Gleide Bitencourte Ordovás assume a direção da Biblioteca Universitária

04/09/2020 13:39

Gleide Bitencourte J. Ordovás é bacharela em Biblioteconomia e mestra em Gestão da Informação

A servidora técnico-administrativa Gleide Bitencourte J. Ordovás é a nova diretora da Biblioteca Universitária (BU). Gleide assumiu o cargo, referente à gestão 2020-2022, na última terça-feira, 1º de setembro. Ela sucede Roberta Moraes de Bem, na direção desde 2016.

Bacharela em Biblioteconomia e mestra em Gestão da Informação pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), sua trajetória na UFSC se iniciou em 2011, como professora substituta na área de Ciência da Informação. Em 2013, passou no concurso para auxiliar de biblioteca e, por conta de sua experiência prévia com acervos de obras raras, foi lotada no Setor de Coleções Especiais da Biblioteca Central, do qual chegou a assumir a chefia. Atualmente, é também coordenadora da Comissão de Comunicação e Marketing da BU e integra Grupo de Trabalho de Agentes de Comunicação da UFSC desde o seu início – e pretende se manter em ambos paralelamente às atividades de gestora.

As incumbências da direção não são novidade para ela. No início da gestão de Roberta, Gleide passou a exercer a coordenação da Biblioteca Central e Difusão da Informação, o que, segundo o regimento da BU, funciona como uma vice-direção. Além de auxiliar diretamente a diretora, a coordenadora a substitui em caso de afastamento ou férias, por exemplo. Dessa forma, Gleide já atuou como diretora interina por diversos motivos e em momentos variados. Inclusive, era ela que estava na gestão em março, quando a Covid-19 foi declarada como pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e as medidas de contingência foram implementadas na UFSC.

Desafios em meio à pandemia

“A biblioteca não parou em momento algum. Todos nós estamos trabalhando muito”, salienta a diretora, ressaltando o esforço contínuo de buscar o melhor para a comunidade universitária. Logo no início da pandemia, foi instituído um grupo de trabalho para desenvolver um apêndice voltado às ações de enfrentamento à Covid-19 para o Plano de Contingência e Emergência da BU. O documento ampara a biblioteca em situações de crise, como enchentes e incêndios, por exemplo. 

“O grupo estudou tudo o que foi saindo sobre atendimentos em bibliotecas durante a pandemia, de que forma isso poderia se dar, todos os perigos decorrentes do atendimento dentro de uma biblioteca, que é diferenciado de outras áreas, a quantidade de tempo que o livro pode ficar infectado, o próprio ambiente: tudo foi minuciosamente estudado. A biblioteca, então, conseguiu organizar suas próprias medidas de segurança, também conversando com a direção do DAS [Departamento de Atenção à Saúde] da UFSC, que nos fundamentou e orientou bastante”, relata Gleide.

Assim que a Universidade anunciou a suspensão das atividades presenciais e o regime de teletrabalho, a equipe começou a planejar adaptações para o atendimento remoto e organizou a escala de atendimento presencial para situações que não podem ser feitas a distância – como é o caso da devolução de livros por alunos que vão se formar ou trancar a matrícula e servidores que pedem a aposentadoria. “Organizamos tudo para manter o máximo de serviços possíveis. Então, continuamos ofertando capacitações e acertando o acervo da melhor forma possível, organizando tudo o que tínhamos para oferecer virtualmente para auxiliar os usuários”, comenta a diretora. 

Ainda, foi acionado um chat para atendimento em tempo real e foram reorganizados o portal da BU, os atendimentos por e-mail e a interação pelas redes sociais e realizados treinamentos para os servidores, entre outras atividades. Também está em andamento um estudo de usuário, e, recentemente, o atendimento presencial, na Biblioteca Central e nas setoriais, foi ampliado para empréstimo de livros para professores mediante agendamento – tudo seguindo as medidas de segurança recomendadas pelas autoridades de saúde e as determinações do Plano de Contingência e Emergência. Os serviços oferecidos estão listados na página da biblioteca.

Planos para a BU

“Uma gestão sensível às necessidades da comunidade universitária é o que nos move”, afirma Gleide. Sua proposta está alinhada à da gestão anterior e envolve a continuidade à gestão participativa, com foco na liderança distribuída. Entre as ações planejadas, estão a atualização do regimento interno da BU, o investimento em sistemas e medidas para a preservação e conservação do acervo, a atualização da política de desenvolvimento de coleções, o investimento na aquisição de acervos virtuais, o apoio às comissões de trabalho da BU, o incentivo à capacitação e à qualificação dos servidores e, sobretudo, a promoção da melhoria contínua na prestação dos serviços de informação à comunidade universitária, missão da BU. 

Adicionalmente, está em estruturação um projeto de ressignificação dos ambientes da BU, com o aprimoramento de espaços de exposições, sala de estudos em grupo, ilhas de atendimento e da área de pufes, entre outros. Também há tratativas para a retomada de alguns espaços da Biblioteca Central cedidos a outros setores, “como é o caso de uma sala que serve de depósito para Coperve, que pretendemos transformar num espaço Maker, assim que for desocupada”, conta Gleide. A ideia é que a sala seja convertida em um ambiente multifuncional, com mesas de desenho e de bricolagem, impressoras 3D, área para filmagem de audiovisual, “várias coisas acontecendo em um espaço só, incluindo empréstimos de vários tipos de materiais diferenciados. No caso, já temos a Biblioteca das Coisas, para o empréstimo de materiais diferenciados, mas queremos aumentar esse acervo”, complementa.

“A gente é tão empolgada na BU. Nós nos envolvemos realmente e queremos ver a biblioteca sendo incrível, sendo acolhedora, sendo importante, fundamental para os alunos, e realmente respondendo a toda essa importância. Então, trabalhamos com muito coração mesmo para a biblioteca ser maravilhosa e ser um dos pontos principais para o aluno quando estiver fazendo sua graduação, sua pós, e também para os servidores e para a comunidade. A gente faz o que pode para a biblioteca responder da melhor forma possível para todo mundo. A gente trabalha realmente com muito coração”, enfatiza a diretora.

 

Camila Raposo/Jornalista da Agecom/UFSC

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