Conferência discute educação, tecnologia e conectividade

20/10/2021 15:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e o Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina (FEE/SC) promovem na próxima segunda-feira, 25 de outubro, a conferência Uma escola para o futuro: tecnologia e conectividade a serviço da educação, um evento preparatório para a próxima Conferência Nacional da Educação – Conae 2021/2022. A atividade tem início às 19h e transmissão pelo canal da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação de Santa Catarina (Uncme/SC) no Youtube.

Participam do evento o pró-reitor de Graduação da UFSC, Daniel de Santana Vasconcelos; a professora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Udesc Martha Kaschny Borges; o professor emérito da UFSC e ex-reitor da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) Dilvo Ilvo Ristoff; e o diretor do Centro de Ciências Humanas e da Educação (Faed) da Udesc, Celso João Carminati, como mediador.

A Conae constitui um espaço de discussão e fortalecimento da qualidade social da educação e busca conferir os desafios e avanços dos planos de educação em vigência nos últimos anos, com o olhar para o próximo ciclo de avaliação, 2024- 2034. Com o tema Inclusão, equidade e qualidade: compromisso com o futuro da educação brasileira, a etapa estadual de Santa Catarina será realizada de 26 a 28 de abril de 2022, e a etapa nacional, entre 23 e 25 de novembro do mesmo ano. Durante as conferências, são avaliados os planos de educação municipais, estaduais e nacional e propostas as metas e estratégias que devem compor o novo documento nacional, que entrará em vigor em 2025.

Mais informações no site da Conae/SC.

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Seminário sobre Educação reforça a urgência do combate a preconceitos e desigualdades

29/10/2015 18:20

Mesa-redonda com Ronaldo Crispim Sena Barros, Joana Maria Pedro e André Luiz de Figueiredo Lázaro. Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Racismo. Machismo. Xenofobia. Essas e outras formas de preconceito e discriminação foram debatidas pelos participantes do Seminário Regional de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação (PNE), que ocorreu na última terça-feira, 27 de outubro, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O evento teve por objetivo discutir dois eixos da Conferência Nacional de Educação (CONAE): Eixo I – “Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos” e Eixo VI – “Valorização dos profissionais da educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os convidados para a mesa-redonda da manhã, que debateu o primeiro eixo, foram o professor André Luiz de Figueiredo Lázaro, da Faculdade Latino Americana de Ciências Sociais (Flacso), e  Ronaldo Crispim Sena Barros, da Secretaria Nacional de Políticas de Promoção de Igualdade Racial do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. A responsável pela mediação foi a pró-reitora de pós-graduação da UFSC, Joana Maria Pedro.

André iniciou sua exposição ressaltando que os desafios da Educação são desafios de toda a sociedade brasileira: “Talvez a Educação seja o campo da vida onde a discussão dos direitos e da igualdade sejam mais pertinentes”. O professor se referiu à Educação como um mecanismo de luta contra a pobreza, a desigualdade, o preconceito e a discriminação. Segundo ele, é preciso valorizar o esforço dos professores e gestores e reestruturar o sistema educativo. “Sem ignorar as críticas, devemos reconhecer que temos um grande sistema escolar. Há uma rede de escolas por toda parte. Mas ainda é preciso transformar esse sistema escolar em um sistema educativo.” Ele argumenta que a Educação ainda não conseguiu diminuir os preconceitos de gênero e de cor que persistem na sociedade: “A desigualdade não é um evento, é estrutural. Por isso o debate sobre racismo e sexismo não pode ser só dos negros e das mulheres, deve ser de todos”.

Após expor gráficos que indicam que as diferenças entre homens e mulheres, pobres e ricos, negros e brancos não têm diminuído ao longo dos anos, André afirmou que o principal desafio da sociedade brasileira é identificar de que maneira a Educação pode romper com preconceitos e promover a igualdade. “A escola ainda valida os processos de exclusão. Mas não podemos demandar dos profissionais da Educação algo sem lhes oferecer as condições adequadas para executá-lo”. O professor elogiou a inclusão do tema gênero nas provas do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), aplicadas nos dias 24 e 25 de outubro. Por outro lado, criticou o fato de as universidades brasileiras estarem cada vez mais voltadas à profissionalização e menos à reflexão. “Nossas universidades foram capturadas pelas corporações. Não se formam mais cidadãos críticos, nosso ensino está despolitizado”. Uma das formas de reverter esse quadro seria estimular a aproximação entre o ensino superior e a educação básica, que compreende educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. “As pesquisas acadêmicas raramente se traduzem em material didático. As universidades deveriam buscar linhas de financiamento para  traduzir o material rico que produzem em algo acessível aos professores e estudantes da educação básica”. As escolas seriam, dessa forma, continuamente subsidiadas com informações contemporâneas sobre diversidade e igualdade.

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

‘Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico’

Antes de começar sua palestra, Ronaldo Crispim Sena Barros pediu um minuto de silêncio pelo haitiano Fetiere Sterlin, 33 anos, que morreu após ser esfaqueado em Navegantes, litoral norte de Santa Catarina, no dia 17 de outubro. O agressor agiu, supostamente, movido por sentimentos xenofóbicos e racistas. A seguir, o professor disse: “Há momentos em que o silêncio fala mais. Esse acontecimento representa algo que a gente tenta explicar. O que provoca o racismo? O machismo? O que provoca esses fenômenos universais?”. Ele argumenta que a ausência de conhecimento pode gerar ações irracionais e de ódio. “As pessoas operam sem refletir, sem pensar. São guiadas por estereótipos, por construções estigmatizadas que geram hierarquias”. A atribuição de diferentes valores aos indivíduos é o que causa a exclusão social. Ronaldo reconhece que há, ultimamente, mais espaço no Brasil para a discussão dessas problemáticas. Mas ao mesmo tempo, também há uma reação conservadora em todas as esferas políticas e sociais: desde as esferas de poder até a vida cotidiana e os ambientes virtuais. “É preciso compreender como essas manifestações encontram moradia no coração dos indivíduos e se retroalimentam. Hoje há uma inversão de valores. Desejo que isso seja superado. Não podemos correr o risco de passar de uma reação conservadora a um retrocesso de direitos. As conquistas antes do Golpe de 1964 levaram muito tempo para serem recuperadas.”

