HU/UFSC reduz consumo de água em 41% sem afetar atividades e gera economia anual de R$ 1,2 milhão

09/04/2021 10:36

O Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU/UFSC) reduziu em 41% o consumo de água no ano passado, em relação a 2019, após uma série de medidas adotadas pelo Setor de Infraestrutura Física (SIF) da instituição. Esta queda, que representa uma economia de R$ 1,2 milhão por ano, se manteve em 2021, de acordo com os técnicos do setor.

A engenheira Pauline Schnel e o técnico Tiago Gualberto participaram dos levantamentos para identificar e reduzir o consumo de água no HU

As medidas se deram na área técnica e de manutenção, portanto não houve alterações no resultado de nenhuma atividade que faz uso de água, segundo explicou a engenheira civil Pauline Kammers Schnel, que é a fiscal do contrato com a concessionária de água no HU.

Na prática, com a ação da equipe de Infraestrutura, a média mensal de consumo caiu de 11,5 milhões para 6,8 milhões de litros de água na conta mensal. Para se ter uma ideia, este volume corresponde ao consumo mensal de 470 famílias compostas por quatro pessoas. Financeiramente falando, a conta mensal de água do HU, que antes era de R$ 230 mil, passou à faixa de R$ 125 mil.

Pauline Schnel explicou que entre as medidas adotadas está um verdadeiro trabalho de detetive da equipe, que passou pela detecção de pontos de vazamento, substituição de uma tubulação de água que ficava embaixo da cozinha, conserto de vazamento em tubulações de água quente ao lado da caldeira, conserto de tubulação de água fria nas proximidades do prédio do grêmio, mapeamento dos registros de água nas unidades, instalação de novos medidores e realização de um projeto piloto de instalação de redutores de vazão nas torneiras e chuveiros de alguns locais, entre outras atividades.

“Eu assumi a responsabilidade sobre o uso da água no hospital e iniciei uma pesquisa com outros hospitais da rede com intuito de comparar o consumo de água de acordo com o porte e número de leitos. Sempre achei que nosso consumo estava muito alto”, disse a engenheira.

Segundo ela, geralmente, o grande consumidor de água de um hospital é a lavanderia, mas um levantamento de consumo, realizado pelo técnico em mecânica do SIF Tiago Gualberto, apontou que a lavanderia consumia apenas um oitavo do volume de água do hospital. “Vimos que não se tratava de desperdício no uso, mas de algum vazamento e fomos atrás dele”, relatou a engenheira.

Com as informações de Gualberto e, junto com o líder da área de hidráulica do HU, Silvio Marcos Pereira, a equipe detectou vários pequenos vazamentos. “Fomos tomando pequenas medidas até que abrimos uma caixa próxima à cozinha, onde havia uma grande vazão de água. Abrimos o piso da cozinha, isolamos a tubulação antiga e instalamos uma nova e, junto com outras medidas que tomamos, em dezembro de 2019 já observamos uma redução significativa no consumo”, disse.

A partir daí, a engenheira passou a monitorar as contas da concessionária. “A conta foi baixando até que estabilizou. Hoje, com estas medidas e a terceirização da lavanderia, o consumo de água do hospital representa a metade do que tínhamos antes”, explicou, acrescentando que a adoção de práticas para economia e redução de consumo deve ser permanente, pois é preciso monitorar frequentemente possíveis vazamentos, fiscalizar as contas e controlar o consumo.

Economia é resultado de trabalho iniciado em 2019

Segundo a chefe da Divisão de Logística e Infraestrutura Hospitalar, Heloisa Cristina Martins Amaral, essa economia é resultado de um trabalho que teve início em 2019, com a implementação de ações de sustentabilidade, previstas no Planejamento Estratégico da instituição. “A partir da contratação de novos profissionais em todas as áreas da infraestrutura, incluindo uma administradora, foi possível discutir estratégia de gestão e estabelecer metas, individuais e de equipe”, disse.

Ela afirma que o prédio é da década de 70, portanto o diagnóstico e intervenções vêm sendo realizados não apenas na rede hidráulica, mas em todas as demais especialidades, como rede elétrica, climatização, rede de gases e geradores, envolvendo toda a equipe e com resultados bastante significativos. “O foco é melhorar os processos de trabalho e fazer intervenções que resultem não apenas em economia, mas também em adequações para atender órgãos de controle”, explica Heloisa Amaral.

Para o chefe do Setor de Infraestrutura, José Fabris, que assumiu o cargo em julho de 2020, mesmo com todas as alterações no planejamento para atendimento das demandas de infraestrutura durante a pandemia, a equipe conseguiu avançar nos estudos e nos projetos para a realização das intervenções. “Temos muitos desafios, muito trabalho, mas também temos uma equipe muito competente e motivada”, disse.

Texto: Unidade de Comunicação Social – HU/UFSC

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