O Grupo de Pesquisa em Psicologia Polar e Segurança (GPPPS), do Laboratório Fator Humano da UFSC, participou dos voos de apoio à missão na Antártida pelo Programa Antártico Brasileiro (Proantar) nos dias de 21 a 26 de agosto. Três integrantes do projeto, após treinamento e orientação das forças armadas, acompanharam o lançamento de cargas aéreas à Estação Antártica Comandante Ferraz, na qual 15 militares estão isolados durante o inverno. Esta é a primeira vez na América Latina que uma operação militar nestas condições é acompanhada por pesquisadores.

Operação teve quatro dias de duração [Foto: Divulgação]
A presença dos integrantes do GPPPS na operação permitiu o avanço das pesquisas brasileiras na área de Psicologia Polar, segmento da Psicologia que estuda o comportamento humano em circunstâncias extremas. O resultado das atividades realizadas pelo grupo produzirá um avanço na literatura acadêmica sobre o tema, até então pouco explorado no Brasil.
Durante a operação, a equipe do GPPPS realizou um trabalho de observação participativa das atividades da missão, para posteriormente propôr intervenções e contribuições àquele ambiente de trabalho. Realizada pela Força Aérea e Marinha, o principal objetivo era o lançamento de mantimentos e uma peça do gerador para os militares na Estação Antártica. A logística foi realizada à partir de um cargueiro militar Hércules C-130, uma vez que as condições climáticas naquela época do ano impossibilitavam a aterrissagem na Antártida.
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Os estudantes de Psicologia Paola Barros Delben e Lucas Sousa Sombrio, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participaram, de 8 de outubro a 8 de novembro, de uma pesquisa pioneira em saúde na Operação Antártica (Operantar) XXXIII. A pesquisa trabalha com mapeamento de estressores ambientais e ocupacionais que podem surgir neste tipo de local de trabalho, a fim de criar ferramentas de prevenção, controle e enfrentamento de demandas clínicas. Com isso, auxilia na promoção da qualidade de vida aos expedicionários, cientistas, militares e civis destacados para as missões. O projeto chama-se Psicologia Polar.
A proposta, enviada ao Programa Antártico Brasileiro (Proantar) por Delben, foi recebida pelo Almirante Silva Rodrigues em Dezembro de 2013 e apoiada pela Secretaria para Recursos do Mar, em Brasília, representada pelo comandante Antônio Teixeira, que oportunizou também uma experiência inédita de estágio. A expedição durou 30 dias, entre a permanência no navio de apoio científico Ary Rongel e a visita aos Módulos Emergenciais Antárticos (MAEs), que substituem a Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída por incêndio em 2012. Delben e Sombrio atuaram sob supervisão do professor Roberto Moraes Cruz, do departamento de Psicologia da UFSC e o projeto é apoiado pelo CNPQ com duas bolsas PIBIC.
Com o apoio também do SSPM (Serviço de Seleção da Marinha) e dos psicólogos que já realizam trabalhos no programa, este projeto busca ampliar a atuação da psicologia no Brasil e contribuir com a produção científica na Antártica, possível pelo investimento e esforço de setores da Marinha do Brasil e Força Aérea, ofertando o apoio logístico às viagens, também Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e Ministério do Meio Ambiente. A equipe também teve apoio do Laboratório de Educação a Distância (LED) e Laboratório de Estudos em Cinema (LEC).
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