UFSC na mídia: professores falam sobre araucárias gigantes e ameaças à espécie

Professor Marcelo Scipioni, um dos entrevistados, falou sobre as pesquisas com araucárias gigantes. Foto: arquivo pessoal
No último domingo, 8 de janeiro, foi ao ar uma edição especial do Globo Rural sobre a araucária. Na data em que completou 43 anos, o programa homenageou essa majestosa árvore do Sul do Brasil. A reportagem de César Dassie destacou que a espécie é uma sobrevivente: presenciou a separação dos continentes e o choque do asteroide que exterminou os dinossauros. Mas quase não resistiu à ação humana.
A busca frenética pela madeira destruiu 97% do total de araucárias, o que colocou a árvore na lista de espécies em risco de extinção. Paralelamente, a etnia indígena Xokleng, cuja história é interligada à da araucária, também quase desapareceu – a população caiu de 4 mil para 104 pessoas entre meados do século 19 e início do século 20. Hoje, indígenas e pesquisadores lutam para preservar a araucária.
Dois professores do Campus de Curitibanos da UFSC estão entre os entrevistados. Marcelo Scipioni falou sobre os estudos com as últimas araucárias gigantes sobreviventes. A gravação foi feita no Parque René Frey, em Fraiburgo (SC), onde está a maior concentração de árvores gigantes, com grandes imbuias e xaxins – uma floresta de crescimento antigo rara, onde seu grupo realiza diversas pesquisas.
Cesar Marchioro, por sua vez, abordou o impacto das mudanças climáticas sobre as araucárias. A espécie, que já está em risco de extinção, pode ficar ainda mais vulnerável por causa do efeito estufa e do aumento da temperatura média anual em seu habitat natural. Dois cenários são projetados: sem novas medidas para controlar a emissão dos gases até 2100, cerca de 77% do habitat da espécie seria perdido; já em caso de forte redução dos gases do efeito estufa em 20 anos, haveria uma perda de aproximadamente 50% da área de distribuição da araucária.
Acesse aqui a reportagem completa. O programa também pode ser assistido na íntegra na Globoplay.