Ascensão e queda da cidade de Mahagonny de 4 a 6 de dezembro no Teatro da UFSC

02/12/2010 15:10

Peça Ascensão e queda da cidade de Mahagonny

Ascensão e queda da cidade de Mahagonny, peça adaptada da obra do dramaturgo Bertolt Brecht, com direção de Carmen Fossari, será exibida no Teatro da UFSC, de 4 a 6 de  dezembro, às 21h, com entrada gratuita. O público deve chegar 30 minutos antes do início do espetáculo.

Brecht é um dramaturgo cuja visceralidade contribui na formação dos estudantes de Teatro, atores e atrizes novatos, na formação de plateias e aos atores e públicos que já percorrem o universo teatral. Portanto, é sempre salutar estarmos diante de um texto de Brecht.

Este que agora encenamos, Ascensão e queda da cidade de Mahagonny  que bem poderia na nossa montagem ser denominado O que Florianópolis tem a ver com  MAHAGONNY, é um texto da obra DIDÁTICA de Brecht da metade do século XX . A obra teatral do dramaturgo revolucionava e chocava o público teatral, acostumado a um teatro “bem comportado”. Na montagem original de Ascensão e Queda da Cidade de Mahagonny aquele público encontrava uma a cena de aparentes insultos, atrevimento, com recursos didáticos, repleta de cartazes, e reveladora de como as cidades, dentro do sistema capitalista são “uma arapuca”.

Mahagonny onde tudo é permitido

Brecht coloca seus personagens construindo uma cidade onde tudo é permitido desde que se tenha muito ouro. O preço de não ter ouro é a impossibilidade de sobreviver na cidade de Mahagonny! Com composições de Kurt Weill o texto original é uma obra de Teatro Musical, na nossa encenação trata-se de uma obra de caráter não musical, embora mantida a belíssima composição tema da peça.

Optamos em ambientar o espetáculo ao universo do cinema mudo, inserindo imagens e áudio visual resgatando os anos 30 e 40. Esta opção realiza, em parte, um utópico sonho da diretora e adaptadora do texto, de ter visto um dia Sir Charles Chaplin e Bertolt Brecht sentados numa mesa de bar conversando sobre suas obras: o filme Tempos Modernos e a Peça Na Selva das Cidades.

Assim que foram inseridos na encenação uma personagem, o Narrador Brecht que entra em cena “costurando a dramaturgia” e outra, uma personagem que adentra na cena acompanhando Bert Brecht, sem, contudo dialogar com ele, realiza pantomimas clássicas do Carlitos. A esta segunda personagem chamamos “Chaplita”. Na peça ao inserimos a fusão de linguagens teatro e audiovisual (imagens e pequenos vídeos do cinema mudo) tentamos nos aproximar do sempre moderno Brecht, adequando as quase sete décadas do texto escrito à montagem atual.

Brecht e sua dramaturgia e enunciados estão “vivos” em suas ideias ainda tão necessárias num mundo dividido em classes sociais, ricos e pobres, cultos e analfabetos, os que tudo podem e os que nada têm. Um espetáculo que lança um olhar poético e mordaz sobre o nascimento e queda de uma cidade, movida pelo ouro. A peça conta com alun@s do Curso de Artes Cênicas do CCE, através de uma disciplina optativa Montagem, com alun@s da Oficina Permanente de Teatro, DAC- SeCArte.

Produção Pesquisa Teatro Novo – DAC-UFSC (Carmen Fossari)

Elenco

Alexandre Borges – Joseph

Ana Paula Lemos – Jenny

Douglas Maçaneiro – Um tal Bert Brecht

Eduardo Stahelin – Coro Masculino

Giovana Ursini – Maysa Trindade

Iris Karapostolis – Cantora

Jacque Kremer – Leokadja Begbick

Kátia Maczewski –  Procuradora

Laura Gill Petta – Coro Feminino

Letícia Costa – Coro Feminino

Luis Tinoco – Jackob

Márcia Cattoi – Coro Feminino

Mel  Rezende – Coro Feminino

Neivania Theodoro – Coro Feminino

Neusa Borges – Coro Feminino

Priscila de Souza Serafim – Chaplita

Roberto Moura – Heidrich

Robson Walkowski – Paul

(Alguns nomes foram trocados para nomes similares em Português. O Procurador e Willy são interpretados por mulheres e transformados em personagens femininos. Chaplita e Bert Brecht são criações para a dramaturgia desta encenação.)

