Irineu e Joana apresentam planos para a gestão em entrevista coletiva

06/07/2022 12:58

Coletiva ocorreu nesta terça-feira, na Sala dos Conselhos. Foto: Mayra Cajueiro Warren

Os novos reitor e vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – Irineu Manoel de Souza e Joana Célia dos Passos – concederam nesta quarta-feira, 6 de julho, a primeira entrevista coletiva do mandato. Os gestores aproveitaram a ocasião para apresentar alguns pontos centrais dos planos para os próximo quatro anos e também responderam a questões de veículos internos e externos à Universidade sobre temas diversos, como infraestrutura, orçamento, teletrabalho, permanência estudantil, moradia dos estudantes indígenas, festas no campus e a obra da Rua Deputado Antônio Edu Vieira. 

Antes de abrirem para as perguntas dos repórteres, Irineu e Joana fizeram uma breve apresentação de seus principais projetos para a Universidade, bem como dos desafios que serão enfrentados nos próximos quatro anos. Inicialmente, o reitor sintetizou alguns aspectos fundamentais do programa de gestão, construído coletivamente junto a diversos segmentos da comunidade universitária. Entre os pontos destacados, estão o compromisso com a democracia, o combate a qualquer tipo de discriminação, a excelência da Universidade, a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, a defesa da autonomia universitária, a gestão multicampi e a aproximação da universidade com a sociedade. 

Irineu também ressaltou o papel da nova Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade para ampliar as políticas de permanência estudantil. “Nós vamos ter uma estrutura para realmente atender um grupo grande de estudantes. Nós temos mais de 50% de estudantes que dependem dessa pró-reitoria.” Ele salientou, ainda que os gestores irão “lutar permanentemente pela manutenção dos recursos destinados à educação” e garantir a transparência em sua alocação. 

Na sequência, Joana falou sobre a intenção de criar uma estrutura de promoção à saúde de estudantes, técnicos e professores. Destacou, também, que essa é a primeira gestão que assume com paridade de gênero nos cargos de primeiro escalão e reforçou alguns pontos tratados por Irineu, como a necessidade de assegurar o acesso, a permanência e a conclusão dos cursos pelos estudantes e o fato de a UFSC ser um patrimônio da sociedade. “Exatamente por ser um bem público que nós precisamos assegurar a democracia e a autonomia universitárias como princípios. Porque são esses princípios que vão permitir que a gente faça uma gestão que acolha as diferenças na Universidade. A pluralidade de jeitos de ser e existir, são muito bem vindos, assim como as diferenças no modo de pensar”, enfatizou.

Ao responderem às perguntas dos jornalistas, Irineu e Joana abordaram as dificuldades estruturais e financeiras da Universidade, a intenção de reestruturar a prefeitura do campus, para fortalecer seu papel, e o compromisso de discutir, com a participação dos servidores, a reformulação da portaria do Programa de Gestão que permite o teletrabalho, para uma implementação que atenda à legislação federal e às especificidades da Universidade, “o mais rapidamente possível”, segundo o reitor.

Falaram, ainda, sobre políticas para evitar a evasão de alunos e fortalecer a relação da administração com os discentes. “A Universidade precisa possibilitar aos estudantes o desejo de estar nela e vivenciar, para além da sala de aula, o que a Universidade oferece. E, aí, queremos trazer o campo da arte, da cultura, dos coletivos que existem aqui dentro”, disse Joana.

Quando questionada sobre as festas no campus, a vice-reitora também realçou a necessidade de interlocução com órgãos estaduais e municipais para se pensar em políticas públicas para a juventude, de fortalecer a produção de eventos culturais e de atuar, junto a grupos de estudantes, para a construção de um regramento sobre o tema.

A busca de soluções construídas coletivamente a partir do diálogo com a comunidade também foi citada ao serem indagados sobre os problemas estruturais da Maloca, o alojamento dos estudantes indígenas da Universidade. Irineu e Joana, que já acompanham o problema há anos como diretores de centro, demonstraram preocupação com a situação e afirmaram que buscarão formas de viabilizar, financeiramente, o projeto de construção de uma nova moradia e também que já solicitaram informações sobre um projeto de reforma da Maloca já aprovado pelo Conselho de Curadores.

Além disso, informaram que estudam meios de ajustar as despesas aos cortes de orçamento, sem comprometer as políticas de permanência, e que pretendem fazer reuniões com a prefeitura de Florianópolis para discutir o andamento das obras e a efetivação das contrapartidas, por parte da gestão municipal, referente à ampliação da Rua Deputado Antônio Edu Vieira.

 

Camila Raposo/Jornalista da Agecom/UFSC

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