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O projeto de extensão Cine.edu realiza, no dia 4 de dezembro, às 14h, uma Mostra de Vídeo-Cartas e Curtas Infantojuvenis na sala de cinema da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (Bloco D do Centro de Comunicação e Expressão). O evento, gratuito e aberto ao público, marca o encerramento das oficinas de vídeo-carta oferecidas pelo projeto, que desenvolve atividades de cinema, arte e letramento digital com crianças e jovens de Florianópolis, Salvador e Colômbia.

Durante a sessão, estudantes do 5º ano da Escola da Infância, no bairro Ingleses, assistirão às próprias produções audiovisuais realizadas ao longo das oficinas. Também serão exibidas as vídeo-cartas criadas por alunos do Colégio Estadual Professora Marileine da Silva, em Salvador (BA), onde o Cine.edu promoveu encontros formativos em agosto.

Filmes

Imagem do filme ‘Carrinho de rolimã’, que será exibido no evento do Cine.edu. Foto: Divulgação

Além dos trabalhos produzidos nas oficinas, o público poderá assistir a uma curadoria de curtas nacionais e internacionais voltados ao público infantojuvenil. Entre os destaques está Carrinho de Rolimã (2025), de Rafael F. Nzinga, produzido pelo CineDiáspora e distribuído pela Uirá Distribuidora.

O filme acompanha Dandara e Ayara, duas meninas da periferia de Belém do Pará que decidem competir em uma corrida de carrinhos de rolimã e enfrentam os desafios de construir o veículo mais veloz.  Outro destaque da programação é O Último é Mulher do Padre (2024), dirigido por Yasser Socarrás, da produtora florianopolitana Filmes de Apartamento, formada por egressos da UFSC.

Gravado no Maciço do Morro da Cruz, o curta narra a história de Rato, um menino de 9 anos que confronta um colega agressor durante brincadeiras de polícia e ladrão, enxergando no embate a chance de romper um ciclo de violência.

A mostra inclui ainda uma seleção especial de curtas colombianos, resultado da parceria com o Coletivo Cine Caribe. A colaboração teve início após a participação de Rafael Sifontes Bracho em oficinas realizadas em maio na Escola da Infância, fortalecendo o intercâmbio internacional do projeto e ampliando horizontes para diferentes formas de imaginação e expressão audiovisual.

A produção da mostra é assinada por Luz Mariana Blet, doutoranda em Antropologia Social e graduanda em Cinema pela UFSC. Sua pesquisa sobre coletivos audiovisuais periféricos na América Latina e o trabalho de campo realizado na Colômbia em 2024, apoiado pelo Instituto Brasil Plural,  possibilitaram diversas das parcerias presentes na programação.

O evento é gratuito e aberto ao público.

Alunos irão produzir vídeo-cartas sobre os seus territórios (Fotos: Acervo do Projeto)

Um projeto de extensão da pós-graduação da Universidade Federal de Santa Catarina está unindo cinema, arte e letramento digital para possibilitar que crianças e jovens se expressem em vídeo-cartas sobre seus territórios. O Cine.edu, coordenado pela professora Andréa Scansani, do curso de Cinema e do Programa de Pós-Graduação em Literatura, desenvolve uma série de atividades, no formato de oficinas, para que os participantes registrem histórias, paisagens e costumes do lugar onde vivem.

A iniciativa busca, também, que eles desenvolvam um olhar crítico sobre o território e troquem experiências com crianças e jovens de diferentes contextos. A Escola da Infância Professora Neuza Paula da Silveira, no bairro Ingleses, em Florianópolis, tem vivenciado as atividades como parte das aulas de informática da professora Nali Pedroso Nunes. Nos dias 6 e 8 de agosto, estudantes do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas foram a Salvador para promover a troca com os alunos do Ensino Médio do Colégio Estadual Professora Marileine da Silva, no bairro Mata Escura, em Salvador, Bahia. As atividades foram realizadas em parceria com a professora de artes, Lilian Santos

A proposta, segundo explica Luz Mariana Blet, doutoranda em Antropologia Social, estudante de Cinema e integrante do Cine.edu, é fazer com que os estudantes troquem suas vídeo-cartas. Em Florianópolis, são aproximadamente 16 encontros com turmas do 5º ano. “A proposta foi inserida no plano de ensino da professora de Informática, de modo que venha colaborar com o letramento digital, estimular um pensamento crítico e a valorização da diversidade cultural”, comenta.

Em Salvador, atividade foi com jovens do Ensino Médio

Segundo a pesquisadora, a escola tem muitos estudantes estrangeiros e crianças migrantes de outras cidades e estados. “Então, a gente adotou como temática norteadora a discussão sobre território, onde essas crianças vão criar essas cartas falando sobre seus territórios para crianças de outra localidade”, explica.
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