Competições de slam reúnem estudantes em eventos com poesia e representatividade
“A Universidade é esse ambiente aberto que vai além da graduação. É um ambiente de arte, de cultura e de formação de movimentos sociais. É de extrema importância que a poesia ocupe aqui o seu espaço”, afirma Fernando Guerra, estudante de Relações Internacionais da UFSC e participante das competições do Slam Estrela D’Alva. Na última sexta-feira, 1° de setembro, o Slam, movimento em que os poetas declamam suas poesias em público, realizou mais um encontro. Dessa vez, em edição especial, não foram dadas notas aos participantes por um júri, e as avaliações foram feitas por todos os presentes.
Uma roda de pessoas sentadas no chão, ouvindo atentamente alguém declamar sua poesia. Em frente ao varandão do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), pelo menos uma vez por mês, tornou-se comum ver essa cena. As pessoas vão chegando, e, quando se percebe, a roda de poesia já tem mais de 50 ouvintes reunidos. Ainda que o slam tenha competição entre os participantes, o foco da atividade é a performance do poeta e o envolvimento da comunidade. Segundo Angelo Perusso, organizador do Slam Estrela D’Alva junto ao Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Letras da Universidade Federal de Santa Catarina (PET-Letras/UFSC), o destaque que o slam tem é dar alcance a diferentes narrativas. “Mostrar que a poesia é para todos. Que é um local de questionamentos sobre qual é a linguagem da poesia, quem pode produzir poesia e quais regras definem isso. O slam parte dessa ideia de ressignificar conceitos.”
Representatividade e acessibilidade
Desde o seu surgimento nos Estados Unidos, o slam é um movimento que tenta tirar o gênero poesia do espaço erudito e torná-lo impactante para toda a sociedade. Nos eventos realizados na UFSC, esse ideal se mantém. Os poetas expõe suas vivências e sentimentos, tirando-as do papel e colocando no espaço público. “Estamos ali falando de algo que é muito íntimo às vezes, mas que pode trazer uma representatividade para outras pessoas. Eu sou uma pessoa LGBTQIA+ e autista, então trago essas vivências na minha poesia, e ver que as pessoas na plateia se identificam é muito importante, torna o espaço e os sentimentos coletivos”, afirma Vitor Hochsprung, doutorando em Linguística na UFSC.
A parceria com o PET-Letras permite que a poesia alcance ainda mais pessoas com a participação de intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras), possibilitando que pessoas com deficiência auditiva acessem e participem do movimento. Nesta última edição, um dos participantes declamou a sua poesia por meio da Língua de Sinais (Libras).
Como funciona
Nesta última edição, sete competidores participaram do evento. Foram realizadas três rodadas, em que cada poeta declamava um poema. Ao final de cada rodada, o público escrevia em um papel o seu voto, e era decidido o campeão da rodada. Os três vencedores das rodadas iniciais se enfrentaram em uma chave final. Nos intervalos entre as chaves, poetas que não participavam da competição apresentaram seus poemas, os chamados “versos livres”. Geralmente realizadas no varandão do CCE, essa edição precisou ser deslocada para o “Gramadão do CCE”, por conta da música alta em frente ao local tradicional.
Mais informações sobre os eventos no site do PET-Letras e no Instagram do Slam Estrela D’Alva.
Kauê Alberguini / Estagiário de Jornalismo da Agecom/ UFSC
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