Bernardo Kucinski explica o Oriente Médio e a crise das narrativas

07/11/2012 12:26

Dando continuidade ao ciclo “Leituras Contemporâneas com Bernardo Kucinski”,  será realizada a palestra Oriente Médio e a crise das Narrativas, na quarta-feira, 14 de novembro, às 10h,  no Auditório Elke Hering, da Biblioteca Universitária da UFSC.  O evento tem entrada franca , com direito a certificado de participação. Promoção do Programa em Pós-Graduação em Jornalismo ( POSJOR/UFSC).

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Bernardo Kucinski explica a crise financeira mundial

18/10/2012 15:55

Bernardo Kucinski explica as origens e consequências da crise financeira

O primeiro encontro do ciclo “Leituras Contemporâneas com Bernardo Kucinski”, foi realizado, 16 de outubro, no Auditório Henrique da Silva Fontes no Centro de Comunicação e Expressão (CCE), na UFSC. Com o tema “A crise financeira mundial: origens e consequências”, o professor visitante junto ao programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC e autor dos livros “A ditadura da dívida: a crise do endividamento da América Latina”, e “Jornalismo Econômico – ganhador do prêmio Jabuti de 1997 – deu um amplo panorama sobre o mercado financeiro para explicar a situação atual. A proposta do ciclo é promover um conjunto de conferências com o professor visitante para discutir alguns dos principais temas da atualidade. Os encontros são abertos ao público, gratuitos e voltados à discussão e reflexão.

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Pós em Jornalismo organiza ciclo de conferências com Bernardo Kucinski

16/10/2012 15:41

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC promove a partir deste mês o ciclo “Leituras Contemporâneas com Bernardo Kucinski”, um conjunto de conferências para discutir alguns dos principais temas da atualidade. Nos mesmos moldes das lectures norte-americanas, as conferências do Leituras Contemporâneas são abertas ao grande público, gratuitas e voltadas à discussão e reflexão. A primeira delas aborda “A crise financeira mundial” e acontece nesta terça-feira, 16 de outubro, às 10 horas no Auditório Henrique da Silva Fontes no CCE-UFSC. O evento é dirigido a professores, pesquisadores e estudantes de diversas áreas e a interessados em geral.

Em novembro, no dia 14, as Leituras Contemporâneas enfocam o “Oriente Médio e a Crise de Narrativas”, e em dezembro, no dia 5, a “Comunicação Pública Democrática”, ambos às 10 horas no Auditório Elke Hering, na Biblioteca Universitária da UFSC.

O ciclo é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (POSJOR), com apoio do Departamento de Jornalismo da UFSC e Observatório da Ética Jornalística (objETHOS).

Entrada gratuita, com direito a certificados. Inscrições no local.

Quem é Bernardo Kucinski: graduado em Física, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, livre-docente pela mesma universidade e pós-doutor pela University of London. Como jornalista, atuou no serviço brasileiro da BBC de Londres, e, ainda na capital inglesa, foi correspondente da Gazeta Mercantil e dos jornais Bondinho e OPINIÃO. De volta ao Brasil, foi correspondente do The Guardian, e editor dos cadernos especiais da revista Exame, além de trabalhar na Veja e outros veículos. Entre 2003 e 2006 foi assessor Especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Aposentou-se como titular da USP e é professor visitante junto ao POSJOR da UFSC. É autor de vários livros, entre eles “A ditadura da dívida: a crise do endividamento da América Latina”, “Jornalismo Econômico”, “Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética”. Em 2011, estreou na ficção com o romance “K”, finalista do Prêmio Jabuti.