Técnica
Figurino: O Grupo
Cenário: O Grupo
Operador de Som: Nei Perin
Cartaz: Márcia Cattoi
Fotolito: Michelle Millis
Impressão: Imprensa Universitária
Operador de Áudio Visual: Ivana Fossari
Sonoplastia: Calu
Mixagem Som: Sérgio Bessa
Preparação de Canto: Ive Luna
Fotografia: Marcelo Pereira e Calu
Iluminação, Direção Geral: Carmen Fossari

Promoção: Departamento Artístico Cultural (DAC)

Apoio SeCArte – UFSC 50 ANOS
Informações: DAC (48) 3721-9348, das 14h às 18h
www.dac.ufsc.br
www.carmenfossari-armazemdapalavra.blogspot.com

Tags: BrechtCarmen FossariMahagonnyteatroUFSC

Zunido de Poema estreia no Teatro da UFSC com entrada franca

17/11/2010 18:28

Zunido de Poema é uma performance poético-musical criada a partir do livro de poemas Álbum Vermelho, de autoria da poeta Ryana Gabech. O espetáculo, patrocinado pela Funcultural, explora poesia, música e sonoridades experimentais, buscando libertar a poesia do suporte livro e aproximá-la do público através de uma linguagem inventiva e dinâmica.

Ryana Gabech e Toucinho Batera protagonizam a performance que será apresentada em teatros, escolas e espaços culturais da Grande Florianópolis em uma temporada de dez espetáculos com entrada franca.

A estreia, dia 21 de novembro, às 19h, no Teatro da UFSC, contará com a participação dos músicos Bárbara Damásio (voz), Giann Thomasi (sax), Carlos Ribeiro Júnior (contra-baixo) e Leandro Fortes (guitarra), que apresentarão no show de abertura canções de autoria de Ryana Gabech em parceria com compositores reconhecidos no cenário musical em nível internacional, como Travesseiro de Estrelas (Ryana Gabech / Alegre Corrêa), vencedora do 2º Festival da Música e da Integração Catarinense, em 2008.

Em dezembro, dias 4 e 5, às 17h, a apresentação ocorrerá na Casa das Máquinas – pracinha da Lagoa da Conceição – e contará com a presença do músico Alegre Corrêa (guitarra e voz), parceiro de Gabech em diversas composições. Para acompanhar a agenda da temporada de Zunido de Poema e saber mais sobre o trabalho de Ryana é só acessar ryanagabecholiveira.blogspot.com.

Ryana é artista plástica, poeta e performer. Lançou seu primeiro livro aos 15 anos de idade. Publicou cinco livros de poemas: Mar e Avelãs, A data invisível do poema, Trêmulo e Álbum Vermelho. Em 2008 e 2009, realizou turnê por Florianópolis, Itajaí e Parati (RJ) com a performance Trêmulo, criada a partir do livro homônimo, ambos de sua autoria. É integrante do coletivo de artistas LAAVA, pelo qual ministrou oficinas de poesia em Florianópolis, Palhoça e Rio de Janeiro.

Toucinho Batera atua na cena musical nacional há mais de 40 anos. Ao longo dessa trajetória acompanhou artistas renomados como Fafá de Belém, Originais do Samba, Pery Ribeiro, Eduardo Araújo e César Camargo Mariano. Foi homenageado pelos cineastas Alan Langdon e Guilherme Ledoux, que produziram o documentário Sistema de Animação, sobre sua vida e arte, lançado em 2008 e contemplado com diversos prêmios em mostras e festivais de cinema nacionais.

Ficha técnica:

Ryana Gabech – concepção, textos e performance

Toucinho Batera – direção musical, arranjos sonoros, bateria, teclado e performance

Lendro Fortes – arranjos musicais

Maria Fernanda Jacob – figurino

Marina Borck – fotografia

Sarah Ferreira – filmagem e makin of

Luiz Henrique dos Santos – arte gráfica

Cleiton Moreira e Juliana Sussel – direção cênica

Andrea Rosas – produção executiva

Informações:

(48) 3365-0532 e 8477-3551

E-mail poraodepedra@poraodepedra.com.br

Tags: teatroUFSCZunido de Poema