Pesquisa da UFSC revela novos indicadores para controle da tuberculose bovina

27/02/2013 08:31

Uma das inovações da pesquisa foi identificar os tecidos/órgãos de maior incidência da bactéria da tuberculose. Imagem: Menin et.al./Plos One.

Acaba de ser publicada no periódico internacional Plos One uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina que revela novos indicadores que podem ajudar no controle da tuberculose bovina (bTb), uma doença para a qual ainda não existe prevenção nem tratamento viável e que representa um sério problema de saúde pública. A tuberculose bovina é uma doença infectocontagiosa causada pela bactéria chamada Mycobacterium bovis (M. bovis). A infecção pelo M. bovis é responsável por aproximadamente 10% do total de casos de tuberculose humana na África e cerca de 2,5% na América Latina. É transmitida para os humanos principalmente pelo consumo de leite não pasteurizado.

Elaborado pela equipe do médico e professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da UFSC, André Báfica, e intitulado “Asymptomatic Cattle Naturally Infected with Mycobacterium bovis Present Exacerbated Tissue Pathology and Bacterial Dissemination” (tradução: Bovinos assintomáticos naturalmente infectados com Mycobacterium bovis apresentam exacerbada patologia e disseminação bacteriana nos tecidos), o artigo contribui para revelar como a tuberculose bovina age nos animais durante a infecção natural. Febre intermitente, tosse, falta de ar, perda da condição corporal, emagrecimento progressivo, debilidade, baixa capacidade respiratória e diminuição na produção de leite são alguns sinais conhecidos do animal com tuberculose. No entanto, até então, pouco se sabia como os animais portadores da bactéria conseguem controlar a infecção e não manifestar os sintomas.

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