Reitoras recebem proposta de TAEs para jornada de 30 horas
Técnicos-administrativos em Educação (TAEs) da UFSC que aderiram à greve nacional deflagrada em 17 de março de 2014 entregaram uma proposta de resolução normativa para implantação da jornada de 30h de trabalho às reitoras Roselane Neckel e Lúcia Helena Martins Pacheco na manhã desta quinta-feira (15). O documento foi recebido no hall da Reitoria. Alguns TAEs portavam cruzes de madeira enquanto um grupo encenou o enterro simbólico das 40 horas, em um ato organizado pelo Comando Local de Greve.
A reitora Roselane Neckel afirmou que apoia o movimento para melhorias na carreira e no salário dos funcionários e reiterou a proposta da Gestão da UFSC. “Esta Reitoria considera importante a redução progressiva da jornada de trabalho nos setores em que a legislação possibilita – naqueles onde há trabalho noturno – para um turno único após às 21h, conforme legislação”, disse. “A legislação não permite a redução da jornada em todas as áreas”, complementou.
A fala dos TAEs destacou a importância da manifestação, o histórico da jornada de trabalho, a organização das classes trabalhistas e a regulamentação de direitos. Os trabalhadores que participaram do ato aderiram à greve nacional da Federação dos Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (FASUBRA), iniciada em março. Entre os tópicos em pauta, a redução da jornada e melhorias salariais. Após a entrega do documento, ficou acordado que haverá uma nova mesa de negociações envolvendo os TAEs e a Reitoria na próxima segunda-feira.
“Temos o compromisso institucional de dialogar sobre essas questões e fazer todos os encaminhamentos possíveis. É importante lembrar que essa não é uma pauta interna, mas externa”, explicou a reitora. O grupo foi convidado a definir, junto à Reitoria, uma programação de diálogos sobre o tema no início da próxima semana.
Paralisação de alunos do curso de Libras
Durante o ato realizado no piso térreo da Reitoria, um documento em nome da comunidade surda e dos intérpretes de Libras foi entregue às reitoras para reivindicar a contratação de profissionais da área com formação superior. Os alunos do curso de Libras paralisaram as atividades em solidariedade aos TAEs em greve. De acordo com a reitora, a situação está sendo discutida em Brasília, pois, atualmente, o que é permitido é a contratação de intérpretes de Libras de nível médio e não superior, como reivindica a categoria. “Foi feito o encaminhamento do processo ao Governo Federal para que fosse feita a mudança na carreira. Esbarramos em legislação que é federal, não local”, justificou.
Bruna Bertoldi Gonçalves
Jornalista / Diretoria-Geral de Comunicação / UFSC
bruna.bertoldi@ufsc.br