Geriatra aponta dez dicas importantes para reforçar a saúde no Dia Nacional do Idoso
“Não existe uma fórmula mágica para reverter o processo de envelhecimento. Não é um soro colorido ou a reposição a esmo de múltiplas vitaminas e hormônios que vai fazer você ter uma velhice em boas condições de saúde física e mental. No entanto, você estará muito mais perto disto se: 1) não fumar; 2) estudar o máximo que puder; 3) ter relações sociais frequentes; 4) procurar uma alimentação saudável; 5) manter sua pressão, diabetes e colesterol dentro de valores adequados; 6) não beber em excesso; 7) praticar atividades físicas regulares; 8) não ter sobrepeso ou obesidade; 9) procurar qualidade de sono e 10) diagnosticar e tratar precocemente problemas de visão e audição.”
A dica é do médico geriatra do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh) Rodrigo D’Agostini Derech, em entrevista concedida por ocasião do Dia Nacional do Idoso e Dia Internacional da Terceira Idade, 1º de outubro, datas criadas com o objetivo de sensibilizar sobre a importância dos cuidados com a saúde e os direitos desta população.
Também no dia 1º de outubro, em 2003, foi aprovada a Lei 10.741, conhecida como Estatuto do Idoso, que prevê que sejam garantidas aos idosos todas as oportunidades e facilidades para a preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade. O estatuto ressalta que é obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Derech explica que, legalmente, idoso é a pessoa com 60 anos ou mais, mas alerta que a idade cronológica não é o mais importante. “É difícil acharmos uma característica comum a todos, pois é um grupo muito heterogêneo. Mais importante que a idade cronológica, é a biológica. Há idosos com 60 anos que são extremamente frágeis e idosos com 80 anos que nadam dois quilômetros.”
Segundo ele, há características que são inerentes ao envelhecimento que se manifestam de forma diferente de uma pessoa para outra. “Essas características podem ser intensificadas pela carga genética ou maus hábitos de vida. No sentido contrário, podem ser muito amenizadas com hábitos como atividade física e alimentação adequada, por exemplo”, acrescentou o médico.
Unidade de Comunicação HU-UFSC/Ebserh