O professor expôs que não existe base ideológica, moral, legal ou raciocínio intelectual que possa dar a um indivíduo menos valor por seu aspecto físico, seu gênero ou sua cor de pele. Isto é, não é possível sustentar a ideia de que há diferentes níveis de humanidade. “Apenas a superação de fenômenos como machismo e racismo pode restabelecer a condição humana das pessoas. Não é nossa consciência que determina nossa vida, é nossa vida prática que determina nossa consciência”. Reiterando os argumentos do professor André, Ronaldo ressaltou que toda a sociedade seria beneficiada com o combate aos preconceitos: “Um ambiente mais diverso é um ambiente mais rico. A diversidade representa riqueza social.”

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Foto: Jair Quint/Agecom/DGC/UFSC

Profissionais e pesquisadores da Educação abrem o evento

A abertura do evento teve a participação de Elza Marina da Silva Moretto, coordenadora do Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina; Pedro Rodrigues da Silva, representando a Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis; Vera Lúcia Bazzo, representando a Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE); Rute da Silva, coordenadora do Comitê Gestor Institucional de Formação Inicial e Continuada dos Profissionais da Educação Básica (COMFOR/UFSC); Nestor Manoel Habkost, diretor do Centro de Ciências da Educação (CED) e Roselane Neckel, reitora da UFSC.

Rute inaugurou as exposições citando Paulo Freire: “Se a Educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda”. A seguir, Vera Lúcia ressaltou a importância de se defender o direito à educação como marco fundamental das políticas públicas. Nestor afirmou que a precariedade das condições de trabalho dos profissionais representa uma precariedade geral da Educação: “Os professores se dedicam integralmente à Educação do país”. Roselane ressaltou a importância  de uma reflexão sobre misoginia, machismo e preconceitos nas escolas e afirmou que a universidade pública é responsável pela produção de conhecimento e formação de cidadãos: “O conhecimento deve combater preconceitos. Opiniões devem ser baseadas em conhecimentos”. Ela ressaltou que, além do sofrimento físico, também é importante evitar os sofrimentos psíquicos e da alma. “Tristeza e sofrimento não se dão apenas pela pobreza, mas também por preconceitos étnicos e de gênero. O grande desafio é fazer a transformação no cotidiano, no dia a dia. Um mundo melhor é um mundo de respeito a todos e todas.”

O evento ocorreu no auditório Garapuvu, Centro de Eventos, das 9h às 18h. O período da tarde foi dedicado à discussão do Eixo VI do PNE: “Valorização dos profissionais da Educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho”. Os palestrantes convidados para essa mesa-redonda foram a professora Gisele Masson, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Andrea do Rocio Caldas, da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/DGC/UFSC

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Secretário de Promoção da Igualdade Racial participa dia 27 de seminário sobre planos de educação

26/10/2015 10:00

pneducacaoNo dia 27 de outubro (terça-feira), no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos  da UFSC, a partir das 8h30, será realizado o Seminário Regional de Acompanhamento do Plano Nacional de Educação. As inscrições, gratuitas, podem ser feitas até o dia do evento, no link e no site da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).

O secretário especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Ronaldo Crispim Sena Barros, vinculado ao Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, participará da mesa-redonda “Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos”. Confira a programação.

No segundo semestre de 2015 serão realizados seis seminários regionais – um em cada cidade polo: Chapecó, Florianópolis,  Joaçaba, Joinville, Rio do Sul e Tubarão. 
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Seminário sobre planos de educação de SC recebe inscrições até dia 27

21/10/2015 10:00

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Fórum Estadual de Educação de Santa Catarina (FEESC), promove os Seminários Conae 2014: subsídios para o acompanhamento e avaliação da implantação dos planos de educação de  Santa Catarina/2015-2024. Estão abertas as inscrições para o Seminário do Polo de Florianópolis, que será realizado dia 27 de outubro (terça-feira), no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos  da UFSC. As inscrições seguem até o dia do evento e podem ser feitas neste link e também no site da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd).

No segundo semestre de 2015 serão realizados seis seminários regionais – um em cada cidade polo: Chapecó, Florianópolis,  Joaçaba, Joinville, Rio do Sul e Tubarão. Cada polo escolheu como temáticas dois dos eixos da Conae 2014.

Eixos do Seminário:

  • Educação e diversidade: justiça social, inclusão e direitos humanos;
  • Valorização dos profissionais da Educação: formação, remuneração, carreira e condições de trabalho.

Programação:

Programação Conae – Polo Florianópolis

Programação geral Conae 2015

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Fórum de Educação das Relações Etnicorraciais realiza-se na segunda-feira

05/04/2013 09:27

O PET Pedagogia/UFSC convida a comunidade acadêmica para participar do Fórum de Educação das Relações Etnicorraciais, que será realizado no dia 8 de abril de 2013, a partir das 14h, no Plenário da Assembleia Legislativa de Santa Catarina. O debate será sobre “A Conferência Nacional de Educação (CONAE) e a Educação das Relações Etnicorraciais”.

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