intoxicações, em caráter de urgência, a profissionais de saúde – principalmente médicos da rede pré-hospitalar, hospitalar e ambulatorial –, além de educar e informar a população em geral. O atendimento é feito por telefone, com discagem gratuita, ou diretamente no CIT/SC.

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Tags: 30 anos de atividadescentro de informações toxicológicasCITUFSC

Centro de Informações Toxicológicas aproveita aniversário para divulgar o serviço à população

07/05/2014 17:16

O Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC) comemora seus 30 anos de atividades na próxima quarta-feira, dia 14 de maio, em solenidade no auditório do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir das 9 horas. Mais do que celebrar o aniversário, o propósito da data é divulgar o serviço à população. O ideal é que cada família conheça o serviço e tenha em casa o número do telefone 0800-643-5252, para qualquer caso de acidente tóxico ou envenenamento.

Também será lançada pela Secretária de Saúde a Política de Antídotos do Estado de Santa Catarina, que prevê a implementação de diretrizes estaduais, regionais e municipais de antídotos. Seu objetivo é assegurar o tratamento adequado ao paciente agudamente intoxicado, garantindo – em todo o território catarinense – a disponibilidade dos antídotos e a difusão das informações técnicas qualificadas, atualizadas e com base nas melhores evidências quanto à indicação e ao uso.
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Especialistas alertam para cuidados contra a proliferação de escorpiões

24/07/2012 15:43
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Manter as camas afastadas das paredes e rebocar paredes e muros são algumas das dicas para evitar picadas de escorpiões

A proliferação de escorpiões em alguns pontos da Grande Florianópolis colocou em alerta as autoridades de saúde e vigilância ambiental, especialmente porque boa parte dos casos envolve a espécie Tityus Serrulatus, considerada a mais perigosa da América do Sul. De acordo com o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), que funciona no Hospital Universitário da UFSC, somente no HU, de 2007 para cá, foram registrados 26 casos de acidentes com escorpiões, embora apenas três tenham sido causados por esta espécie mais nociva.

No Hospital Universitário, no período citado, 18 atendimentos foram provocados por picadas de escorpiões do gênero Bothriurus, que não considerados perigosos devido à baixa toxidade do veneno. Mesmo assim, a equipe recomenda uma série de cuidados para evitar acidentes, como manter quintais e jardins limpos, eliminar latas e cacos de telhas, tampar ralos, pias e tanques e, especialmente nas propriedades rurais, manter as camas afastadas das paredes e rebocar paredes e muros, em cujos vãos e frestas os animais podem se multiplicar.

“A dor local é comum no caso de escorpionismo humano, podendo ser discreta (apenas no local da picada) ou insuportável, se espalhando pelo membro, durando horas ou dias”, advertem a bióloga Taciana Seemann e a médica Adriana Mello Barotto, coordenadora clínica do CIT/SC. As manifestações variam de intensidade de acordo com a quantidade de veneno, idade e sensibilidade do paciente. Os casos mais graves costumam acontecer com crianças e idosos. Lavar o local da picada com água e sabão e encaminhar a vítima para o serviço médico mais próximo (preferencialmente levando o animal que causou o acidente, para identificação de suas características) são as recomendações das duas profissionais.

Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão e calor local), sudorese (suor) e piloereção local. Nos casos moderados, agregam-se a estes sintomas os vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Segundo os especialistas, os acidentes graves provocam vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque. Não é aconselhável usar veneno para combater os escorpiões, porque o desalojamento temporário dos mesmos pode favorecer a dispersão dos focos e o aumento da população do animal.

Causas da proliferação – Existem cerca de 1.500 espécies de escorpiões no mundo, e apenas 25 podem causar envenenamento grave. “A proliferação está relacionada ao impacto ambiental causado pelo crescimento desordenado das cidades, desmatamento, baixo saneamento básico e a proliferação de insetos – base de sua cadeia alimentar – como as baratas”, diz Taciana Seemann. De hábitos noturnos, os escorpiões costumam se esconder durante o dia sob cascas de árvores, pedras, tijolos, troncos podres, madeiras empilhadas, fendas, muros e porões, além de locais onde se acumula o lixo doméstico. São mais ativos durante os meses quentes do ano, mas em épocas de muita chuva podem sair em busca de abrigo em áreas secas e residências.

Nesta semana, segundo a imprensa, foram capturados 21 escorpiões amarelos (Tytius serrulatus) nas localidades de Três Riachos e Mar das Pedras, no interior de Biguaçu, na Grande Florianópolis. O proprietário de um sítio contou que localizou os animais quando fazia limpeza numa área com madeiras empilhadas. A Vigilância Ambiental e a Secretaria de Saúde do município passaram vários dias trabalhando na captura dos escorpiões, que se espalharam por outras casas da região.

