Evento de Hidroponia reforça o protagonismo da UFSC no Brasil e no mundo
A trajetória do primeiro Laboratório de Hidroponia do Brasil – LabHidro da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – foi contada no primeiro dia e na palestra de abertura do maior evento da área na América Latina. Fotografias e outras lembranças trouxeram à tona muitos momentos desta história que completou 20 anos. Para o professor Jorge Luiz Barcelos de Oliveira coube o desafio de resumir tantos fatos e nomes, e o fez de forma leve e descontraída. A memória se apoia em um passado que ajudou a construir e de suas raízes no campo. E tudo começou no Centro de Ciências Agrárias (CCA), onde se criou a horta hidropônica em um pedaço de terra de 300 metros quadrados. E não se imaginava que este projeto cresceria tanto, a ponto de colocar a UFSC na vanguarda da Hidroponia e propulsora do cultivo no Brasil.
Nos dias, 27 e 28 de setembro, no Centro de Eventos Luiz Henrique da Silveira, em Florianópolis (SC), a UFSC proporcionou um espaço de conhecimento e de negócios, o qual produtores, técnicos, pesquisadores, empresas e instituições tiveram a oportunidade de compartilhar saberes e tecnologias do sistema de cultivo hidropônico.
Na programação, duas palestras internacionais como a do produtor Emilio Ibarrola, com o tema “Abrindo fronteiras no Paraguai”, e a do botânico Patrick Blanc, da França, sobre “Plantas na Natureza”. Ao lado do auditório, um espaço bastante frequentado reservado aos expositores.
Na mesa do primeiro dia, os pró-reitores de Pesquisa, Sebastião Roberto Soares, de Assuntos Estudantis, Pedro Luiz Manique Barreto, o diretor de CCA, Walter Quadros Seiffert, o coordenador geral do encontro e do simpósio, Jorge Barcelos, o vice-coordenador e professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Pedro Roberto Furlani, os representantes da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), Gilberto Montibeller, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural (Epagri), Giovani Canola Teixeira, e o presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA), Ari Geraldo Neumann.
O professor Furlani, que sempre contribuiu com os estudos da Hidroponia, ressaltou a proporção que o evento tem ganhado ao longo dos anos. O primeiro era “sul-brasileiro”, mas como já começava a ter participação de pessoas de várias partes do país, passou a se denominar “brasileiro”, e acredita que os próximos irão se chamar “sul-americano”. “Este 12º encontro, com a representação do ensino, pesquisa e extensão pelo CCA, do apoio aos produtores pela Epagri e da liberação de recursos pela Fapesc, estamos crescendo muito. No primeiro participaram 50, neste são 600 inscritos”. Para o docente, é “a única universidade brasileira que está investindo pesado e de forma contínua no cultivo hidropônico”. Desde 1998, o LabHidro já realizou mais de 50 cursos, 11 congressos e três simpósios nacionais.
Para Barcelos, a grandeza dessa nova vertente na agricultura se evidencia em um evento deste porte, onde se divide, repassa e adquire conhecimentos. “É mais um passo e muitos ainda a serem percorridos, porque a agricultura está muito prejudicada, deixando muito a desejar por várias razões. Então temos esperança nesse cultivo fora do solo, pois otimiza água, mão-de-obra, espaço e o produto chega à mesa do consumidor com mais qualidade e confiança. Cada passo desta caminhada tem valido a pena e a nossa ideia é que não seja só a Universidade a crescer neste sentido, mas que, a partir dessa sementinha, todos os envolvidos na cadeia produtiva também avancem. Nesta jornada na Hidroponia são 20 anos de atividades com um objetivo muito claro, o de melhorar a agricultura”, reforça.
O coordenador do evento e do LabHidro destaca que “normalmente não se encontra em outra universidade um laboratório que se dedique exclusivamente à Hidroponia, por isso somos referência no Brasil e no mundo”.
Mais informações no site do evento.
Assista à cobertura da TV UFSC:
Rosiani Bion de Almeida/Agecom/UFSC
- Patrick Blanc, da França
- Jorge Luiz Barcelos de Oliveira, coordenador do LabHidro, em entrevista à TV UFSC