‘Da esperança ao ódio – ascensão da subjetividade conservadora no Brasil’ é tema de aula inaugural nesta segunda
O Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) promove no dia 25 de março (segunda-feira) a aula inaugural “Da esperança ao ódio – a ascensão da subjetividade conservadora no Brasil”. O evento será ministrado pela professora Rosana Pinheiro-Machado, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), às 19h, no Auditório do Bloco B do CFH.
Sobre a palestrante
Rosana Pinheiro-Machado é cientista social, docente, escritora e pesquisadora. Atualmente é Professora Titular Visitante da UFSM no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais. É membro da Academia Britânica de Ensino Superior. Foi professora de Desenvolvimento Internacional na Universidade de Oxford de 2013 a 2016. Realizou pesquisa de pós-doutorado pela Harvard University, onde também foi Visiting Scholar (2012-2013). Graduou-se em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Fez seu doutorado em Antropologia Social pela UFRGS, sendo bolsista da Wenner-Gren Foundation, com doutorado sanduíche pela University College London (UCL). Sua tese, baseada em dez anos de pesquisa, acompanhou uma cadeia global de mercadorias na rota China-Paraguai-Brasil, com foco no mercado informal e na pirataria. Esse trabalho foi agraciado com os seguintes prêmios: Primeiro Lugar no Prêmio ABA/FORD de Direitos Humanos”; “Melhor Tese de Ciências Sociais/ANPOCS” e “Grande Prêmio CAPES de Tese”.
Considerada nas Ciências Sociais brasileiras como uma das pioneiras na produção de trabalho de campo na República Popular da China, Rosana Pinheiro-Machado dedica-se no momento aos temas da propriedade intelectual, pirataria e informalidade; comércio internacional, produção, consumo e mercado; pobreza, periferias urbanas e desenvolvimento em economias emergentes. Na área docente, também ensina e orienta trabalhos sobre os novíssimos movimentos sociais do século XXI. Autora dos livros Counterfeit Itineraries in the Global South (Routledge, 2017), Made in China (Hucitec, 2011) e China, passado e presente (Artes e Ofícios, 2013), o referencial de sua trajetória acadêmica tem sido a reflexão sobre a modernidade e o desenvolvimento, especialmente no contexto dos BRICS (com ênfase no Brasil e na China). Possui diversas publicações em periódicos internacionais (inglês, espanhol, francês e chinês).
Como intelectual pública, suas colunas não apenas viralizaram diversas vezes como também pautaram debate nacional e internacional, como ocorreu na época dos rolezinhos e da greve dos caminhoneiros. Seu texto “Precisamos falar sobre vaidade acadêmica” já foi lido por milhões de pessoas, é um dos mais acessados da história da CartaCapital e já é hoje um marco na luta contra a opressão universitária.
Rosana é uma acadêmica feminista e luta por um ensino superior livre de abusos, mais justo, horizontal e inclusivo. Mantém uma vida intensa fora da Academia: publica textos de opinião em jornais e revistas, escreve frequentemente nas redes sociais e desenvolve projetos sociais nas periferias, como por exemplo a atuação na Escola Comum, que visa a desenvolver capital humano entre jovens de baixa renda.
Mais informações:
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