Correntes de retorno da praia do Campeche são pesquisadas em experimento de campo
Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizam um experimento de campo na praia de Campeche, sul de Florianópolis, desde sábado, 27 de abril, para analisar a circulação costeira, sobretudo as correntes. O estudo integra um projeto de pesquisa aprovado dentro da chamada universal do CNPq de 2016. “Dentre as correntes estudadas estão as correntes de retornos, que são correntes estreitas e fortes em direção ao oceano aberto, e que matam milhares de pessoas todo o ano ao redor do mundo”, explica o professor Pedro de Souza Pereira, da Coordenadoria Especial de Oceanografia da UFSC, destacando que, na linguagem popular se chama “repuxo”
O trabalho é intenso desde as 6h, quando os pesquisadores se preparam para lançar e depois recolher os derivadores de superfície (equipamentos com GPS que apontam a trajetória e o deslocamento da porção superficial das correntes). A pesquisa também usa dados obtidos por vídeo, através da filmagem por drone. A escolha do Campeche se deu pela logística – era a praia com maior facilidade de acesso para o grupo, que pôde acompanhar os pontos onde estavam as correntes de retorno ao longo do último mês, e onde havia local para deixar os equipamentos.
“A costa leste da ilha de Santa Catarina é repleta dessas correntes, e se faz necessária uma maior compreensão de suas peculiaridades para que medidas que reduzam o perigo possam ser realizadas com maior conhecimento”, diz Pedro Pereira.
Além das correntes, estão sendo medidas a morfologia da praia, características das ondas e sedimentologia das praias. O professor aponta que a publicação dos dados completos deve ocorrer até maio de 2020 – as análises começam na próxima semana. “Os padrões mais básicos a gente já viu”. Entre as peculiaridades, os pesquisadores conseguiram encontrar correntes circulares, que não deixam os equipamentos irem para o mar aberto e nem ser jogados de volta à praia, da mesma forma que ocorre em alguns casos de afogamento. “É uma espécie de vórtice. É conhecido na literatura e aqui a gente encontrou bastante”.
O experimento, cuja etapa do Campeche encerrou nesta quinta-feira, 2 de maio, também conta com participação de alunos e professores da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI) e da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.
- Experimento foi realizado entre sábado, 27 de abril, e quinta, 2 de maio, na praia do Campeche, em Florianópolis.