UFSC coordena pesquisa nacional para formular metodologias estaduais de promoção da saúde

30/09/2025 18:31

As oficinas são o eixo central da pesquisa, onde são discutidos conceitos da Política Nacional de Promoção da Saúde. Foto: reprodução

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lidera  a pesquisa Construção e Metodologia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais de Promoção da Saúde e Apoio à Implementação.

Financiada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (DEPPROS/SAPS/MS), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo envolve cinco estados e articula governo, academia e sociedade civil para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir das realidades locais.

Sob coordenação da professora Ivonete Teresinha Schulter Buss Heidemann, do Departamento de Enfermagem da UFSC,  o projeto reúne núcleos regionais da Fiocruz Amazônia (AM), Universidade Estadual do Vale, e do Acaraú (UVA), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).  Cada instituição organiza oficinas presenciais com equipes das secretarias estaduais de Saúde, gestores municipais e representantes da sociedade civil.

Pesquisa e oficinas 

As oficinas são o eixo central da pesquisa, onde são discutidos conceitos da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), compartilhadas experiências territoriais e elaboradas propostas estratégicas. O processo é dividido em três etapas: alinhamento teórico e formação de articuladores regionais, identificação de ações locais e, por fim, a elaboração de uma minuta de política estadual a ser debatida nos fóruns do SUS.

A primeira oficina ocorreu em Manaus, nos dias 18 e 19 de setembro, e destacou desafios como o atendimento às populações ribeirinhas e a valorização da interculturalidade. O encontro também contou com observadores de outros estados, que identificaram prioridades regionais, como: diversidade cultural no Maranhão, desigualdades urbanas em São Paulo, políticas de educação permanente em saúde no Mato Grosso e condições de trabalho em Santa Catarina.

A pesquisa pretende entregar ao Ministério da Saúde, até março de 2026, uma metodologia consolidada e replicável, acompanhada de guia orientador, estudo de escopo internacional e curso em ambiente virtual de aprendizagem. O objetivo é transformar a promoção da saúde em um eixo estruturante do SUS, valorizando a diversidade regional e fortalecendo a participação social.

 

 

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