Programa de extensão lança cartilha ‘Violência Doméstica – Perguntas e Respostas’ em Libras
Fruto de parceria estabelecida entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o Tribunal de Justiça de Santa Catarina, a cartilha “Violência Doméstica – Perguntas e Respostas”, elaborada no âmbito do Judiciário, acaba de ganhar versão em vídeo devidamente vertida para a Língua Brasileira de Sinais – Libras. Seu conteúdo apresenta orientações às mulheres sobre a violência doméstica e a importância de denunciar essa prática, com informações acerca de órgãos e canais de apoio e proteção.
A desembargadora Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer, coordenadora estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJ, reuniu-se com a professora Silvana Aguiar dos Santos, do Programa de Extensão Tradutores e Intérpretes de Línguas de Sinais na Esfera Jurídica – TILSJUR.
Confira a cartilha:
“Nossas instituições, por meio do vídeo com a tradução, consolidam o primeiro passo para implementar ações que objetivam melhores condições de acesso e o exercício dos direitos linguísticos pela comunidade surda, especialmente pelas mulheres surdas vítimas de violência doméstica”, destacou a professora Silvana, responsável pelo serviço de tradução ao lado dos colegas André Reichert e Marianne Rossi Stumpf.
Ela explicou que a tradução de materiais no par português-libras ainda é rara no Brasil, de forma que constitui campo fértil para pesquisas e parcerias que envolvam o poder público e a sociedade civil. O acesso à informação e o direito à comunicação das pessoas surdas, acrescentou, têm sido contemplados por leis brasileiras, entre elas as de número 10.098/2000 e 10.436/2002, e pelo Decreto n. 5626/2005, os quais preveem subsídios para implementação de ações voltadas à garantia dessa acessibilidade.
A iniciativa levou em conta aspectos culturais e linguísticos das comunidades que acessarão o trabalho. “Trata-se de mais uma notável prestação de serviço do Judiciário, planejada e desenvolvida a partir do verdadeiro espírito de inclusão social, diante do atual cenário de violência contra as mulheres”, sintetizou a desembargadora Cinthia.
Com informações da Assessoria de Imprensa do TJSC.