Fivela encontrada na Ilha de Anhatomirim pode ter mais de 110 anos
A fivela encontrada na Fortaleza de Santa Cruz de Anhatomirim, em uma ação de limpeza em setembro de 2021, é uma peça histórica que pode ter mais de 110 anos. O acessório passou a fazer parte do uniforme das praças do Corpo de Fuzileiros Navais (militares com as patentes de soldado e cabo) por força de decreto instituído em 1908, informou a Marinha do Brasil após consulta da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina (CFISC), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A fivela foi encontrada por voluntários que recolhiam lixo na Ilha de Anhatomirim – local que foi ocupado por contingentes da Marinha do Brasil de 1907 até meados de 1950.

Peça descoberta na ilha (à esquerda) e imagem de arquivo da Marinha do Brasil
De acordo com a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha (DPHDM), esse modelo de fivela foi utilizado como parte do uniforme das praças do Batalhão Naval (período 1908-1924) ou do Regimento Naval (período 1924-1932). Essas duas organizações deram origem, após 1932, ao atual Corpo de Fuzileiros Navais.
A fivela encontrada em Anhatomirim traz a grafia “Marinha Brazileira”, com Z, como era usual à época. Porém, o regulamento que instituiu o uso do acessório pelas praças no início do século XX, informava que a inscrição na peça deveria ser “Armada Brazileira” e não “Marinha Brazileira”. O Decreto nº 6.954, de 21 de maio de 1908, foi assinado pelo então presidente da República, Affonso Penna.
Leia a íntegra do texto na página da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina