Técnico da UFSC ganha prêmio nacional sobre orçamento público e justiça social

02/10/2025 17:35

Fábio, à direita, recebe o prêmio em Brasília. Foto: Divulgação

O servidor técnico-administrativo Fábio Marcelo Cuty da Silva, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a professora e especialista em educação inclusiva Jakeline Rodrigues alcançaram o 6º lugar na quarta edição do Prêmio Orçamento Público – Garantia de Direitos e CombateO evento, que recebeu 77 inscrições válidas e reuniu pesquisadores e profissionais de todo o país, foi realizado nesta quarta-feira e quinta-feira, 1º e 2 de outubro, em Brasília. Os oito premiados receberam certificado e premiação em dinheiro.

O trabalho premiado, com o título Orçamento público como instrumento de justiça social e climática: um estudo sobre transparência e participação democrática, aborda o papel do orçamento como ferramenta de promoção de direitos e de incentivo à participação cidadã. “Além disso, pode inspirar gestores públicos a fortalecer mecanismos de escuta social e educação fiscal”, destacou Fábio.

Servidor da UFSC desde 2004, Fábio atua como técnico em Eletromecânica no Departamento de Física do Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM/UFSC), em Florianópolis, nos laboratórios de ensino de Física. O servidor é mestre em Administração Universitária e graduado em Eletromecânica.

O prêmio

A iniciativa é promovida pela Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Planejamento e Orçamento (Assecor), pela Fundação Tide Setubal, pela Associação Brasileira de Pesquisadores e Pesquisadoras Negros e Negras (ABPN) e pela Rede de Economistas Pretas e Pretos (REPP). Tem como apoiadores a Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), o projeto A tenda e o coletivo Elas no Orçamento.

O prêmio reconhece iniciativas voltadas à inovação, transparência e democratização na gestão dos recursos públicos, reforçando o papel das instituições de ensino e pesquisa no debate sobre justiça social e climática.

Pesquisa

Servidor trabalha no CFM, em Florianópolis. Foto: Divulgação

Fábio explica que a pesquisa evidencia que a transparência orçamentária é uma condição para o controle social e que a participação cidadã, por meio de conselhos e fóruns,  fortalece a legitimidade das decisões estatais. O estudo diferencia a transparência formal da substantiva, ressaltando a importância da inteligibilidade das informações. 

Fábio acredita que os resultados da sua pesquisa podem contribuir pára as políticas públicas no Brasil, oferecendo subsídios para repensar os critérios de alocação de recursos, propondo uma governança fiscal inclusiva e sensível às desigualdades sociais e territoriais.

Trabalho no CFM

Ele conta que sua vivência no CFM proporcionou contato direto com processos administrativos complexos e com a gestão de recursos em um ambiente universitário. “Essa experiência aguçou meu interesse pela administração pública, despertando a necessidade de compreender o orçamento como expressão de escolhas coletivas.”

Carreira

Além da carreira acadêmica e profissional, Fábio também traz consigo uma vivência pessoal marcada pela diversidade e inclusão. É pai de uma jovem de 21 anos e, segundo ele, ambos estão no espectro autista em nível leve. “A vivência no espectro autista amplia a percepção sobre as barreiras sociais e institucionais à inclusão. Isso fortalece a defesa de políticas públicas que considerem a diversidade como princípio, garantindo participação equitativa de todos os cidadãos.”

 

Rosângela Matos agecom@contato.ufsc.br
Estagiária da Agecom | UFSC

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