Agecom 25 anos: entre as notícias de 1992, a criação da Agência de Comunicação da UFSC

02/06/2017 10:30

O primeiro caso de impeachment da história brasileira foi o fato que marcou profundamente 1992. Nas universidades federais houve ampla discussão antes e depois da saída do ex-presidente Fernando Collor de Mello e os seus reflexos para o ensino superior e gratuito.

As páginas impressas do Jornal Universitário (JU), que expuseram por 38 anos o que era notícia no Brasil e na UFSC, repercutiram os acontecimentos daquele ano, e no âmbito local foram destaques a criação da Assembleia Universitária Estatuinte, a exposição da grave situação financeira dos funcionários; o protesto do movimento estudantil contra a privatização, a realização do primeiro Fórum Permanente de Educação Superior. E mais, o primeiro transplante renal do Hospital Universitário; a inauguração da livraria da Editora da UFSC, a mudança de associação para Sindicato dos Trabalhadores da UFSC, o fechamento das rótulas principais do campus para circulação de pedestres, e os 10 anos do Projeto Larus.

A política de publicar conteúdos que atendem a todos os segmentos da comunidade universitária, sem discriminação de tendências ou ideologias, resistiu até os últimos números do JU. Mas em 1992, a produção do jornal passou a ser feita pela Agência de Comunicação (Agecom). Um detalhe que passa despercebido no expediente do número 178, de 30 de junho.

A transição de Departamento de Imprensa e Marketing (DIM) para Agecom ocorreu em 3 de junho de 1992. Não era apenas uma mudança nominal, mas de atuação, pois a palavra “agência” – que remete a agir – integraria todas as áreas de comunicação. A valorização somente foi possível com o incentivo do reitor Antonio Diomário de Queiroz (1992-1996) e da equipe do DIM.

Para dirigir a Agência foi contratada a jornalista Heloísa Dallanhol, de 25 anos. Apesar de jovem, a profissional trazia a experiência do jornal “O Estado”, que na década de 80 era o diário mais importante de Santa Catarina, e do Serviço de Divulgação do Centro Tecnológico (CTC) da UFSC.
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Agecom 25 anos: personagens que escreveram a história da comunicação da UFSC

29/05/2017 17:15

Anos 70. Não é o início da comunicação na UFSC, mas uma década com mudanças significativas nesta área. Nesse período, a figura do jornalista surgiu na Assessoria de Imprensa ligada ao Gabinete da Reitoria. O Jornal Universitário (JU) começou a ser produzido em 1978. A primeira turma do Curso de Jornalismo iniciou as aulas em março de 1979.

As notícias eram boas e foram os primeiros passos para a estruturação do Jornalismo na UFSC, seja no campo acadêmico ou no profissional. Também em 1979 o jovem repórter de 21 anos, Moacir Loth, ingressou na UFSC, onde ficou por 36 anos. Protagonizou avanços e testemunhou recuos e foi, sem dúvida, o personagem que por mais tempo esteve nos bastidores dessa história à frente dos processos de comunicação da universidade.

Moacir desempenhou as funções de chefe da Redação (1984 a 1988), de diretor do Departamento de Imprensa e Marketing (1989 a 1992) e da Agência de Comunicação (Agecom) por aproximadamente 16 anos, em quatro mandatos alternados. Também é reconhecido por seus trabalhos na Editora da UFSC, na qual conduziu a comunicação (2000 a 2006), editou o jornal “Leitura & Prazer” e a revista “Verbo” da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu).

Jornalista Moacir Loth, 36 anos na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Política Pública de Comunicação (PPC) foi um dos principais legados deixados por Moacir. Criada em 1987, o documento completa 30 anos, e desde então orienta os planos, as metas e as ações de comunicação da UFSC. Sobre a filosofia, Loth argumenta que “a comunicação não pode ser chapa branca, isto é, precisa atender de forma profissional e igualitária a Administração Central e o conjunto da comunidade universitária, liberta de qualquer tipo de censura ou discriminação”.

Moacir Loth é um apaixonado pelo ofício e pela UFSC. Sua trajetória é marcada pelo jornalismo crítico, criativo, colaborativo, sistemático e ético. A máquina de escrever Olivetti sempre lhe acompanhou mesmo na era dos computadores. Era comum vê-lo rodeado de livros, anotações e ideias, e possuía um raro perfil de compartilhar, decidir em grupo. A equipe tinha a liberdade de escrever, desde que o assunto fosse bem apurado, com a voz dos dois lados. Para ele “a universidade tem que manter a veia aberta com a sociedade e não podia deixar de falar quando solicitada”.
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