A Pessoa com Deficiência no foco do debate: inclusão no mercado de trabalho
Vou te convidar a fazer um exercício. Largue tudo que está fazendo e observe as pessoas que estão ao seu redor. Como elas são? Morenas, ruivas, altas, baixas, pardas, negras, indígenas, jovens, idosas, com alguma deficiência ou necessidade? Algo mais? Observe e reflita: quantas dessas pessoas que frequentam a mesma sala de aula que você, o mesmo ambiente de trabalho, o círculo familiar possuem alguma deficiência?
Segundo o censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil possui 45 milhões de Pessoas com Deficiência (PCDs). Ou seja, quase 24% da população é composta por alguém que possui algum tipo de deficiência. Mas onde estão essas pessoas? Para José Roberto Leal, presidente da Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (Aflodef), a falta de ações integradas de políticas públicas são fatores que obrigam os deficientes a “serem presidiários dentro de suas casas”.
José, mais conhecido como Zezinho, e o analista de Diversidade e Inclusão na empresa Resultados Digitais Vinicius Schmidt, participaram no dia 13 de junho da segunda rodada do projeto ‘Gestão da Diversidade’, atividade desenvolvida pelos estudantes da 5ª fase do curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Zezinho e Vinicius abordaram a ‘Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho’ e deram os seus depoimentos de superação e mostram que, por meio do trabalho, o PCD pode ter acesso à inclusão e à inserção social de fato. Com a supervisão da professora Helena Kuerten de Salles, a atividade visa debater em eventos abertos ou seminários internos três assuntos neste semestre: Gênero nas organizações, Deficiência Física e Raça. “São temas muitas vezes invisíveis, mas que fazem parte dos desafios dos futuros administradores. É preciso lidar com a diversidade para desconstruir barreiras e naturalizar a presença dos deficientes físicos, por exemplo”.
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