Dia Mundial de Combate à Aids: conheça a situação de Santa Catarina

01/12/2013 08:45

Este domingo, 1º de dezembro,  está marcado por mais um “Dia Mundial de Combate à Aids”,  e Santa Catarina tem motivos para se preocupar: de acordo com o último Boletim Epidemiológico Aids e DST, emitido pelo Ministério da Saúde, o Estado tem o segundo maior registro de casos de infecção pelovírus HIV no país, atrás apenas do Rio Grande do Sul. No ranking de taxa de incidência da região Sul, cinco cidades catarinenses aparecem entre as 10 primeiras colocadas – Itajaí, Biguaçu, Balneário Camboriú, Florianópolis e Criciúma. Os números mais preocupantes são os de Biguaçu, na Grande Florianópolis, onde os casos de Aids por cem mil habitantes passaram de 35,4 para 88,2 no período entre 2000 e 2011.

Para o médico pesquisador do Hospital Universitário (HU) da UFSC, Edison Fedrizzi, a péssima posição do Estado no ranking nacional está relacionada às duas formas mais comuns de infecção pelo vírus – relações sexuais sem preservativo e contaminação sanguínea por uso de drogas injetáveis. “Em um primeiro momento, acreditava-se que o número estava ligado à primeira forma, principalmente em cidades portuárias, como Itajaí; mas hoje consideramos que esteja mais ligado ao aumento do consumo de drogas, em especial por jovens.”
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UFSC promove ações no Dia Mundial de Combate à AIDS

30/11/2010 17:58

O grupo de lébicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros (LGBT) da UFSC, o Gozze!, prepara um ato nesta quarta, dia 1º de dezembro, às 13h, na Concha Acústica, em frente ao Centro de Comunicação e Expressão (CCE). A ideia é aproveitar o movimento do Projeto 12h30 – que apresenta bandas às quartas-feiras – e chamar a atenção do público para questões relacionadas à AIDS. “Vamos estender a bandeira dos LGBT para desmistificar a relação que é feita entre eles e a doença”, explica um dos alunos integrantes do Goze!, Ringo Bez.

Além da imagem do arco-íris, o grupo trará um palestrante que falará durante cerca de cinco minutos sobre o vírus HIV, formas de contaminação e prevenção, e casais LGBT e heterossexuais trocarão carícias – mãos dadas, abraços e beijos – para colaborar com a quebra do tabu na univerisdade. “É importante dar essa visibilidade ao movimento para que as opressões diminuam. A UFSC também tem o dever de se preocupar com seus alunos, professores e servidores soropositivos”, lembra Bez.

O Hospital Universitário (HU) oferece exames para detecção e controle da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. “Apesar de a referência estadual nessa área ser o Hospital Nereu Ramos, o HU possui um setor que funciona junto à perícia médica, o DST/AIDS, que encaminha pacientes para um médico especialista”, explica a farmacêutica-bioquímica Maria Luiza Bazzo. O serviço é aberto à comunidade da 18ª regional delimitada pela vigilância sanitária, que corresponde à região da Grande Florianópolis.

O laboratório de análises clínicas realiza dois tipos de exame. A pesquisa de anticorpos detecta a presença do vírus no paciente e o exame de carga viral  e contagem de células CD4 e CD8 monitora o número de cópias dos vírus e a quantidade de linfócitos – glóbulos de defesa do organismo. “Os exames são de alto custo, mas Ministério da Saúde oferece três vezes por ano aos soropositivos. O médico faz a solicitação de acordo com a necessidade”, esclarece Bazzo. Aqueles que desejam fazer o exame de detecção de AIDS anonimamente podem procurar o Centro de Testagem e Aconselhamento, no bairro Estreito, unidade que não exige a apresentação da carteira de identidade.

Mais informações: Setor DST/AIDS do HU (48) 3721- 9036 ( à tarde com o enfermeiro Nicolau)

Por Murilo Bomfim/bolsista de jornalismo da Agecom

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