Acidentes com aranhas e lagartas correspondem a 73% dos atendimentos em serviço prestado no HU

11/07/2024 09:18

A cobra coral verdadeira é uma das espécies mais venenosas do país. Foto: Divulgação/CIATox/SC

Na última semana de junho, alunos de uma escola municipal de Timbó, no Vale do Itajaí, tiveram uma visita inesperada na manhã de segunda-feira: uma cobra coral verdadeira, uma das espécies mais venenosas do país, circulava pelo pátio da instituição. Felizmente ninguém se feriu, mas acidentes com animais peçonhentos – alguns deles fatais – estão se tornando comuns no noticiário. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), referência no estado, registrou 5.823 atendimentos relacionados a este tipo de ataque somente no ano passado. A unidade localizada dentro do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU-EBSERH/UFSC) conta com profissionais e estagiários da Universidade em um serviço que é prestado há 40 anos.

De acordo com o mais recente relatório do Centro, publicado em 27 de junho de 2024, as aranhas e as lagartas foram responsáveis por 73% dos casos de acidentes com animais peçonhentos e venenosos registrados em 2023, com 53% e 20%, respectivamente. Na sequência, aparecem no levantamento as serpentes (9%), os escorpiões (8%) e as abelhas e formigas (4%). Quando analisadas as espécies individualmente, a aranha armadeira (Phoneutria spp.) lidera o número de ocorrências, respondendo por 23,6% dos casos. Em segundo na lista está a aranha marrom (Loxosceles spp.), com 12,1%; e, em terceiro, a jararaca ou jararacussu (Bothrops spp.), com 8,5% dos atendimentos. A razão para estes animais terem maior frequência de registro é devido à distribuição geográfica deles, ou seja, são os mais encontrados em Santa Catarina.

A prevenção contra esses acidentes pode ser feita de diversas formas, desde a vestimenta usada ao circular por locais de habitat dessas espécies até intervenções em moradias. Uma das recomendações é a utilização de botas de borracha até o joelho ou botinas com perneiras ao circular no campo ou na mata, bem como de luvas de raspa de couro e peças com mangas longas nas atividades de jardinagem. Além disso, recomenda-se evitar folhagens densas junto a paredes e muros de casas, colocar telas nas janelas e nos ralos das pias ou tanques, rebocar paredes para que não apresentem rachaduras ou frestas e vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha.
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Centro de assistência toxicológica celebra 40 anos com jornada e exposição de animais peçonhentos

08/05/2024 17:15

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC) celebrará na próxima terça-feira, 14 de maio, 40 anos de serviços prestados. Referência em toxicologia clínica no estado, o Centro auxilia em casos de intoxicação e envenenamento, fornecendo informações para profissionais da saúde e população em geral, em regime de plantão 24 horas, todos os dias da semana.

HU/UFSC recebe exposição Animais peçonhentos e 40 anos de história do CIATox/SC. Foto: Tobias Kunz/Divulgação

Para comemorar a data, a Liga Acadêmica de Toxicologia Clínica (LIATox) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) irá realizar na segunda-feira, 13, entre 8h e 17h, a terceira edição da Jornada Acadêmica de Toxicologia para debater temas da área, com enfoque no campo de atuação clínica. O encontro será promovido no auditório do bloco didático da Medicina, no Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU). Já no dia seguinte, na terça, o auditório do HU será palco de uma solenidade de comemoração, a partir das 9h. Na ocasião, haverá a exposição Animais peçonhentos e 40 anos de história do CIATox/SC, no hall em frente ao CIATox/SC.

Segundo levantamento do Centro, desde sua criação até 31 de dezembro do ano passado, o setor realizou 347.686 atendimentos. O CIATox/SC registrou contato de todos os 295 municípios catarinenses. Nesse período, passaram pela unidade 942 estagiários de graduação e pós-graduação e mais de 90 servidores. Ao longo dessas quatro décadas, foram desenvolvidos mais de 30 projetos de pesquisa e extensão, mais de 500 produções científicas, além de inúmeras palestras, visitas guiadas e participações em feiras e exposições.

> Inscrições para Jornada Acadêmica de Toxicologia

Histórico

Os esforços para implementação do Centro tiveram início em 1981, com uma parceria entre a Secretaria do Estado da Saúde (SES), Hospital Universitário e Ministério da Saúde, por meio da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O termo de convênio entre a Fiocruz e a SES/SC, com a participação da UFSC, foi oficialmente firmado em 10 de outubro de 1983. No entanto, o Centro seria oficialmente instalado nas dependências do Hospital Universitário apenas no dia 10 de maio de 1984.
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