Palestra de presidente da Academia Brasileira de Ciências explica uso de tecnologias baseadas em física quântica
O professor do curso de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro e presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Luiz Davidovich, apresentou uma palestra no Auditório do EFI na tarde da última terça-feira, 21 de fevereiro. O evento, que lotou o espaço, tratava de uma apresentação sobre o projeto de pesquisa em Física Quântica, suas diferenciações em relação à Física Moderna e o estado da aplicação nas tecnologias contemporâneas.
Durante o evento, o professor explicou o surgimento da Física Quântica e suas primeiras dificuldades de compreensão para os estudiosos da Física Moderna até meados do século XX. Isso se devia, basicamente, à dificuldade de medir e avaliar resultados e determinados comportamentos de elementos na Física. Como exemplo, citou alguns paradoxos difíceis de digerir até então, como o comportamento dos spins em um fóton quando polarizados – um fenômeno presente em feixes de laser. Tais valores existem de maneira indeterminada, e o próprio ato de medir seus valores é que os determinam, passando a ser trabalhados como probabilidades.
A aplicação destes fenômenos, explicou o professor, está presente na criação de elementos na mecânica (uso de lasers no setor de construção civil), na informática (leitores de mídias físicas como DVDs e Blu-rays) e, no setor de comunicação, o uso da metrologia quântica para medir valores de alta precisão. “Mas é importante lembrar,” Davidovich comentou em entrevista, “que os pioneiros da Física Quântica começaram os estudos no começo do século XX sem preocupação nas aplicações, mas antes de tudo, por uma imensa curiosidade sobre as coisas e como elas se comportam. E que hoje possuem aplicações indispensáveis na nossa sociedade.”
Gabriel Daros Lourenço/Estagiário em Jornalismo/Agecom/UFSC