Documentário sobre os 100 anos de Willy Zumblick será exibido nesta sexta na UFSC

12/09/2013 15:19

O artista plástico catarinense Willy Alfredo Zumblick, morto em abril de 2008, faria 100 anos no próximo dia 26. Um dos raros eventos realizado para homenagear o centenário do pintor tubaronense é o documentário “Zumblick na eternidade”, dirigido por Zeca Nunes Pires e produzido pela TV UFSC, que será exibido nesta sexta-feira (13/09), às 12h30min, no auditório da Reitoria, dentro da programação da UFSC, “Quem faz cem anos ou +”, promovida pela Secretaria de Cultura da instituição (SeCult). 

Zumblick sonhou ser caminhoneiro, foi ourives, artista plástico dos melhores e um grande ser humano, sempre ao lado de sua esposa Célia. Além disso, é um dos raros artistas que possui um museu para abrigar suas obras. “Um museu com problemas, é bem verdade”, esclarece Pires, que acrescenta: “É esse lado que o documentário tenta abordar e transmitir, com ênfase para os quadros de Zumblick”.

Além da pesquisa da professora Lélia Pereira da Silva Nunes, que escreveu dois livros sobre Zumblick, o diretor Zeca Pires, que tem especial admiração pelos quadros do artista, contou com a colaboração de dois estagiários do Curso de Cinema da UFSC, Andersson Brito e Jefferson Moreira. Eles foram câmeras, editores e também capricharam na finalização do documentário.”É muito bom trabalhar com estagiários. Aprendo bastante com eles”, enfatiza Pires.

“Zumblick na eternidade”, conta com uma entrevista realizada por Zeca Pires em 2002 com o pintor e sua esposa Célia. O documentário é narrado, além do próprio artista e sua mulher, por amigos (Jurema Fischer, Maria Celeste Neves, Esperidião Amin e outros), críticos e artistas (Janga Neves, Carlos Asp e Arlinda Volpato), jornalistas (Moacir Pereira, Sérgio da Costa Ramos e Guto Kuerten), além de outros depoimentos.

Para Zeca Nunes Pires, o que mais chama a atenção nos quadros do Zumblick é a luz. “Normalmente quando discutimos com o diretor de fotografia a estética das imagens de um filme, costumamos comparar a fotografia do filme a ser realizado com a obra de um artista plástico, para que os dois, diretor e fotógrafo, falem a mesma língua. Paradoxalmente, o diretor de fotografia parte de uma tela escura e pinta o filme com luz, e o artista plástico por inicia com uma tela branca e pinta o quadro com cor, chegando ao final a uma aproximação do cinema com as artes plásticas. O que mais me impressiona na obra do Zumblick é essa luz cinematográfica que ele consegue na maioria dos seus quadros”.

Já, para o cronista Sérgio da Costa Ramos, “Zumblick é dono de uma extensa obra plástica e pictórica de imenso valor cultural e popular. Com uma temática variada e abrangente – em que foi historiador, retratista, folclorista e tradicionalista, espalhou pelo Estado e pelo país  o seu traço iridescente e seu olho rútilo de testemunha ocular da história. São dele os quadros mais expressivos da grande saga do “Contestado”, os “testemunhos” da epopeia de Giuseppe e Anita Garibaldi e o grande mosaico de uma obra variada, que incluía os “flagrantes” da cultura popular, como as Bandeiras do Divino, o Boi-de-Mamão, o Pau de Fita, as rendeiras, os imigrantes e seus hábitos – os monges, as ciganas, as paisagens, as caricaturas”.

O documentário “Zumblick na eternidade” também será na próxima segunda-feira (16/09), às 19h30min, no auditório do Tribunal de Contas, dentro da programação em homenagem ao artista organizada pelo Conselho Estadual de Educação. No dia 26 de setembro (quinta-feira), o filme será exibido em dose dupla: na sessão solene em homenagem a Willy Zumblick em Tubarão, organizada pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, às 19 horas, e na programação da TVUFSC (canal 63.1 TV aberta e 15 da NET), às 19h30min.

 Fonte: TV UFSC

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