Medidas preventivas

– Manter quintal, jardim e arredores da residência sempre limpos, evitando plantas de muita folhagem;

– Não jogar lixo e entulhos próximos a residências. O lixo é um bom ninho para os escorpiões;

– Eliminar latas, cacos de telhas e outros objetos que possam acumular água. Os escorpiões têm necessidade de água;

– Eliminar as baratas, que são um bom alimento para os escorpiões;

– Tampar ralos de chão, pias e tanques;

– Observar com cuidado os panos de chão e as roupas úmidas antes de apanhá-los;

– Observar com cuidado sapatos e roupas, sacudindo-os antes de calçá-los ou vesti-los;

– Não matar sapos e lagartos. Para as galinhas o escorpião é um bom prato;

– Ter cuidado para não ser picado nas mãos, ao mexer em montes de lenha, tijolos, entulhos, folhagens e buracos;

– Manter as camas afastadas da parede;

– Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;

– Evitar plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes e muros das casas;

– Em caso de picada, procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo.

Mais informações:

Centro de Informações Toxicológicas
Hospital Universitário – HU

Telefones:
(48) 3721-9535
(48) 3721-9173
(48) 9902-2683 (Para envio de imagens)
0800 643 5252 (Ligação Gratuita 24h)

Fax: (48) 3721-9083

E-mail: cit@hu.ufsc.br

Site: http://www.cit.sc.gov.br

Por Paulo Clóvis Schmitz, jornalista da Agecom. Fotos: Acervo do Centro de Informações Toxicológicas.

Tags: centro de informações toxicológicasCITHUUFSC

Especialistas alertam para cuidados contra a proliferação de escorpiões

20/07/2012 11:39

A proliferação de escorpiões em alguns pontos da Grande Florianópolis colocou em alerta as autoridades de saúde e vigilância ambiental, especialmente porque boa parte dos casos envolve a espécie Tityus Serrulatus, considerada a mais perigosa da América do Sul. De acordo com o Centro de Informações Toxicológicas de Santa Catarina (CIT/SC), que funciona no Hospital Universitário da UFSC, somente no HU, de 2007 para cá, foram registrados 26 casos de acidentes com escorpiões, embora apenas três tenham sido causados por esta espécie mais nociva.

No Hospital Universitário, no período citado, 18 atendimentos foram provocados por picadas de escorpiões do gênero Bothriurus, que não considerados perigosos devido à baixa toxidade do veneno. Mesmo assim, a equipe recomenda uma série de cuidados para evitar acidentes, como manter quintais e jardins limpos, eliminar latas e cacos de telhas, tampar ralos, pias e tanques e, especialmente nas propriedades rurais, manter as camas afastadas das paredes e rebocar paredes e muros, em cujos vãos e frestas os animais podem se multiplicar.

“A dor local é comum no caso de escorpionismo humano, podendo ser discreta (apenas no local da picada) ou insuportável, se espalhando pelo membro, durando horas ou dias”, advertem a bióloga Taciana Seemann e a médica Adriana Mello Barotto, coordenadora clínica do CIT/SC. As manifestações variam de intensidade de acordo com a quantidade de veneno, idade e sensibilidade do paciente. Os casos mais graves costumam acontecer com crianças e idosos. Lavar o local da picada com água e sabão e encaminhar a vítima para o serviço médico mais próximo (preferencialmente levando o animal que causou o acidente, para identificação de suas características) são as recomendações das duas profissionais.

Nos acidentes considerados leves, a pessoa apresenta edema (inchaço), hiperemia (vermelhidão e calor local), sudorese (suor) e piloereção local. Nos casos moderados, agregam-se a estes sintomas os vômitos, náuseas, hipertensão e taquicardia. Segundo os especialistas, os acidentes graves provocam vômitos intensos e frequentes, muita sudorese, agitação, aumento ou diminuição da frequência cardíaca, arritmias, contrações musculares, edema e choque. Não é aconselhável usar veneno para combater os escorpiões, porque o desalojamento temporário dos mesmos pode favorecer a dispersão dos focos e o aumento da população do animal.

Causas da proliferação – Existem cerca de 1.500 espécies de escorpiões no mundo, e apenas 25 podem causar envenenamento grave. “A proliferação está relacionada ao impacto ambiental causado pelo crescimento desordenado das cidades, desmatamento, baixo saneamento básico e a proliferação de insetos – base de sua cadeia alimentar – como as baratas”, diz Taciana Seemann. De hábitos noturnos, os escorpiões costumam se esconder durante o dia sob cascas de árvores, pedras, tijolos, troncos podres, madeiras empilhadas, fendas, muros e porões, além de locais onde se acumula o lixo doméstico. São mais ativos durante os meses quentes do ano, mas em épocas de muita chuva podem sair em busca de abrigo em áreas secas e residências.

