Especialista do HU ressalta importância de diagnóstico e prevenção da surdez

10/11/2021 11:18

Teste da Orelhinha identifica problemas de audição em recém-nascidos. Foto: divulgação/HU-UFSC/Ebserh

A surdez, nome dado genericamente à impossibilidade ou dificuldade de ouvir, pode ser prevenida, tratada, principalmente se diagnosticada precocemente, ou, se for o caso, ter seus impactos amenizados. Por isso, é importante adotar algumas medidas para preservar a saúde do aparelho auditivo e, sempre que possível, procurar ajuda médica para identificar possíveis problemas.

Para ressaltar a importância desses cuidados, foi criado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez, 10 de novembro, por portaria do Ministério da Saúde. “É importante ter uma data como esta para alertar sobre os cuidados e o diagnóstico porque a perda da audição é relativamente comum na população, já que cinco em cada 100 pessoas têm algum problema auditivo”, ressaltou o otorrinolaringologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), Cláudio Ikino.

Segundo ele, não existe uma causa única para a surdez, mas os casos mais frequentes estão relacionados à idade, à exposição a ruídos e, em algumas situações, ao uso de determinadas medicações. “Há ainda fatores familiares, por isso é preciso prestar atenção ao histórico da família”, disse o médico, acrescentando que existem também causas congênitas, que podem ser identificadas no recém-nascido pelo Teste da Orelhinha.

Conforme o médico, no caso da surdez por idade, os casos mais comuns ocorrem a partir dos 40 anos, por isso é importante ficar atento a sinais como dificuldade para ouvir ou mesmo quando alguém da família aponta esta dificuldade. “Muitas vezes, a pessoa não percebe, mas alguém do convívio familiar identifica isso”, explicou.

Ikino disse que as pessoas devem informar sempre ao médico da Unidade Básica de Saúde quando identificarem algum problema de audição para que seja feito o diagnóstico. No caso de crianças, este cuidado é feito logo ao nascer, com o Teste da Orelhinha, durante o acompanhamento com o pediatra, prestando-se atenção no desenvolvimento da fala, e antes de entrar na escola, quando é indicado fazer exames para identificar algum problema.

Ele explicou que, uma vez diagnosticada a surdez, em alguns casos é possível reverter o quadro. “Vai depender de cada caso, mas sempre tem algo que pode ser feito”, disse o médico, explicando que, se não for possível reverter, há meios de melhorar a condição do paciente ou mesmo reduzir o ritmo de evolução da surdez.

O HU-UFSC atende pacientes que são encaminhados pelo Sistema de Regulação (Sisreg) ou que estão internados. “Nós recebemos recém-nascidos que são encaminhados após o Teste da Orelhinha, ou crianças e adolescentes que são atendidos na Pediatria. Além disso, o Setor de Otorrinolaringologia atende pacientes internados que tiverem algum problema identificado pela equipe”.

Um destaque do HU nesta cadeia de cuidado é a cirurgia de implante coclear, uma atividade que completou dez anos na instituição. “Trata-se de um procedimento de alta complexidade que é realizado no hospital”, finalizou Ikino.

Confira o vídeo sobre o assunto do Minuto Saúde:

 

Tags: Dia Nacional de Prevenção e Combate à SurdezHospital UniversitárioHUsaúde auditivasurdezUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina