UFSC na Mídia: Pesquisadora da UFSC é premiada por descoberta que pode auxiliar pacientes da doença de Alzheimer

24/08/2016 15:44
"O grande avanço do estudo foi mostrar que esta proteína possui um papel importante tanto no início quanto em fases tardias da doença", avalia Maíra Bicca, responsável pelo estudo. (Foto: Divulgação)

“O grande avanço do estudo foi mostrar que esta proteína possui um papel importante tanto no início quanto em fases tardias da doença”, avalia Maíra Bicca, responsável pelo estudo. (Foto: Divulgação)

Mais de 36 milhões de pessoas são afetadas pela doença de Alzheimer no mundo, e estima-se que, até 2030, outros 66 milhões serão atingidos, de acordo com dados da Federação Internacional da Doença de Alzheimer e Demências Relacionadas. Caracterizada como uma patologia neurodegenerativa, a enfermidade acomete principalmente pacientes idosos. A doença tem como principal diagnóstico a avaliação clínica de um médico, associada ao histórico do paciente e descarte de outros males possíveis.

Mas um novo começo para um possível diagnóstico precoce e um tratamento do Alzheimer pode estar a caminho. É o que indica o projeto ganhador do 20º Prêmio Jovem Talento em Ciências da Vida. Apresentado por Maíra Assunção Bicca, PhD em Farmacologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudo é considerado um novo entendimento da iniciação e da progressão da doença.

— Por meio do meu estudo tive a oportunidade de confirmar a presença de uma proteína conhecida nos meios científicos como receptor TRPA1. Além de observamos a expressão desta proteína em modelos animais, também verificamos que ela está presente no encéfalo de pacientes que já desenvolveram a doença e, pode ser um dos grandes responsáveis pela propagação do problema — afirma Maíra.

Estudada frequentemente em processos inflamatórios e dolorosos, a presença dessa proteína já havia sido apresentada na medula espinhal, mas não na parte cerebral. A descoberta do elemento receptor nessa região do cérebro significou também o seu envolvimento nos processos inflamatórios no encéfalo, que são determinantes para o avanço da doença de Alzheimer e contribuem para morte dos neurônios.

— O grande avanço do estudo foi mostrar que esta proteína possui um papel importante tanto no início quanto em fases tardias da doença —  destaca a pesquisadora.

O prêmio

Prêmio Jovem Talento em Ciências da Vida, patrocinado pela GE Healthcare e produzido pela Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular (SBBq), tem como objetivo premiar jovens cientistas que estão contribuindo com pesquisas de assuntos de alta relevância para a sociedade.

— Essa premiação é uma oportunidade para os jovens multiplicarem suas experiências e melhorarem seus projetos, contribuindo para suas carreiras. Além disso, esse tipo de Prêmio ajuda a fomentar a pesquisa no País e abre portas para converter esse tipo de aprendizado em impactos diretos para a sociedade — destaca Gyvair Molinari, Diretor da GE Life Sciences.

 

Fonte: Diário Catarinense, 24/08/2016

Tags: Doença de AlzheimerfarmacologiaUFSC