Nesta semana, segundo a imprensa, foram capturados 21 escorpiões amarelos (Tytius serrulatus) nas localidades de Três Riachos e Mar das Pedras, no interior de Biguaçu, na Grande Florianópolis. O proprietário de um sítio contou que localizou os animais quando fazia limpeza numa área com madeiras empilhadas. A Vigilância Ambiental e a Secretaria de Saúde do município passaram vários dias trabalhando na captura dos escorpiões, que se espalharam por outras casas da região.

Medidas preventivas

– Manter quintal, jardim e arredores da residência sempre limpos, evitando plantas de muita folhagem;

– Não jogar lixo e entulhos próximos a residências. O lixo é um bom ninho para os escorpiões;

– Eliminar latas, cacos de telhas e outros objetos que possam acumular água. Os escorpiões têm necessidade de água;

– Eliminar as baratas, que são um bom alimento para os escorpiões;

– Tampar ralos de chão, pias e tanques;

– Observar com cuidado os panos de chão e as roupas úmidas antes de apanhá-los;

– Observar com cuidado sapatos e roupas, sacudindo-os antes de calçá-los ou vesti-los;

– Não matar sapos e lagartos. Para as galinhas o escorpião é um bom prato;

– Ter cuidado para não ser picado nas mãos, ao mexer em montes de lenha, tijolos, entulhos, folhagens e buracos;

– Manter as camas afastadas da parede;

– Rebocar paredes e muros para que não apresentem vãos e frestas;

– Evitar plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes e muros das casas;

– Em caso de picada, procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo.

Mais informações:

Centro de Informações Toxicológicas
Hospital Universitário – HU

Telefones:
(48) 3721-9535
(48) 3721-9173
(48) 9902-2683 (Para envio de imagens)
0800 643 5252 (Ligação Gratuita 24h)

Fax: (48) 3721-9083

E-mail: cit@hu.ufsc.br

Site: http://www.cit.sc.gov.br

Por Paulo Clóvis Schmitz, jornalista da Agecom. Fotos: Acervo do Centro de Informações Toxicológicas.

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CIT aponta agrotóxico como principal causa de morte por intoxicação em SC

11/05/2012 13:22

Contaminação por agrotóxicos, ingestão de medicamentos e picadas de animais peçonhentos estão entre as principais causas de acidentes tóxicos em Santa Catarina. O estado registrou 150 mil ocorrências nos últimos 28 anos. Os registros apontam também para 60 mortes somente no ano passado. Esses dados, divulgados hoje pelo Centro de Informações Toxicológicas (CIT/SC), servem para chamar atenção para esse problema e prevenir acidentes, como parte da programação do Dia Estadual de Prevenção de Acidentes Tóxicos, que acontece em 14 de maio.

A intoxicação é o conjunto de sinais e sintomas que são provocados quando se inala, injeta, ingere ou se entra em contato com uma substância química em uma dose tóxica. É o caso de ingerir por engano um produto de limpeza armazenado em uma garrafa de refrigerante, por exemplo. Ou levar uma picada de abelha. A gravidade da intoxicação depende tanto da substância, sua composição e dose, quanto do paciente, seu estado de nutrição, idade e condições de saúde.

Agrotóxico – O Brasil é apontado como um dos maiores consumidores de agrotóxicos do mundo, tanto aqueles de uso agrícola como os domésticos e mesmo de produtos utilizados em campanhas de Saúde Pública. Devido à falta de controle no uso destas substâncias químicas tóxicas e o desconhecimento da população em geral sobre os riscos e perigos à saúde, estima-se que as taxas de intoxicações humanas no país sejam altas, causando a morte de 5 mil trabalhadores por ano, vítimas de agrotóxicos. Em Santa Catarina, entre todas as causas de intoxicação, o agrotóxico foi o maior responsável pelo número de óbitos no ano passado: dos 444 pacientes intoxicados, 22 morreram. Em comparação, a segunda causa de morte foi por medicamentos: 16 casos, para 2675 ocorrências.

Embora atinja a população em todas as idades, os acidentes tóxicos têm como vítimas mais vulneráveis as crianças na faixa de 1 a 4 anos. As últimas estatísticas apontam que quase seis em cada dez casos envolvendo menores de 18 anos foram acidentes com crianças na faixa etária de 1 a 4 anos. Os acidentes foram por ingestão de medicamentos, picadas de animais peçonhentos e ingestão de produtos de limpeza. “A disponibilidade dos produtos, o acesso fácil, a falta de cuidado e a falta de informações sobre riscos tóxicos são a causa de muitos acidentes tóxicos”, informa a Supervisora do CIT/SC, Marlene Zannin.