Fonte: PosJor

 

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Dissertação da Pós-Graduação em Jornalismo ganha Prêmio Adelmo Genro Filho

16/10/2012 09:00

O trabalho “Webjornalismo audiovisual universitário no Brasil: um estudo dos casos TV UVA, TV UERJ e TJ UFRJ (2001 – 2010)”, defendido pela bolsista da CAPES Juliana Fernandes Teixeira, com orientação do professor Elias Machado, no Programa de Pós-Graduação em Jornalismo em 2010 foi escolhido como Melhor dissertação de Mestrado pela Comissão avaliadora da sétima edição do Prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo (PAGF 2012). “A dissertação de Juliana Teixeira tinha nível para evoluir para tese de doutorado. Trata-se de uma excelente pesquisadora que conseguiu concluir uma pesquisa muito acima das exigências estabelecidas para o mestrado”, explica o orientador Elias Machado.

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Pós em Jornalismo organiza ciclo de conferências com Bernardo Kucinski

08/10/2012 14:26

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC promove a partir deste mês o ciclo “Leituras Contemporâneas com Bernardo Kucinski”, um conjunto de conferências para discutir alguns dos principais temas da atualidade. Nos mesmos moldes das lectures norte-americanas, as conferências do Leituras Contemporâneas são abertas ao grande público, gratuitas e voltadas à discussão e reflexão. A primeira delas aborda “A crise financeira mundial” e acontece no próximo dia 16 de outubro, terça-feira, às 10 horas no Auditório Henrique da Silva Fontes no CCE-UFSC. O evento é dirigido a professores, pesquisadores e estudantes de diversas áreas e a interessados em geral.

Em novembro, no dia 14, as Leituras Contemporâneas enfocam o “Oriente Médio e a Crise de Narrativas”, e em dezembro, no dia 5, a “Comunicação Pública Democrática”, ambos às 10 horas no Auditório Elke Hering, na Biblioteca Universitária da UFSC.

O ciclo é uma realização do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (POSJOR), com apoio do Departamento de Jornalismo da UFSC e Observatório da Ética Jornalística (objETHOS).

Entrada gratuita, com direito a certificados. Inscrições no local.

Quem é Bernardo Kucinski: graduado em Física, doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo, livre-docente pela mesma universidade e pós-doutor pela University of London. Como jornalista, atuou no serviço brasileiro da BBC de Londres, e, ainda na capital inglesa, foi correspondente da Gazeta Mercantil e dos jornais Bondinho e OPINIÃO. De volta ao Brasil, foi correspondente do The Guardian, e editor dos cadernos especiais da revista Exame, além de trabalhar na Veja e outros veículos. Entre 2003 e 2006 foi assessor Especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Aposentou-se como titular da USP e é professor visitante junto ao POSJOR da UFSC. É autor de vários livros, entre eles “A ditadura da dívida: a crise do endividamento da América Latina”, “Jornalismo Econômico”, “Jornalismo na era virtual: ensaios sobre o colapso da razão ética”. Em 2011, estreou na ficção com o romance “K”, finalista do Prêmio Jabuti.

Fonte: PosJor

 


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Pós-Graduação em Jornalismo promove painel sobre Adelmo Genro Filho

25/09/2012 08:49

O jornalismo é uma forma de conhecimento? Há atualidade nas obras escritas antes do advento massivo da internet e das redes sociais? O marxismo é ainda uma referência para os estudos teóricos em diferentes áreas de conhecimento, entre elas o jornalismo? Para discutir essas e outras questões, o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina promove o painel “Adelmo Genro Filho e o Jornalismo, 25 anos depois” na terça-feira, 25 de setembro, às 9h30min, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, em Florianópolis. No evento será relançado, pela editora Insular, o livro O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo, publicado originalmente em 1987 como livro, a partir da dissertação apresentada por Adelmo junto ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, sob  a orientação da professora Ilse Scherer-Warren.

