UFSC coordena pesquisa nacional para formular metodologias estaduais de promoção da saúde

As oficinas são o eixo central da pesquisa, onde são discutidos conceitos da Política Nacional de Promoção da Saúde. Foto: reprodução
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lidera a pesquisa Construção e Metodologia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais de Promoção da Saúde e Apoio à Implementação.
Financiada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (DEPPROS/SAPS/MS), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo envolve cinco estados e articula governo, academia e sociedade civil para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir das realidades locais.
Sob coordenação da professora Ivonete Teresinha Schulter Buss Heidemann, do Departamento de Enfermagem da UFSC, o projeto reúne núcleos regionais da Fiocruz Amazônia (AM), Universidade Estadual do Vale, e do Acaraú (UVA), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Cada instituição organiza oficinas presenciais com equipes das secretarias estaduais de Saúde, gestores municipais e representantes da sociedade civil.
Pesquisa e oficinas
As oficinas são o eixo central da pesquisa, onde são discutidos conceitos da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS), compartilhadas experiências territoriais e elaboradas propostas estratégicas. O processo é dividido em três etapas: alinhamento teórico e formação de articuladores regionais, identificação de ações locais e, por fim, a elaboração de uma minuta de política estadual a ser debatida nos fóruns do SUS.
A primeira oficina ocorreu em Manaus, nos dias 18 e 19 de setembro, e destacou desafios como o atendimento às populações ribeirinhas e a valorização da interculturalidade. O encontro também contou com observadores de outros estados, que identificaram prioridades regionais, como: diversidade cultural no Maranhão, desigualdades urbanas em São Paulo, políticas de educação permanente em saúde no Mato Grosso e condições de trabalho em Santa Catarina.
A pesquisa pretende entregar ao Ministério da Saúde, até março de 2026, uma metodologia consolidada e replicável, acompanhada de guia orientador, estudo de escopo internacional e curso em ambiente virtual de aprendizagem. O objetivo é transformar a promoção da saúde em um eixo estruturante do SUS, valorizando a diversidade regional e fortalecendo a participação social.