Estudantes de Jornalismo conquistam prêmio nacional de comunicação com reportagens em áudio

Da direita para a esquerda, os estudantes de Jornalismo Camila Borges, Felipe Paze e Nathalia Luna, a professora Valci Zuculoto e o doutor em Jornalismo pela UFSC Anderson Baltar, com os prêmios conquistados. Foto: reprodução/acervo pessoal
Os estudantes de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Camila Borges, Felipe Paze, Júlia Cataneo e Nathalia Luna conquistaram dois prêmios durante o Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, realizado pela Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) nesta semana, entre 1° e 5 de setembro, em Vitória (ES).
Os trabalhos dos acadêmicos foram escolhidos como os melhores do Brasil nas modalidades Produção Laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo e Reportagem em áudio/radiojornalismo, ambas dentro da categoria de Jornalismo da Exposição de Pesquisa Experimental em Comunicação (Expocom). A premiação ocorreu nesta quarta-feira, 3 de setembro, no Centro Universitário Fundação de Assistência e Educação (Faesa), sede do congresso neste ano.
Conheça os trabalhos premiados
As mãos que empurraram o reitor
Vencedor na modalidade Produção Laboratorial em audiojornalismo e radiojornalismo, o podcast As mãos que empurraram o reitor trata da vida e da morte do ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo. As alunas Camila Borges e Júlia Cataneo são as autoras da produção, realizada como avaliação final da disciplina de Laboratório de Áudio e Radiojornalismo, sob orientação do professor Áureo Mafra de Moraes, em junho de 2024.
Ao longo de três episódios, o podcast não conta apenas a história do suicídio do então reitor, mas também aborda as arbitrariedades do sistema judicial brasileiro, o poder da mídia e os interesses políticos relacionados ao caso. No primeiro episódio, intitulado O Reitor, a produção explica os caminhos que Luiz Carlos Cancellier trilhou até chegar à reitoria da UFSC.
No segundo episódio, A Operação, o programa detalha a Operação Ouvidos Moucos, além de nomear os responsáveis pela deflagração da investigação. E, por fim, na edição final, A morte, as autoras retratam “as mãos invisíveis que empurraram o reitor” e quais foram os legados deixados por Cancellier.
Todos os episódios do podcast podem ser acessados na plataforma Spotify.
A cultura drag em Florianópolis: identidade, arte e poder
O trabalho A cultura drag em Florianópolis: identidade, arte e poder é uma reportagem em áudio, produzida pelos alunos Felipe Manica Paze e Nathalia de Almeida Luna para a disciplina de Áudio e Radiojornalismo, no segundo semestre de 2024.
O trabalho explica o que é a figura da drag e traz um panorama completo da cultura, que além de uma arte performática, também age como uma ferramenta de transformação social e ativismo político da comunidade LGBTQ+. O programa apresenta a origem da drag, sua relação com o teatro e a evolução da arte para mais que uma replica da feminilidade, pelas drag queens e atrizes, formadas em Artes Cênicas pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) Mara Bens e Lady de Rosas. E também, a história da cultura drag na capital catarinense, contado pela drag queen e assessora dos direitos LGBTQ+ da Prefeitura de Florianópolis, Selma Light.
A reportagem é dividida em blocos como o Dicionário drag e o Guia cultural, que contextualizam melhor a temática para o ouvinte. São usados também recursos sonoros como radioteatro, sonoras de estalos de dedo, salto alto e gírias popularizadas pela comunidade LGBTQ+ que imergem o ouvinte no universo drag, através de uma ambientação sonora que somente o radiojornalismo proporciona.
A reportagem é em formato de podcast e vinculada a Rádio Ponto UFSC do curso de Jornalismo, e pode ser acessada no Spotify.