Mostra Eisenstein exibe nesta quinta o longa “Outubro”

Cena de “Outubro”, filmado em 1927 e que retrata os eventos que culminaram com o fim da monarquia russa em 1917
A Mostra Eisenstein exibe nesta quinta-feira, 13 de dezembro, às 18h30min o longa-metragem Outubro (Oktyabr), de 1927, que mostra os eventos em Petrogrado (atual São Petesburgo) que antecederam o fim da monarquia russa em 1917.
Realizada no período de 5 a 14 de dezembro, a mostra é uma promoção do Curso de Cinema da UFSC e acontece no Auditório Henrique Fontes, Bloco B, Centro de Comunicação e Expressão (CCE) da UFSC. Toda programação é gratuita e aberta ao público.
No último dia, 14 de dezembro, sexta-feira, será exibido O velho e o novo, quarto longa de Eisenstein, de 1929, com trilha sonora feita ao vivo (e composta especialmente para o filme) pela Orquestra Eletroacústica da UFSC.
Com o objetivo principal de estimular o olhar a escapar desse lugar comum, descolar Eisenstein, e procurar outras proposições, outras imagens, a Mostra complementa a disciplina Eisenstein Ensaísta, que está sendo oferecida no Programa de Pós-Graduação em Literatura da UFSC. Por isso, a maioria dos trabalhos a serem apresentados será de alunos (mestrandos ou doutorandos) da disciplina. Cada trabalho pretende um deslocamento, e não terá, necessariamente, relação direta com o filme do dia, mas com aspectos de gestos de Eisenstein que podem ou não ter aparecido na tela.
A Mostra faz parte do projeto de extensão Punctum: Cinema e Pensamento, da revista Punctum (Curso de Cinema da UFSC), com apoio do Programa de Bolsas de Extensão vinculadas a Ações de Arte e Cultura (BEAC) 2012 da Secult/UFSC. A ideia central desse projeto é promover mostras (duas por ano), a partir de trabalhos de pesquisa que estejam de fato sendo desenvolvidos sobre cada assunto e que sejam apresentados durante cada mostra (opção que parece resistir melhor à tendência de queda no senso comum que cerca os debates soltos que costumeiramente aparecem, quando aparecem, após as projeções).
Sergei Eisenstein (1898-1948) foi acima de tudo um espírito irrequieto e debochado. O senso comum e os estudos de cinema reservaram a ele o lugar de “cineasta genial”, “teórico da montagem cinematográfica” ou (muito pior!) “propagandista da revolução soviética”. Tal lugar não deixa de corresponder, obviamente, a uma parte importante de seus gestos, mas está longe de contemplar o que há de mais curioso e vibrante em tudo aquilo que ele escreveu, desenhou, filmou ou quis filmar.
Programação:
Filme |
Trabalho/debate |
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Quarta, 5/12 |
O diário de Glumova (1923) 6min O prado de Bejin (1937) 31min Que viva México! (1932) 90min |
Abertura |
Quinta, 6/12 |
Ivan, o terrível, parte 1 (1944) 103min |
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Sexta, 7/12 |
Ivan, o terrível, parte 2 (1958) 88min |
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Segunda, 10/12 |
Alexandre Nevsky (1938) 112min |
“Notas sobre Apuntes”, Valdir Olivo Jr. |
Terça, 11/12 |
A greve (1924) 82min |
“Imagem-pensamento: possíveis diálogos entre Eisenstein e Flusser”, Josimar Ferreira “Eisenstein traidor da dialética”, André Zacchi |
Quarta, 12/12 |
O encouraçado Potenkim (1925) 75min |
“Eisenstein biógrafo”, Paula Ribeiro “Eisenstein em ruínas”, Maria Augusta Villalba Nunes “O terminal”, Gustavo Osorio |
Quinta, 13/12 |
Outubro (1927) 103min |
“Corpos de Eisenstein”, Renata Santos “O quadro como molécula da montagem” Giovana Zimermann |
Sexta, 14/12 |
O velho e o novo (1929) 121min (Orquestra Eletroacústica da UFSC) |
Debate em torno da trilha sonora apresentada, com Julian Brozozowski |
Mais informações:
Professor Luiz Felipe Soares – (48) 3721-6543