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Pós-Graduação em Jornalismo promove painel sobre Adelmo Genro Filho

18/09/2012 09:40

O jornalismo é uma forma de conhecimento? Há atualidade nas obras escritas antes do advento massivo da internet e das redes sociais? O marxismo é ainda uma referência para os estudos teóricos em diferentes áreas de conhecimento, entre elas o jornalismo? Para discutir essas e outras questões, o Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina promove o painel “Adelmo Genro Filho e o Jornalismo, 25 anos depois” na terça-feira, 25 de setembro, às 9h30, no auditório do Centro de Comunicação e Expressão da UFSC, em Florianópolis. No evento será relançado, pela editora Insular, o livro O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo, publicado originalmente em 1987 como livro, a partir da dissertação apresentada por Adelmo junto ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, sob  a orientação da professora Ilse Scherer-Warren.

Ao fazer críticas tanto ao jornalismo desenvolvido no capitalismo como no socialismo, o autor, falecido em 1988, amparado em sólida formação marxista, conforme a apresentação da obra há 25 anos, assumia uma postura anti-dogmática e criativa. Atribuía ao jornalismo um papel revolucionário: o de ser uma forma de conhecimento que, embora condicionado historicamente pelo capitalismo, apresenta potencialidades que ultrapassam esse modo de produção. No livro, Adelmo Genro Filho, que era professor do Curso de Jornalismo da UFSC, expõe concepções inovadoras sobre a natureza do fenômeno jornalístico.

O painel, que tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política e do Curso e Departamento de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina,  conta com quatro expositores: Sylvia Debossan Moretzsohn (Universidade Federal Fluminense), Jacques Mick (Sociologia Política/UFSC), Felipe Pontes (Sociologia Política/UFSC) e  Eduardo Meditsch (Jornalismo/UFSC). A apresentação e mediação ficam a cargo dos professores Rogério Christofoletti e Francisco Karam, coordenador e subcoordenador do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo.

Sobre o autor e os painelistas

Adelmo Genro Filho , nascido em 1951, formou-se em jornalismo pela Universidade Federal de Santa Maria em 1975. Desde adolescente exerceu intensa atividade política como líder estudantil e membro de organizações políticas que resistiam ao regime militar. Em 1976, foi eleito vereador em Santa Maria pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB), exercendo mandato até 1982, quando se transferiu para Florianópolis e ingressou, através de concurso, como professor do Curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina.

Em 1987, licenciou-se da Universidade e, transferindo-se para Porto Alegre, foi um dos fundadores do Centro de Estudos de Filosofia e Política. Em 1988, continuaria licenciado da UFSC para desenvolver pesquisas e atividades no CeFiP. Em fevereiro daquele ano, aos 36 anos, entretanto, veio a falecer.

Partidariamente militou no MDB e, posteriormente, no Partido dos Trabalhadores (PT). Na clandestinidade, atuou no Partido Comunista do Brasil (PCdoB), na dissidência do PCdoB e, posteriormente, no Partido Revolucionário Comunista (PRC). Como jornalista, atuou no jornal A Razão, de Santa Maria; no Semanário de Informação Política, de Ijuí e no Jornal Informação, semanário da imprensa independente, de Porto Alegre. Publicou sete livros, sendo três em conjunto com outros autores, e dezenas de artigos em jornais e revistas.

Na UFSC cursou o mestrado em Ciências Sociais, sob orientação da profa. Ilse Scherer-Warren, apresentando como dissertação um trabalho sobre teoria do jornalismo que resultou na publicação de livro com o título de O segredo da pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo, obra clássica na área. Em função dela, foi criado o prêmio Adelmo Genro Filho de Pesquisa em Jornalismo, promovido anualmente pela SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo. Vinte e cinco anos depois de publicado, o livro agora é relançado pela editora Insular, que vem se destacando, entre outros apoios, a publicações específicas na área jornalística. O livro relançado agora integra a coleção Jornalismo a Rigor, produzida pelo Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina e coordenada pelo prof. Dr. Eduardo Meditsch.

