TodosPelasVacinas: Trabalhadores da UFSC relatam alegria e expectativa com início da imunização contra a Covid-19
Uma mistura de alegria com expectativa – receber a primeira dose de vacina contra a Covid-19, para trabalhadores da Universidade Federal de Santa Catarina, significou a possibilidade de esperar um recomeço, já que desde março de 2020 a maior parte das atividades realizadas na instituição ocorrem de forma remota. Apesar de ainda não significar um retorno às atividades presenciais, o início da imunização possibilita visualizar um novo cenário.
De acordo com a Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), mais de 2.800 servidores técnicos e docentes geraram sua declaração de vínculo com a instituição. O documento serviu como comprovação para os grupos serem vacinados como trabalhadores da Educação. Outras pessoas que também trabalham na UFSC, como terceirizados, também foram incluídas na vacinação.
>> Informações sobre a vacinação contra a Covid-19 de trabalhadores da UFSC
Quando João Henrique Caetano começou a atuar como vigilante no campus da Trindade, em dezembro de 2020, a cidade universitária já tinha uma outra cara. Com menos movimento diário e prédios com ocupação restrita, a sua foi uma das atividades que permaneceu na modalidade presencial. Por isso, enquanto auxiliava na organização do drive thru no primeiro dia de vacinação, ele também esperava pela sua vez de ser imunizado. “Vamos ver como vai ficar a fila, mas pretendo tomar entre hoje (terça) e amanhã (quarta-feira). Estou, como todo mundo, esperando chegar a minha vez”, diz.
O técnico de refrigeração no Departamento de Engenharia Mecânica, Alexsandro dos Santos, também permaneceu os últimos meses na modalidade presencial. Responsável por manusear experimentos e manter a umidade e temperatura das câmaras de refrigeração, ele chegou cedo ao Centro de Cultura e Eventos, já no primeiro dia, para ser imunizado. “Me sinto feliz e confesso que não esperava que fosse acontecer agora. Mais feliz ainda porque meu pai e minha mãe também já tomaram e estamos sempre juntos”, comenta. “É importante a gente ter acesso, mas deveria ser para todos, para que possamos voltar de forma segura”, resume.
A professora do curso de Química, Juliana Paula da Silva, também celebrou com entusiasmo a vacinação, sem deixar de explicitar a importância de uma imunização ampla. “Vivemos um período difícil, de isolamento, incertezas e muitas perdas. Saber que a ciência está aí e que a vacina, apesar de ter demorado, chegou é um alento, um sentimento de esperança”, diz. Ela conta que também sentiu orgulho de tomar a vacina produzida pela FioCruz, uma instituição pública de saúde, e de estar sendo vacinada na instituição na qual atua como docente. “O desejo agora é que tenhamos mais doses disponíveis para que todos possam ser vacinados. E que esse seja um momento de reflexão sobre a importância do investimento em ciência e tecnologia”, pontua.
O professor do curso de Física, Alejandro Mendoza, relata que aguardou o momento com muita expectativa, mas que é necessário que toda a comunidade universitária seja imunizada para se sentir seguro no trabalho presencial. “Gostaria de voltar quando for possível e seguro para todos”, comenta ele, que tem atuado à distância desde o início da pandemia. “Mas agora estamos mais perto do que já estivemos. Há tempos esperava por esse momento, por isso não hesitei em vir logo no primeiro dia”.
Para a diretora da Biblioteca Universitária, Gleide Ordovás, o setor, que precisou oferecer parte de seus serviços durante a pandemia, teve seus ânimos abalados e seguiu trabalhando, sem deixar a UFSC parar. Agora com a vacina, chega também o orgulho, mas é preciso que essa solução chegue para todos. “Ainda não consigo ficar feliz, vou ser sincera, mesmo com a vacina no braço, pois somos tão poucos sendo imunizados, ainda. Mas a chegada da vacina nos dá forças e nos faz ter mais orgulho ainda de ser
UFSC, de acreditar na ciência, de fazer parte dos pilares da Universidade, ensino, pesquisa e extensão, e neste período de incertezas estar no lugar que aponta a direção certa”, salienta.
Mais esperança
Valdir Nesi Junior, que atua como Técnico em Eletroeletrônica na UFSC Araranguá, celebra a possibilidade da imunização, mas destaca que é importante que todos continuem mantendo os cuidados. “Cada vez que a gente vê alguém sendo vacinado dá um pouco mais de esperança. Aquele quentinho no coração. Porque parece que a gente tá avançando, mesmo que aos poucos, e chegando mais perto do fim de tudo isso. A maneira que a gente pode colaborar com isso é se cuidado o máximo possível e aceitando a vacinação quando chega a nossa vez”, comenta.
Também Técnico em Eletroeletrônica na instituição, o servidor Guilherme Oliveira lembra que só a vacinação irá garantir o retorno de todas as atividades presenciais em segurança. “Eu me sinto extremamente privilegiado em ter recebido a vacina principalmente sabendo que grande parte da população não teve a mesma oportunidade. Estou contando os dias para retornar às minhas atividades presenciais e servir a comunidade acadêmica”, comenta.
A recepcionista, funcionária terceirizada da UFSC em Blumenau, Roberta de Almeida, emocionou-se com a imunização. “A vacinação é muito importante porque dá uma esperança de que logo tudo poderá voltar ao normal. Fiquei muito emocionada. Só não fiquei mais feliz porque a vacina ainda não está liberada para todos.”
Já Sandra Elisabeth Lima, Assistente em Administração no campus de Curitibanos, comenta que 31 de maio foi um dia especial por conta do início da imunização dos trabalhadores. “Para mim, nunca o termo igualdade foi tão bem aplicado. Do diretor do Campus aos terceirizados, todos vestimos a mesma camisa para jogarmos no time da vida”, diz. “Senti orgulho em pertencer à família UFSC”.
Em Joinville, a vacinação dos trabalhadores da UFSC começa nesta semana. Quem ainda não se vacinou deve procurar informações no seu município de lotação. Pessoas que atuam em instituições de ensino continuarão a ser vacinadas em todo o Estado de Santa Catarina, que também já reiniciou em vários municípios a imunização da população por faixa etária.
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Amanda Miranda e Mayra Cajueiro Warren / Agecom / UFSC