Subnotificação – Desde que o CIT/SC começou seus trabalhos em 1984, observa-se um crescimento no número de notificações. As estatísticas começaram com 162 casos em 1984 e nos últimos anos os registros estão na casa de 10 mil ocorrências por ano. “Não significa que aumentou o número de acidentes, e sim que o problema agora está mais visível, com os dados reunidos pelo serviço do CIT/SC”, afirma a supervisora clínica do centro, a médica Adriana Mello Barotto. O maior número reflete também o aumento da população e da quantidade de substâncias químicas no mercado.

“Acreditamos que devam existir muito mais casos de intoxicação, mas que não são diagnosticados por falta de conhecimento do que as substâncias causam nos seres humanos”, explica a médica Adriana. “É o caso do agricultor que utiliza muitos anos um produto e que mais tarde procura um médico falando com tem sintomas de depressão”, afirma.  Quando os sintomas não são facilmente identificados, a intoxicação acaba não sendo reconhecida. Se não é reconhecida, acaba havendo o subdiagnóstico do problema.

Atendimento do CIT/SC de 1984 a 2010.


População rural é a mais exposta ao risco de contaminação por agrotóxicos

Dos 4213 registros de intoxicações ocupacionais registrados no CIT/SC no período de2003 a2009, 1112 casos (26%) foram em decorrência de acidentes com agrotóxicos; destes, 1052 casos (25%) ocorreram com agrotóxicos de uso agrícola, e apenas 64 casos (1%) de acidentes com agrotóxicos de uso doméstico. Dos 1112 registros selecionados para estudo, houve 836 registros (75%) oriundos da zona rural contra 251 casos (23%) na zona urbana.

A análise dos números para as variáveis agente e zona é conclusiva ao afirmar que os trabalhadores rurais constituem a população mais exposta ao risco de intoxicação por agrotóxicos, seguidos pelos outros profissionais que lidam com essas substâncias, destacando-se os desinsetizadores e trabalhadores expostos em locais recentemente desinsetizados.

A análise das principais vias de exposição, com 950 casos (85,4%) incluindo a via respiratória e 537 casos (48,2%) com exposição cutânea deixa claro que o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) é fato raro no manejo dessas substâncias, principalmente no âmbito da agricultura familiar. Pesquisa realizada na serra gaúcha, com trabalhadores agrícolas de pequenas e médias propriedades demonstrou que 35% da população do estudo nunca utilizavam máscara, luvas ou roupa de proteção51.

O mesmo trabalho mostrou ainda que a maioria da população exposta pertencia ao sexo masculino (86%) e à faixa etária dos 30-49 anos, dados muito semelhantes aos encontrados no presente estudo, com 872 casos (84%) de intoxicações em indivíduos masculinos e 721 casos (70%) ocorrendo na faixa etária dos 20-49 anos.

Dentre os subgrupos de agrotóxicos com maior número de intoxicações, os inibidores de colinesterase (organofosforados e carbamatos) perfazem a maioria das intoxicações com 343 casos (30,8%), seguidos pelos compostos de glifosato (glicina substituída) com 327 casos (29,4%) e pelos piretróides, contabilizando 186 (16,7%) registros. Os três principais subgrupos de agrotóxicos estão presentes em 76,9% dos registros de intoxicações ocupacionais por agrotóxicos. Vale ressaltar que os compostos de glifosato ultrapassariam em número os registros por inibidores de colinesterase se fossem contabilizados apenas os registros de agrotóxicos de uso agrícola.

As intoxicações ocupacionais agudas completam a maioria dos registros com 925 casos (83%) do total de 1112 atendimentos. Possuem uma ampla variabilidade clínica de apresentações, dependendo principalmente da dose e do princípio ativo envolvido em cada acidente. Entretanto, observa-se que as manifestações sistêmicas inespecíficas são referidas quase invariavelmente, sendo a náusea com 349 referências (31,3% do total; 37,7% dos agudos), os vômitos com 290 registros (26,0% do total; 31,3% dos agudos) e cefaléia com 274 registros (24,6% do total; 29,6% dos agudos), os principais sintomas.

 

Sobre o CIT

Localizado junto ao Hospital Universitário, o Centro de Informações Toxicológicas de Santa mantém um serviço de plantão 24 horas, 365 dias por ano, no qual presta informações específicas em caráter de urgência a profissionais de saúde, principalmente médicos dos centros de saúde e das emergências hospitalares. Também fornece informações educativas e preventivas à população em geral, diretamente ou por telefone. O CIT/SC é um órgão público da Secretaria de Estado da Saúde vinculado à Superintendência de Serviços Especializados e Regulação. Funciona em parceria com a UFSC e é referência no Estado na área de Toxicologia Clínica.

Contatos do CIT/SC:

Site: http://www.cit.sc.gov.br/
Telefones:
0800-646-5253
(48) 3721-8085
(48) 3721-9083
E-mail: cit@hu.ufsc.br

 

Por Artêmio Souza e Laura Tuyama, jornalistas na Agecom.

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