UFSC na Mídia: projeto de estudantes da UFSC oferece cafés e gentileza em Florianópolis

Deyvid Souza e Gabriel Eduardo dos Santos criaram a ideia do Café Pendente em Florianópolis
Foto: Erich Casagrande / Diário Catarinense
Que tal tomar um café que foi oferecido por um desconhecido? E melhor, retribuir o favor sem mesmo saber quem receberá? Incentivar a gentileza pela própria gentileza é a ideia do projeto Café Pendente, criado pelos estudantes do curso de Engenharia de Produção Elétrica da UFSC, Deyvid Souza e Gabriel Eduardo dos Santos, e presente em 15 cafés na cidade de Florianópolis.
— Nosso objetivo é incentivar uma corrente de gentilezas que se torne viva por conta própria. Agora a gente está dando um empurrão inicial. A gente se contagia e espera que esse favor seja replicado — acredita dos Santos.
A ideia de Souza e Santos é muito simples e surgiu há uns dois anos quando souberam que essa ação era praticada em alguns lugares da Europa e em Buenos Aires e lembraram dela para a disciplina.
— Na hora de sugerir o projeto que tivesse alguma ação social lembrei dessa ideia e decidimos fazer juntos. Muita gente achou que não daria certo. Agente ouvia ‘Por que pagar um café para alguém que não conheço’, ‘isso não vai dar certo’, mas pelo jeito deu certo — conta Souza.
Você vai a algum estabelecimento que tenha aderido ao projeto e pode receber um café ou lanche que já foi pago por alguém antes. E também pode deixar o mesmo favor pago para outra pessoa que virá em outro dia. Tudo fica anotado em tabelas que marcam quantos cafés estão disponíveis.
— Cada estabelecimento tem sua própria tabela e controle. Mas seria incrível ter algo automatizado que pudesse integrar mais como um banco compartilhado de gentilezas — imagina Souza.
O projeto e a execução são tema do trabalho final da disciplina de Ética e Exercício Profissional ministrada pela professora Myriam Eugênia Ramalho. No início a intenção era ajudar moradores de rua, mas os estudantes perceberam que a gentileza poderia ser um ato para qualquer pessoa.
— Para atender o objetivo da disciplina estávamos felizes se um ou outro café fosse consumido nesse sistema. Mas o projeto teve ótima adesão e foram mais de 100 cafés vendidos em dois meses, número que deve ter aumentado neste último mês — explica Santos.
Texto: Erich Casagrande
Publicado no Diário Catarinense.