Meninas do Ensino Médio podem se inscrever no Programa Futuras Cientistas; atividades são na UFSC Joinville

01/09/2025 12:13

O Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (CETENE), uma Unidade de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), anunciou a abertura das inscrições para a 12ª edição do Programa Futuras Cientistas – Módulo Imersão Científica 2026. A UFSC oferece vagas para meninas estudantes de ensino médio que fabricarão estação meteorológica em um laboratório da UFSC Joinville.

O edital é voltado para estudantes do 2º ano do Ensino Médio e professoras de escolas públicas estaduais de todo o Brasil para estimular o desenvolvimento educacional de mulheres nas áreas de Ciência e Tecnologia. As interessadas têm até o dia 6 de outubro para se inscrever via formulário disponível na Plataforma do Programa Futuras Cientistas. O programa conta com reserva de vagas como ação afirmativa.

No Brasil, há um total  470 vagas distribuídas pelas 27 unidades da federação. Dessas, 160 vagas são para estudantes de escolas regulares, 160 para estudantes de escolas integrais ou semi-integrais, e 150 para professoras do Ensino Médio. Em estados sem distinção entre ensino regular e integral, a classificação das estudantes será por notas.

As participantes selecionadas, estudantes e professoras, receberão um auxílio de R$ 300, em parcela única, correspondente aos meses de atividades. O pagamento será feito exclusivamente por depósito em conta corrente a ser criada no Banco do Brasil; participantes menores de idade devem comparecer acompanhadas do representante legal. O resultado final das selecionadas será divulgado em 7 de novembro de 2025.

Como será

A imersão será realizada entre 5 a 30 de janeiro de 2026, em um total de 20 dias úteis e com carga horária de 80 horas. Na UFSC, as atividades serão presenciais. As participantes devem atentar para a modalidade do projeto escolhido, sendo que os custos de deslocamento e hospedagem para projetos presenciais distantes da residência são de responsabilidade da participante.

Em Joinville, é o Laboratório Integrado de Hidrologia, Hidráulica e Saneamento que vai receber meninas selecionadas para uma imersão científica que vai resultar na construção de uma estação meteorológica com recursos de Internet das Coisas. O espaço, localizado na UFSC Joinville, foi um dos oito contemplados, na região sul, pelo projeto Futuras Cientistas.

O objetivo é estimular o contato de alunas e professoras da rede pública com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática e, com isso, contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional. “Em abril, a equipe do programa começou a entrar em contato via email com professoras, pelo Brasil inteiro. Achei muito interessante a proposta e, desde lá, quis montar uma equipe totalmente feminina para receber este público”, conta a professora Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira.

Para mais informações e esclarecimentos, as interessadas podem contatar o programa pelo e-mail futurascientistas@cetene.gov.br, pelo telefone (81) 3334-7200, ou acessar os canais oficiais do Programa Futuras Cientistas. Dúvidas específicas podem ser direcionadas aos e-mails regionais listados no edital.

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Meninas estudantes de ensino médio fabricarão estação meteorológica em laboratório da UFSC Joinville

07/08/2025 09:38

Estudantes e professoras de ensino médio irão passar um mês em laboratório da UFSC Joinville, sob supervisão da professora Amanara (Foto: acervo pessoal)

O Laboratório Integrado de Hidrologia, Hidráulica e Saneamento vai receber meninas estudantes de ensino médio para uma imersão científica que vai resultar na construção de uma estação meteorológica com recursos de Internet das Coisas. O espaço, localizado na UFSC Joinville, foi um dos oito contemplados, na região sul, pelo projeto Futuras Cientistas, programa do Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene).

O objetivo é estimular o contato de alunas e professoras da rede pública com as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática e, com isso, contribuir com a equidade de gênero no mercado profissional. “Em abril, a equipe do programa começou a entrar em contato via email com professoras, pelo Brasil inteiro. Achei muito interessante a proposta e, desde lá, quis montar uma equipe totalmente feminina para receber este público”, conta a professora Amanara Potykytã de Sousa Dias Vieira.

Já na execução do plano de trabalho, que começa efetivamente em janeiro de 2026, Amanara se preocupou em indicar mulheres, com duas estudantes como monitora, uma professora e uma engenheira. A equipe terá a missão de receber, orientar e sensibilizar as “futuras cientistas”. “Esta experiência desperta o interesse das alunas e professoras para as áreas de hidrologia, eletrônica e programação e ainda proporciona uma aproximação com o ambiente da universidade pública”, destaca.

A pesquisadora também considera importante, dada a proposta do programa, a ideia de trabalhar com uma equipe feminina. “É interessante observar que, em cursos de engenharias, nestas áreas, encontramos também professoras, pesquisadoras e discentes mulheres”, lembra.

Além da professora Amanara, que é a pesquisadora responsável, fazem parte do projeto a professora Simone Malutta, a engenheira Franciele Maria Vanelli e as estudantes Gabriella Arevalo Marques e Camille Andreski Pan.

Aprender fazendo

O projeto que será executado pelo grupo prevê a construção de estações meteorológicas a partir de componentes eletrônicos, além da introdução do conceito IoT (Internet das Coisas), por meio da manipulação de um aplicativo para acesso aos dados. “Este projeto permite o entendimento prático de conceitos hidrológicos, que futuramente podem ser vistos em uma graduação, mas que também já são vistos no ensino médio”, conta.

A professora explica que o kit que será recebido para as atividades é composto por sensores de temperatura, pressão atmosférica, qualidade do ar e detecção de chuva, além de outros componentes eletrônicos. A ideia é que as estudantes tenham um período de ambientação com conceitos introdutórios de programação, eletrônica e hidrologia, para entender como montar a estação e também entender o que ela estará medindo.

“Após isso, realmente entraríamos em um período ‘mão na massa’, montando as estações, todo mundo junto. Depois disso, faremos medições e interpretações destes dados. Os dados vão poder ser visualizados com a criação de um aplicativo”, comenta. Ela ainda explica que, esse tipo de kit, possibilita uma abordagem bem mais simples destas montagens. “Além de tutoriais, já existem algumas plataformas que auxiliam nesta abordagem de faça você mesmo”.

A equipe terá, ainda, uma discente do curso de engenharia civil de infraestrutura, como uma discente do curso de engenharia mecatrônica, que atuarão como monitoras. As estudantes e professoras do ensino médio inscritas receberão apoio financeiro do projeto para participar.

O cronograma de trabalhos já foi definido pelo edital do Programa Futuras Cientistas. A a imersão científica 2026 se inicia no dia 05 e se encerra no dia 30 de janeiro de 2026. No caso deste projeto, as atividades serão presenciais, no período matutino de segunda a sexta. As interessadas serão selecionadas pelo próprio programa Futuras Cientistas, em edital a ser divulgado no site e com seleção feita pelo programa.

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