UFSC Curitibanos prepara estruturas para semana de temperaturas abaixo de zero

30/07/2021 11:55

UFSC Curitibanos possui projetos de pesquisa relacionados às ciências rurais e ao cultivo em baixas temperaturas. Foto: Augusto Marques

A neve caiu na madrugada entre esta quarta e quinta-feira, 28 e 29 de julho, em 28 cidades de Santa Catarina e, dentre elas, Curitibanos, município onde a UFSC tem campus. A cidade, localizada na Serra Catarinense, a uma altitude de quase mil metros, costuma ter invernos rigorosos e abriga muitos projetos de pesquisa relacionados às ciências rurais e ao cultivo em baixas temperaturas.

Enfrentar temperaturas congelantes nos meses de inverno é rotina em Curitibanos, especialmente para a equipe da Divisão de Atividades Agropecuárias, chefiada pelo engenheiro agrônomo Gustavo Rufatto Comin. A equipe de técnicos-administrativos em Educação é formada, ainda, por uma engenheira florestal, um auxiliar rural, dois operadores de máquinas, dois técnicos agrícolas e um agrimensor, e conta ainda, com sete funcionários terceirizados, auxiliares rurais.

“Alguns experimentos coincidem com época de frio e realizamos algumas práticas de cobertura de plantas. Temos casas de vegetação com sistema de aquecimento, que é programado para ligar nesses dias. Também há práticas de proteção ao frio em plantas de café na fazenda agropecuária, projeto de pesquisa do professor Samuel Fioreze, com as mudas permanecendo em estufa e sendo protegidas com aquecedores domésticos”, explica Gustavo.

A proteção das plantas geralmente é feita com cobertura das mudas com matéria vegetal. Outra alternativa é plantar espécies resistentes junto às plantas mais frágeis, para bloquear parcialmente o frio. Gustavo ainda acrescenta que a equipe costuma construir abrigos para esses momentos.

O projeto PhenoGlad, coordenado pela professora Leosane Cristina Bosco, do Programa de Pós-Graduação em Ecossistemas Agrícolas e Naturais (PPGEAN), trabalha desde 2017 com agricultores buscando diversificar a propriedade rural com a floricultura. Leosane leciona agrometeorologia e explica que, mesmo as plantas adaptadas para o frio, sofrem com as baixas temperaturas.
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Alergista do HU/UFSC recomenda cuidados especiais na temporada de frio

25/05/2021 10:02

A temporada de frio chegou a Santa Catarina e neste momento pessoas que têm doenças alérgicas devem tomar cuidados especiais, de acordo com a médica alergista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) Jane da Silva, que falou sobre o impacto da temperatura e da queda na umidade relativa do ar e alguns cuidados que podem ser tomados, como higienizar os ambientes, manter salas e quartos arejados e intensificar os cuidados diários com higiene pessoal e tratamentos indicados pelos médicos.

Nesta entrevista, ela falou, ainda dos riscos de desencadear uma crise alérgica e como agir nestes casos.

A temporada de frio está chegando em Santa Catarina. Qual é o impacto desta mudança climática para quem tem alergias?

Jane: Pessoas com doenças alérgicas como asma, rinite e dermatite atópica sofrem muito com mudanças bruscas de temperatura. Particularmente no outono e inverno, essas doenças podem piorar (com exacerbações) por causa do frio.

Doenças não infecciosas, como alergias respiratórias e asma, por exemplo, são afetadas com temperaturas mais baixas?

Jane: Sim, em especial pessoas com asma e rinite concomitantes, que é bastante frequente. Inclusive tem-se o conceito de vias aéreas unidas, para explicar a influência dos sintomas nasais sobre os brônquios e vice-versa. Junto com o frio, ocorre também uma queda na umidade relativa do ar. Esses dois fatores interferem em doenças respiratórias, pois tanto a mucosa nasal quanto a dos brônquios promovem umidificação e aquecimento do ar respirado.

O clima frio e seco exige mais das mucosas nasal e brônquicas, que adicionalmente, apresentam vasoconstricção como resposta do organismo ao frio, reduzindo a produção de muco que é auxiliar na proteção das mucosas. Assim, independentemente de haver doenças alérgicas respiratórias, o nariz e os brônquios são órgãos alvo durante outono e inverno e, se houver inflamação, como na asma e rinite, maior é a chance de ter exacerbação de sintomas nesses períodos.

Além de doenças alérgicas respiratórias, é comum também haver piora da dermatite atópica durante o outono e inverno. As pessoas tendem a tomar banhos mais quentes e prolongados, por causa do frio. Isso piora o ressecamento da pele e provoca muito mais coceiras. Ao usarem roupas guardadas e que não foram lavadas, têm contato direto com ácaros na pele, piorando a inflamação da dermatite.
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