Eduardo Meditsch realizou estágio sênior de pós-doutorado na University of Texas at Austin. Possui doutorado em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela Universidade Nova de Lisboa (1997), mestrado em Ciências da Comunicação/Jornalismo pela Universidade de São Paulo (1990) e graduação em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1979). É professor da Universidade Federal de Santa Catarina (desde 1982), onde atua na Graduação e Pós-Graduação em Jornalismo, e pesquisador do CNPq desde o ano 2000. Como jornalista, atuou em rádios, jornais e tevês do Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro. É autor, entre outros, dos livros “O Conhecimento do Jornalismo” e “O Rádio na Era da Informação”.

Felipe Pontes é doutorando em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mestre em Jornalismo pela UFSC com a dissertação “Teoria e história do jornalismo: desafios epistemológicos” e jornalista formado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Atualmente desenvolve projeto de tese sobre Adelmo Genro Filho. Participou, no primeiro semestre de 2012, de grupo de estudos sobre a obra “O Segredo da Pirâmide: para uma teoria marxista do jornalismo”.

Jacques Mick é professor adjunto do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina. Com graduação em Comunicação Social – Jornalismo pela UFSC (1992), tem mestrado e doutorado em Sociologia Política pela UFSC (1998, 2004). Nos últimos anos, acumulou experiência profissional e docente na área da Comunicação, e agora desenvolve pesquisas relacionadas ao Jornalismo. Coordena, atualmente, a pesquisa “Perfil profissional do jornalismo brasileiro”. É autor de vários livros e artigos nas áreas do jornalismo e da sociologia.

Sylvia Debossan Moretzsohn é jornalista formada pela UFRJ, mestre em Comunicação (UFF) e doutora em Serviço Social (UFRJ). Atuou como repórter em grandes redações do Rio de Janeiro ao longo dos anos 1980 e foi membro da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, quando participou da organização do livro “Jornalistas pra quê? Os profissionais diante da ética”. É professora de jornalismo no curso de Comunicação Social da UFF desde 1993 e, mais recentemente, do Programa de Pós-Graduação em Justiça Administrativa, na mesma universidade. É autora dos livros “Jornalismo em ‘tempo real: o fetiche da velocidade” e “Pensando contra os fatos. Jornalismo e cotidiano: do senso comum ao senso crítico”. Em 2011, venceu o concurso Folha Memória com a pesquisa “O jornalismo além dos jornalistas: o papel dos motoristas de redação na produção da reportagem”, a ser publicada em 2013.

Fonte: Posjor/UFSC

Mais informações: www.adelmo.com.br e www.posjor.ufsc.br

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Inscrições abertas para seminário Brasil-Argentina de pesquisa em Jornalismo

21/03/2012 14:03

Já estão abertas as inscrições para o Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação em Jornalismo (Bapijor). O evento acontece nos dias 17 e 18 de abril no auditório da reitoria da UFSC, em Florianópolis. As vagas são limitadas a 200 inscritos. São três faixas de inscritos: alunos de graduação (R$ 10,00), alunos de pós-graduação (R$ 20,00) e jornalistas, professores e pesquisadores (R$ 40,00). As inscrições vão até 10 de abril.

Para se inscrever, os interessados devem acessar o site.

O Bapijor é uma iniciativa do Programa de Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC (POSJOR) e do Observatório da Ética Jornalística (objETHOS), com patrocínio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação Tecnológica de Santa Catarina (Fapesc) e Pró-Reitoria de Assistência Estudantil (PRAE). O evento conta com apoio da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina (SJSC) e Fundação de Apoio à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

Mais informações: http://www.bapijor.ufsc.br

Fonte: POSJOR

 

 

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Jornalista destaca as mudanças na mídia com as novas tecnologias

14/03/2012 15:54
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Como as novas tecnologias influenciaram e modificaram a comunicação pelo mundo? Este foi o tema principal da aula magna que o professor visitante da UFSC Bernardo Kucinski ministrou na terça, 13/03, ao Mestrado em Jornalismo (PosJor) da Universidade.

