Fundadora fala sobre conquistas na comemoração dos 30 anos do Neti
Homenagens, apresentações artísticas e uma palestra com a professora Lucia Hisako Takase Gonçalves, uma das fundadoras do grupo, marcaram a abertura da programação comemorativa aos 30 anos do Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti), na manhã desta segunda-feira, dia 20, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC. O evento foi prestigiado pela vice-reitora Lúcia Helena Martins Pacheco e pelo pró-reitor de Extensão, Edison da Rosa. Os trabalhos foram comandados pela coordenadora do Neti, Jordelina Schier.
As apresentações foram realizadas pelo grupo de canto Vozes da Ilha e pelo grupo de dança da Apae Florianópolis, que acabou de retornar de Londres, onde abrilhantou a abertura das competições náuticas nos Jogos Olímpicos 2012. Antes disso, foram agraciados com comendas o ex-reitor Ernani Bayer, em cuja administração foi criado o Neti, e Marcos Augusto Guedes, filho da outra fundadora do núcleo, Neusa Mendes Guedes.
Em sua palestra, a professora aposentada Lucia Hisako Gonçalves fez um histórico do Núcleo de Estudos da Terceira Idade e destacou as principais conquistas desses 30 anos de trajetória. Natural de São Paulo, onde já atuava como enfermeira, ela chegou a Florianópolis em 1978 trazendo uma visão sobre a importância do envelhecimento digno que já era corrente em outros estados brasileiros.
Citou o importante trabalho feito em parceria com a professora Neusa Guedes, já falecida, e os apoios do Centro Sócio-econômico e do Centro de Desportos, que facilitaram, respectivamente, a ampliação do espaço físico do Neti e a inserção de seus membros nas atividades de educação física na instituição. “A criação do Curso de Formação de Monitores em Ação Gerontológica e o surgimento do curso de especialização em Gerontologia foram avanços muito importantes, ainda nos anos 90”, disse Lucia Gonçalves.
Ela destacou ainda a implantação dos cursos de línguas, os cursos de multiplicadores realizados em outras regiões de Santa Catarina, a Universidade da Terceira Idade e a edição da Cartilha dos Direitos dos Idosos, que beneficiou pessoas que não conheciam os direitos que tinham. “Os idosos devem ser protagonistas de si próprios”, afirmou Lucia, reforçando uma premissa exposta no material em power-point que apresentou ao público.
Os cursos oferecidos têm permitido a busca de conhecimento por pessoas que não se contentam em passar a aposentadoria na inatividade. “Existe hoje a possibilidade de aprendizado durante toda a existência”, ressaltou a palestrante. Ela também chamou a atenção para o curso de informática, que promove a inclusão, o trabalho feito com portadores de Mal de Parkinson e a conscientização em relação às doenças sexualmente transmissíveis, que vêm caindo em outras faixas etárias e aumentando entre pessoas da terceira idade.
Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom / UFSC
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Fotos: Henrique Almeida / Agecom e Wagner Behr/ Agecom