Agecom 25 anos: política de comunicação social sem personalismos

06/06/2017 15:00

“A criação da Agecom não foi um ato isolado. Fez parte de uma reforma administrativa aliada a um conceito de universidade aberta, comunicando-se com a sociedade de forma transparente”. A afirmação é do professor e ex-reitor Antônio Diomário de Queiroz sobre a criação da Agência de Comunicação (Agecom) há 25 anos, no primeiro ano de sua administração na UFSC, de 1992 a 1996.

Diomário argumenta que a “a função de comunicação era central para o conjunto de instituições líderes da sociedade”. No contexto dos anos 90 era fundamental evoluir do conceito de Assessoria de Imprensa do Gabinete da Reitoria para o de Agência, ao mesmo tempo em que o mundo se transformava com as novas tecnologias da informação e comunicação.

Queiroz entende que essa organicidade liberava a agência da tutela do reitor e, ao mesmo tempo, afirmava a responsabilidade por um processo amplo da universidade com a sociedade na busca pelo seu reconhecimento e pela valorização das pessoas.

Fachada da Agecom. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

“A comunicação apoderava-se de um espaço tão fundamental dentro das organizações que era preciso lhe assegurar uma estrutura própria, capaz de gerir uma política social de comunicação que sustentasse o processo de abertura e de extensão da universidade”, recorda.

Para o professor o espaço físico não era o diferencial, e sim a percepção mais ampla que a do Jornalismo em si. Buscava-se o envolvimento dos públicos na comunicação da universidade e credibilidade para atuar junto aos agentes sociais no processo de desenvolvimento do país.
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Agecom 25 anos: personagens que escreveram a história da comunicação da UFSC

29/05/2017 17:15

Anos 70. Não é o início da comunicação na UFSC, mas uma década com mudanças significativas nesta área. Nesse período, a figura do jornalista surgiu na Assessoria de Imprensa ligada ao Gabinete da Reitoria. O Jornal Universitário (JU) começou a ser produzido em 1978. A primeira turma do Curso de Jornalismo iniciou as aulas em março de 1979.

As notícias eram boas e foram os primeiros passos para a estruturação do Jornalismo na UFSC, seja no campo acadêmico ou no profissional. Também em 1979 o jovem repórter de 21 anos, Moacir Loth, ingressou na UFSC, onde ficou por 36 anos. Protagonizou avanços e testemunhou recuos e foi, sem dúvida, o personagem que por mais tempo esteve nos bastidores dessa história à frente dos processos de comunicação da universidade.

Moacir desempenhou as funções de chefe da Redação (1984 a 1988), de diretor do Departamento de Imprensa e Marketing (1989 a 1992) e da Agência de Comunicação (Agecom) por aproximadamente 16 anos, em quatro mandatos alternados. Também é reconhecido por seus trabalhos na Editora da UFSC, na qual conduziu a comunicação (2000 a 2006), editou o jornal “Leitura & Prazer” e a revista “Verbo” da Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu).

Jornalista Moacir Loth, 36 anos na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Política Pública de Comunicação (PPC) foi um dos principais legados deixados por Moacir. Criada em 1987, o documento completa 30 anos, e desde então orienta os planos, as metas e as ações de comunicação da UFSC. Sobre a filosofia, Loth argumenta que “a comunicação não pode ser chapa branca, isto é, precisa atender de forma profissional e igualitária a Administração Central e o conjunto da comunidade universitária, liberta de qualquer tipo de censura ou discriminação”.

Moacir Loth é um apaixonado pelo ofício e pela UFSC. Sua trajetória é marcada pelo jornalismo crítico, criativo, colaborativo, sistemático e ético. A máquina de escrever Olivetti sempre lhe acompanhou mesmo na era dos computadores. Era comum vê-lo rodeado de livros, anotações e ideias, e possuía um raro perfil de compartilhar, decidir em grupo. A equipe tinha a liberdade de escrever, desde que o assunto fosse bem apurado, com a voz dos dois lados. Para ele “a universidade tem que manter a veia aberta com a sociedade e não podia deixar de falar quando solicitada”.
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