 

Com o título “A nova era da comunicação – reflexões sobre a atual revolução tecnológica e seus impactos no jornalismo”, Kucinski levantou pontos de reflexão a pós-graduandos, graduandos, professores e profissionais da área em mesa presidida pelo coordenador do PosJor Rogerio Christofoletti no auditório Henrique da Silva Fontes, no Centro de Comunicação e Expressão (CCE).

 

“A era digital transformou as formas de interação do ser humano – trata-se da maior revolução dos meios de produção, maior até que a escrita, que se deu com o passar dos séculos”, defendeu. O professor destacou que a comunicação virtual tomou para si o locus formativo do ser humano, deixando em segundo e terceiro lugares a família e a escola. “Há a abolição quase completa da vida privada – e a perturbadora constatação é que [esse tipo de comunicação] parece ser mais natural que as anteriores”.

 

O professor traçou panorama desse período de transição: “A comunicação virtual não precisa de florestas, filmes fotográficos nem malotes por avião para envio de material – tudo é produzido, processado, desenvolvido e distribuído virtualmente. A atual revolução tecnológica é oposta à revolução industrial: já foram desmontadas, por exemplo, a indústria fonográfica e a fotográfica”. Em meio a essas transformações, Kucinski aponta o que, para o estudioso, é o ponto de maior destaque. “O importante é que os jornais nunca mais voltarão a ser detentores do monopólio das massas. O jornalismo já não detém sozinho a fala – mesmo os [veículos] digitais são coadjuvantes do processo, e não mais seus protagonistas. As matérias deixaram de ser a palavra final sobre o assunto – agora são o início do debate”.

 

Do sindicato para o twitter – Por esse caminho ganha força o chamado jornalismo-cidadão – feito por quem não sobrevive de atividades relacionadas à comunicação, mas que, por ter acesso a ferramentas como celulares com câmeras fotográficas e de vídeo, além das mídias sociais como blogs e microblogs, dissemina seus próprios conteúdos na rede. “Hoje qualquer pessoa minimamente capacitada pode falar por si sem precisar de jornalista. Condutores de lutas locais são todos e ninguém. Povo organizado não é mais o do sindicato, e sim o do twitter; as palavras de ordem não são mais digitadas e impressas em panfletos, mas enviadas em mensagens por celular”. Alteram-se os processos de produção, modificam-se os de consumo: “ao ser acessada, a informação não é consumida, pelo contrário: se dissemina como a multiplicação dos pães – o leitor passa para sua rede de contatos”, completa.

 

Kucinski permaneceu pessimista quanto ao futuro das mídias tradicionais, comparando-as aos animais em extinção, subsidiadas pelo Estado para que continuem sobrevivendo. “As redações estão se acabando; já se fala que muitos jornais vão circular apenas duas vezes por semana, ou então só no sábado e domingo”. Quanto ao jornalismo em si, no entanto, o professor vê luz no fim do túnel. “A especialização é a que mais resiste ao tsunami, como o jornalismo econômico e científico. Depois que a poeira baixar, a narrativa de interesse público, o confrontamento de fontes, a ética jornalística e as informações apuradas não vão deixar o jornalismo morrer”. Questionado sobre utilização da criatividade como ferramenta de trabalho, Kucinski foi enfático. “Eu não tenho interesse no jornalismo sem criatividade. Como professor, debruçado sobre as questões humanas, me chama a atenção o jornalismo grande, com J maiúsculo”.

 

Assessoria como caminho – Se a especialização e a criatividade podem manter o jornalismo vivo, um outro campo de atuação traz alento, de acordo com o professor, ao aluno do curso. “Hoje, mais da metade, talvez 2/3 dos jovens que se formam em jornalismo vão trabalhar em comunicação pública”. Esses números, para Kucinski, refletem a necessidade crescente que a sociedade tem demandado pelo trabalho dos assessores de imprensa. Tendo trabalhado de 2003 a 2006 junto à assessoria de comunicação do presidente Lula, Kucinski passou então a refletir sobre o papel da comunicação pública e acabou visitando alguns países para analisar como os governos se comunicavam com a população. Sobre sua vinda para a UFSC, o professor prevê que será um período fértil. “Pratiquei o jornalismo por 25 anos, e só depois entrei na academia. Achava que era a mãe de todas as profissões. Saí da universidade antes do tempo, por causa da aposentadoria compulsória. Como professor visitante, tenho a oportunidade de retomar durante um ano aquilo que ficou suspenso – e o contexto humano também faz muita falta. E nas tardes de sábado, posso continuar a escrever minhas ficções”.

