UFSC na mídia: UFSC elabora pesquisa para entender como os estudantes se deslocam até a universidade
Por dia, mais de 50 mil pessoas passam pelo campus da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) em Florianópolis. Para saber de onde vêm e como chegam à universidade essas pessoas, uma equipe do DPAE (Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia) da UFSC faz uma pesquisa para traçar o perfil do público que entra e sai o tempo todo da campus da Trindade. A primeira etapa do trabalho terminará ainda este ano. Na sequência, a intenção do grupo do DPAE é tirar do papel projetos para melhorar a mobilidade local, como o da ciclovia com mais de dez quilômetros no entorno e dentro do campus, e o do bicicletário com chuveiros, café e oficina para pequenos reparos.
Os estudos começaram há duas semanas e seguem até dezembro. Neste primeiro momento, os pesquisadores fazem a contagem nos pontos de ônibus e entrevistam usuários do transporte coletivo para saber de onde eles vêm e qual o tempo gasto com deslocamento. O mesmo questionário, nesta etapa, também contempla os ciclistas.
Para responder aos questionamentos, a comunidade acadêmica e os demais frequentadores do campus podem acessar o site do DPAE e responder a enquete “Como você vai para a UFSC?”. No mesmo link está o acesso para as perguntas no Facebook. “A pesquisa é muito importante para traçarmos o perfil dos usuários de bicicleta, ônibus, motocicletas e automóveis. Não é necessária a identificação da pessoa”, disse a coordenadora de planejamento do DPAE, Camila Poeta Magrich. A contagem dos bicicletários existentes no campus também está em andamento.
Na segunda fase da pesquisa serão entrevistados também virtual e presencialmente pedestres e usuários de carros e motos. Após o levantamento serão elaborados os projetos para melhorar a mobilidade no campus.
Com os estacionamentos da universidade saturados, usuários de carros pedem mais vagas. “Fizemos um levantamento em 2012, mas estamos atualizando os dados. A UFSC é quase uma cidade. Sabemos dos impactos que o grande fluxo de frequentadores causa no entorno e por isso nossos esforços são voltados para a melhoria dessa realidade”, afirmou a professora de engenharia do tráfego e integrante da equipe da DPAE, Lenise Grando Goldner.
Preferência por carros nos deslocamentos
Conforme a professora Lenise Grando Goldner, nos estudos de quatro anos atrás verificou-se que pelo menos 56% das pessoas que se deslocavam até a UFSC iam em carros e 20% utilizavam o transporte coletivo. “Os números aumentaram, certamente. Mas ainda acredito que com ônibus mais acessíveis e mais linhas nos horários de pico, as pessoas utilizariam mais este modal. Bem como a implantação de bicicletários e ciclovias atrairia um número bem maior de ciclistas”, disse. Lenise lembra ainda que em 2012 verificou-se que 80% dos professores se deslocavam de carro para o campus e que 30% dos alunos caminhavam até a UFSC por morarem nas imediações.
Além de atualizar os estudos realizados em 2012, a equipe buscará futuramente a viabilização de projetos importantes, como os dez quilômetros de ciclovias, na parte interna e nos arredores do campus, orçados em R$ 3 milhões, há quatro anos, e a implantação do bicicletário junto à Biblioteca Central, no valor de R$ 1 milhão. Obras menores, como a melhoria de calçadas, foram realizadas após os estudos de 2012. A coordenadora de planejamento do DPAE, Camila Poeta Magrich, acredita que a instalação de bicicletários simples também seja possível porque não exigem altos custos.
“Precisamos que o poder público municipal também faça sua parte para garantir o acesso seguro dos ciclistas ao campus”, defendeu Lenise. Ela lembrou ainda que o projeto das ciclovias da UFSC foi desenvolvido por um especialista no assunto, o arquiteto Antônio Miranda, de Blumenau.
Bicicletário com chuveiro seria um “sonho”
A estudante de biologia Caiane Olsen, 26 anos, que já respondeu o questionário presencial, mora na Lagoa da Conceição. E desde que deixou o bairro Itacorubi passou a utilizar ônibus e caronas para chegar e sair da UFSC. “Agora só uso a bicicleta no próprio bairro, porque acho inseguro e cansativo demais passar pelo Morro da Lagoa”, contou. A ideia de um bicicletário com armário, oficina e chuveiro dentro do campus anima tanto Caiane quanto seu colega de curso, Geisiel Túlio Oliveira, 24.
Oliveira lamenta a falta de respeito que os motoristas, principalmente os do transporte coletivo, têm para com os ciclistas. “Uso as calçadas da universidade para evitar ser atropelado novamente. A tensão é constante porque não existe respeito ao transporte não motorizado”, lamentou o morador do bairro Pantanal. “E como a situação vai mudar se nem mencionam os ciclistas nas autoescolas?”, questionou a estudante da 10ª fase de biologia Maria Gabriela Osório, 24.
Assim como o grupo do curso de biologia, o estudante de geologia Luiz Henrique Biagione, 22, diz que a falta de um chuveiro faz com que muitos ciclistas deixem suas bikes em casa. “Chegar pingando suor e não ter onde se banhar é complicado. Ainda mais para quem vem de longe e com esse calor”, disse o morador da Carvoeira. Biagione utiliza o transporte coletivo somente em dias de chuva. “Até para a praia vou de bike”, completou.
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