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A comissão responsável pela elaboração do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para os anos de 2020 a 2024 reuniu-se, pela terceira vez, na tarde desta quarta-feira, 5 de junho. O objetivo da reunião foi apresentar o andamento da elaboração do documento e aprovar os próximos passos.

O PDI é um documento da instituição, elaborado a cada cinco anos, que serve como instrumento balizador do planejamento estratégico para todas as áreas da Universidade. A elaboração do PDI UFSC 2020-2024 iniciou-se em setembro de 2018 e sua aprovação definitiva está prevista para o final de 2019.

A comissão, constituída em dezembro de 2018 pela Portaria Nº 2613/GR, é formada por representantes do Gabinete da Reitoria, de todas as Pró-Reitorias, Secretarias, Comissões Permanentes, representações dos estudantes, dos técnicos-administrativos, dos centros de Ensino, Campi, e Hospital Universitário. Todas as propostas apresentadas foram aprovadas com unanimidade, inclusive a estrutura do documento, prazos e próximas ações a serem desenvolvidas.

A reunião ocorreu na sala dos conselhos. Foto: Henrique Almeida

Entre os próximos passos está a realização de um diagnóstico institucional, que deverá apontar as Forças, Fraquezas, Oportunidades e Ameaças (Matriz SWOT) da UFSC.  Durante os meses de abril e maio, o Grupo Executivo Gestor, responsável pela redação e metodologia do PDI, reuniu-se com todas as unidades acadêmicas e administrativas da Universidade, e apresentou a proposta completa, com os objetivos, iniciativas estratégicas e indicadores. As unidades, então, tiveram até 30 de maio para encaminhar suas sugestões para o documento, bem como apontar metas e prazos para compor o documento.

Foram recebidas 1487 sugestões, que agora serão analisadas, consolidadas e posteriormente apresentadas na versão final do documento. A intenção é que a minuta do PDI seja colocada em consulta pública em setembro de 2019, para ser apreciada pela comissão até o final de outubro. O Conselho Universitário deve receber a versão final do documento em novembro, e a aprovação acontecerá até a finalização do ano de 2019. O cronograma completo está disponível na página do PDI, onde pode-se também ter acesso ao Plano de Trabalho e aos PDIs anteriores.

“Houve intensa participação de todas as unidades”, destacou o secretário de Planejamento e Orçamento (Seplan), Vladimir Arthur Fey. “Minha avaliação é muito positiva. A equipe está bem comprometida, temos recebido respostas rápidas de toda a comissão, e adotamos uma metodologia que é inédita. Nosso modelo já foi elogiado pela Controladoria-Geral da União, e acho que esse trabalho será uma referência para outras universidades federais”, avaliou o gestor.

Nova metodologia

O novo PDI da UFSC terá uma série de inovações em sua estrutura. Segundo o secretário da Seplan, para chegar a essa metodologia foi preciso pesquisar oito universidades públicas brasileiras, seis universidades latino-americanas, as três melhores universidades norte-americanas e as quatro melhores da Europa, além de marcos legais e outras informações.

“Esse levantamento nos permitiu entender a relação que existe entre as áreas fins e transversais, criando um elo com a gestão e recursos de governança para então chegar a um documento que permita à UFSC atingir seus objetivos”, destacou Fey. “Todo esse trabalho resulta em um mapa estratégico, com objetivos gerais e específicos, metas, iniciativas estratégicas e indicadores. E teremos uma equipe que fará a avaliação periódica desses indicadores, mantendo esse documento atualizado. É uma experiência muito importante”, classifica o secretário.

Segundo a coordenadora de Planejamento Institucional da Seplan, Monique Bayestorff Duarte, o novo PDI será mais minucioso e detalhado, e contará, pela primeira vez, com indicadores e metas quantitativas. “Serão nove capítulos, vamos incluir áreas que não foram abordadas em outros PDIs e estamos buscando trazer a realidade da Universidade para esse documento. A proposta é fazer, em todas as etapas, uma construção coletiva, participativa e democrática”, salientou Monique.

Mayra Cajueiro Warren / jornalista da Agecom / UFSC