Reitoria vê fechamento do campus como estratégia nacional dos grevistas

05/07/2012 12:45

Movimento grevista fechou as rótulas de acesso ao campus universitário na manhã desta quinta-feira

O chefe de gabinete da Reitoria, Carlos Vieira, disse em entrevista coletiva que o fechamento das rótulas de acesso à Universidade Federal de Santa Catarina, na manhã desta quinta-feira, pelos trabalhadores técnico-administrativos em greve, faz parte da ação política do movimento, que considera legítima. “Isso está de acordo com a agenda do movimento nacional, e deve ser respeitado”, afirmou. A interdição do acesso não mudou a estratégia da Administração Central da UFSC de tentar, por meio de contatos da reitora Roselane Neckel com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que o Ministério da Educação abra negociações com o comando nacional de greve para resolver o impasse.

Sobre a paralisação dos serviços no ambulatório do Hospital Universitário, o chefe de gabinete informou que houve reuniões com o comando local da greve e com o comando geral, nesta quarta-feira, para conhecer a adesão do movimento. Apenas o atendimento eletivo será prejudicado, diz ele. “A emergência, a mamografia, os atendimentos de urgência e os serviços essenciais estão garantidos”, ressaltou. Segundo os dados mais recentes do HU, no mês de maio foram realizados 14.349 atendimentos ambulatoriais (média de 652 por dia) e 7.551 atendimentos de emergência (244/dia). O hospital tem mais de 1.500 funcionários.

Carlos Vieira afirma que a atuação da Andifes é morosa, mas ele acredita que a pressão a ser reforçada por outros reitores levará a entidade a buscar uma negociação com o MEC. “É um processo político complexo, porém as conversações devem retornar para a pauta, sempre levando em conta a legitimidade do movimento”, disse.

Acerca da agenda do segundo semestre, o chefe de gabinete informa que, de acordo com decisão do Conselho Universitário, uma avaliação do movimento, incluindo a situação dos docentes (que podem parar no dia 11 de julho), será realizada no dia 24 para decidir se o calendário acadêmico será mantido ou não. A análise contemplará a situação nacional e o quadro local, adiantou Carlos Vieira. “De nossa parte, estamos sempre abertos ao diálogo”, concluiu.

Por Paulo Clóvis Schmitz, jornalista da Agecom/UFSC
Fotos: Wagner Behr

 

Assista à matéria produzida pela TV UFSC sobre o fechamento dos acessos aqui:


Tags: greve dos servidores técnico-administrativosHUUFSC