Reitoria faz balanço da gestão da Universidade ao longo de 2020
“Um ano absolutamente desafiador”. Com essa frase, o reitor Ubaldo Cesar Balthazar começa a avaliar 2020, um período que apresentou uma das situações mais complexas com as quais a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se deparou ao longo de suas seis décadas de existência. “Tenho mais de 40 anos de universidade como docente e jamais imaginei que nosso cotidiano iria passar por tantas e tamanhas alterações”, enfatiza Ubaldo.
A UFSC e as demais Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) já vinham lidando com uma série de adversidades nos últimos anos. A pandemia de Covid-19, no entanto, trouxe desafios inesperados e provocou mudanças profundas nas rotinas e nos processos de trabalhos da Universidade. “As crises quanto às limitações orçamentárias têm sido cada vez mais recorrentes, mas, nesses casos, temos aprendido a tratar desses problemas com muita competência e articulações políticas na Andifes e junto às esferas de governo. Os ataques que as Ifes têm sofrido também têm respostas na crescente qualidade que nossas instituições demonstram ter. A pandemia, contudo, nos pegou de surpresa, não estávamos minimamente preparados para tudo isso”, relata.
O reitor comenta, ainda, as acusações de que a Universidade teria se precipitado com a decisão pela suspensão das atividades presenciais, anunciada em 15 de março: “Hoje vemos o quanto foi acertada a decisão. A UFSC, desde o início de todo o processo demonstrou a convicção em cuidar da vida. E de transformar o que já era de excelência – nosso caráter científico – num valor indispensável à sociedade”.
Em sua avaliação, o grande esforço institucional e coletivo que resultou na definição da adoção do ensino remoto merece ser celebrado: “Em nenhum momento de nossa história houve tanto envolvimento, tanta participação, tanta colaboração. A proposta que o Conselho Universitário aprovou foi fruto de tudo isso, de um modelo de gestão ampliado que permitiu um retrato verdadeiro de como manter a mínima qualidade na oferta do ensino, sem discursos ou soluções fáceis. Uma decisão planejada e madura”.
Não se pode também deixar de ressaltar o papel essencial das ações de assistência estudantil. “O que me deixou muito satisfeito foram as possibilidades de manter ações de apoio aos estudantes. Nesse aspecto o papel de cada colegiado, de cada Centro e das entidades foi fundamental. Prover o segmento estudantil de condições de acesso e manter programas de auxílio permitiu que nossos estudantes preservassem o vínculo com seu curso, com a instituição. Para se ter uma ideia, foram distribuídas cerca de 280 cestas básicas para estudantes carentes de todos os campi na última semana, uma operação que deverá se repetir em fevereiro próximo, no início do semestre acadêmico 2020.2”, afirma Ubaldo.
O reitor finaliza o balanço da gestão com suas expectativas para o próximo ano: “Em 2021 vamos superar esse processo, mantendo os princípios que nos orientaram até aqui: uma instituição plural, diversa, harmônica e equilibrada”.