Laudo da UFSC indica que espuma na Lagoa é causada principalmente por poluição

17/10/2025 16:41

Registro da espuma na parte norte da laguna, evidenciando peixes mortos. Foto: Divulgação/UFSC

Um laudo assinado por cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) indica que espumas identificadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, são causadas principalmente por algas potencialmente nocivas, formadas em ambientes com a presença de poluição. Essas algas são de origem marinha ou de sedimentos ressuspendidos no fundo – areia e lama remexidas e misturadas na água novamente.

Em análise in vivo de seis amostras coletadas entre segunda e quarta-feira, 13 e 15 de outubro, os pesquisadores destacaram o impacto da ação humana e descartaram um efeito natural do ecossistema. O grupo identificou, nas amostras coletadas, as algas Raphidophyceae, que formam as chamadas marés marrons.

Elas representam risco de mortalidade de organismos aquáticos, como peixes e crustáceos, indicam pesquisadores. Isso ocorre devido à liberação de um muco pegajoso que bloqueia as brânquias – sistema de respiração dos animais – e que eventualmente produz também toxinas, conforme os especialistas. Há risco de intoxicação humana se a produção de toxinas for comprovada.

O laudo, assinado pelos pesquisadores Leonardo Rörig, Paulo Horta, José Bonomi, Alessandra Fonseca e Paulo Pagliosa, indica a urgência da remoção emergencial da espuma e adoção de medidas também emergenciais de descontaminação e de remediação da poluição na Lagoa.

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UFSC e Companhia Águas de Joinville firmam parceria para pesquisas com lodo de esgoto na plantação

26/07/2023 17:33

Pesquisa trabalha na produção de fertilizante aprovado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Foto: Divulgação/Prefeitura Municipal de Joinville

A Companhia Águas de Joinville (CAJ) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) firmaram neste mês uma parceria para realizar estudos sobre o uso do lodo de esgoto como fonte de nutrientes no cultivo de milho e aveia.

A pesquisa vai focar na aplicação do lodo, após etapa de desinfecção, para melhorar a qualidade de solos arenosos e argilosos onde são cultivados os grãos. O estudo será realizado em uma fazenda experimental da própria universidade, próximo à cidade de Florianópolis.

“Diferentemente da compostagem, em que o lodo passa por um processo em ambiente controlado, o uso direto consiste em desinfetar o material e aplicar diretamente nas culturas. Esse material é chamado de biossólido”, explica Gustavo Tonon, engenheiro sanitarista da Águas de Joinville.

Após o processo de tratamento de esgoto, a parte sólida resultante – o lodo de esgoto –, passa pelo deságue, isto é, de retirada da água. Após a compostagem, obtém-se um fertilizante rico em nutrientes, como nitrogênio e fósforo, que pode ser aplicado na agricultura e na recuperação de solos.

O fertilizante obtido tem certificação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ou seja, está dentro das normas sanitárias vigentes. Além disso, o lodo de esgoto deixa de ir para o aterro, prolongando a vida útil do local.
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