UFSC Explica: Feminismo
Quanto mais fácil se comunicar, mais fácil discutir. Mas também é mais importante discernir informação de preconceito ou falsos conhecimentos. A série “UFSC Explica” oferece o viés acadêmico, com participação de pesquisadores da instituição, sobre assuntos em evidência na sociedade. O primeiro é o feminismo, em destaque pela redação a respeito de violência contra a mulher e pela questão sobre construção de gênero, ambas no último Enem; pelos protestos em várias cidades brasileiras e por constantes notícias. Para falar dele, apresentamos perguntas básicas à professora Cristina Scheibe Wolff, do Departamento de História da UFSC. Ela é doutora em História pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado nas universidades de Rennes (França) e Maryland (Estados Unidos). Atualmente, atua como coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História e do Laboratório de Estudos de Gênero e História, é uma das editoras da revista Estudos Feministas, além de integrante do Instituto de Estudos de Gênero da UFSC. Sua pesquisa atual trata das relações de gênero na resistência às ditaduras no Cone Sul, nos anos 1960-1980, e do feminismo. Também apresentamos sugestões de leitura levantadas pela professora e grupos de pesquisa da UFSC que trabalham a questão.
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1. O que é feminismo?

Mulher vota na primeira eleição aberta ao voto feminino no Brasil, em maio de 1933, no Rio de Janeiro. Fonte: Agência O Globo
Em minha opinião, podemos falar de feminismo de duas formas: feminismos são movimentos de mulheres contra a opressão, preconceitos e violências que sofrem por serem mulheres, ou seja, baseados no gênero. E, ao mesmo tempo, feminismo é um conjunto de ideias que se contrapõe às construções de gênero vigentes na nossa sociedade, que implicam uma superioridade masculina. Nesse sentido, o feminismo propõe a equidade entre mulheres e homens, em termos de direitos, lugares sociais, possibilidades.
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