 

Por Cláudia Schaun Reis / Jornalista na Agecom
Fotos: Wagner Behr/ Agecom

 

Lançamento: “K.” e “Jornalismo Investigativo e Pesquisa Científica: Fronteiras”

No mesmo dia, às 17h, na Livraria Livros & Livros do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, o PosJor promoveu o lançamento do mais novo livro de Kucinski, o romance “K.” (Editora Expressão Popular) e de “Jornalismo Investigativo e Pesquisa Científica: Fronteiras”, organizado pelos professores do Mestrado, Rogério Christofoletti e Francisco José Karam (Editora Insular), com capítulos também, entre outros, de professores do curso e da Pós-Graduação em Jornalismo da UFSC, como Gislene Silva, Mauro César Silveira e Samuel Lima. O livro traz capítulos de profissionais e pesquisadores brasileiros e argentinos sobre a temática e é resultado do Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação em Jornalismo, promovido pelo Mestrado e pelo Grupo de Pesquisa Observatório da Ética Jornalística da UFSC.

O jornalista, o professor, o escritor

Um dos nomes mais respeitados da pesquisa em Jornalismo no país, Kucinski foi docente na Universidade de São Paulo por mais de 20 anos, aposentando-se como professor titular. Entre 2003 e 2006, foi assessor especial da Secretaria de Comunicação Social (Secom), da Presidência da República. Físico de formação, com doutorado em Comunicação e pós-doutorado na University of London, Kucinski acumula vasta experiência jornalística no Brasil e na Inglaterra, onde viveu nos anos 1970. É autor de 25 livros que tratam de política, economia e jornalismo. Bernardo Kucinski é o primeiro professor visitante do PosJor, e é nesta condição que ele vai ministrar disciplinas e atuar em projetos de pesquisa.

 

Mais informações:  (48) 3721-6610 e posjor@cce.ufsc.br

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Simpósio reúne pesquisadores da Região Sul para discutir Jornalismo

18/03/2011 11:46

O Programa de Pós-Graduação em Jornalismo (POSJOR) da UFSC e a Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (FAPESC) realizam nos dias 24 e 25 de março, no auditório Henrique Fontes, Bloco A, Centro de Comunicação e Expressão (CCE), o 2º Simpósio de Pesquisa Avançada em Jornalismo da Região Sul. A programação inclui palestras que vão discutir temas relacionados aos desafios institucionais e técnico-metodológicos da pesquisa e ensino no campo jornalístico.

Destinado a professores, mestrandos e doutorandos, o evento é aberto a todos os interessados na temática. As inscrições são gratuitas e os certificados serão entregues no próprio local, no dia do evento.

O simpósio contará com a participação de pesquisadores em Jornalismo dos oito cursos de pós-graduação em Comunicação dos três estados do sul do país (UFRGS, PUC-RS, UFSM, Unisinos, UEL, UFPR, UTP e UFSC) e também com representantes da Associação Latino-Americana de Investigadores em Comunicação (ALAIC), da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (INTERCOM), da Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo (SBPJor) e da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (COMPÓS).

A conferência de abertura terá como tema “Inovação e renovação: chaves para a aprendizagem do jornalismo no século XXI” e será feita pelo jornalista e pesquisador colombo-americano Carlos Eduardo Cortés, gerente do Rádio Nederland Training Centre (RNTC)/América Latina (www.rntc.nl) e um dos coordenadores do projeto de fortalecimento organizacional da Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano.

A programação e outras informações estão no site www.posjor.ufsc.br.

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