Inclusão, diversidade e inovação: conheça o Física Preta e sua idealizadora, pesquisadora da UFSC
O projeto Física Preta, criado no início de 2020, trouxe um formato inovador e um novo elemento à história de Carleane Patrícia da Silva Reis, doutoranda em Física na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Natural de Imperatriz (MA), mas moradora de Florianópolis desde o mestrado, ela é a criadora do projeto, que conta com mais de 12.800 seguidores e vídeos com 1.900 visualizações. Com as redes, Carleane tem demonstrado a realidade de pertencimento de homens e mulheres negros nas ciências. A emoção em poder incluir quem antes se sentia à margem da produção científica e, por muitas vezes, nem mesmo sabia que poderia pertencer a esse local, é o que lhe motiva a continuar produzindo conteúdo. A partir da iniciativa, Carleane deseja construir parcerias com cursinhos pré-vestibulares gratuitos para abrir turmas de tutoria.
“Geralmente as páginas de cientistas pretas e mulheres pretas na ciência trazem fotos de mulheres que já estão lá no topo, que descobriram alguma coisa, ou que já são professoras. Não tem muitas fotos de estudantes no dia a dia, das dificuldades que a gente passa, das dúvidas que a gente tem. Então eu pensei em aproximar mais as pessoas, mostrar mais a minha cara, mostrar como é o dia a dia, mostrar que eu também fico preocupada com as minhas notas, que eu não sou um prodígio que nasceu com a mente brilhante”. Essa diferença garantiu o sucesso tanto do perfil no Instagram como do canal no YouTube.