Diretor da Imprensa Universitária completa 50 anos de trabalho na UFSC

15/06/2020 09:00

Desde 2016, Paulo Marcio Ávila é diretor da Imprensa Universitária. Foto: arquivo pessoal

Em 15 de junho de 1970, há exatos 50 anos, o servidor técnico-administrativo Paulo Marcio Ávila iniciava sua carreira na Imprensa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ocupando o cargo de montador cinematográfico, Paulo atua, desde 2016, como diretor da Imprensa Universitária e enfatiza que o trabalho na UFSC “está no sangue, parece que entrou na veia”.

Nesse meio século, Paulo fez parte de muitas mudanças na Imprensa Universitária. Não é exagero dizer que sua trajetória, da qual fala com orgulho, se confunde com a própria história do setor, inaugurado em julho de 1965. “Antigamente era tudo manual, eram serviços artesanais: montagem de livro, folder, cartaz. Quando tinha máquina mono [monocromática, realiza apenas impressões em uma cor], era tudo artesanal. Fazíamos a montagem, para depois gravar a chapa e, então, mandar para a máquina. E antes, quando era tipografia, tinha que bater o linotipo, depois fazer a paginação para mandar para as máquinas”, lembra o diretor. 

A Imprensa, ele conta, começou com máquinas tipográficas e, em 1972, a chegada de uma impressora offset “deu uma melhoria no serviço”. Mais recentemente, em 2018, o parque gráfico foi reestruturado, com o recebimento, por doação da Imprensa Oficial do Estado de Santa Catarina, de equipamentos de grande porte, como uma impressora offset de quatro cores, que possibilitou a impressão de livros com capas e páginas coloridas, além de guilhotina, máquina de costura automática, laminadora para plastificar capas, entre outros. “A agilidade melhorou muito. A gente coloca uma capa de livro dentro de uma máquina dessas, e em menos de uma hora e meia a capa já está pronta, já sai com as  quatro cores e pronta. A gente conseguiu muita coisa. Naquela época em que comecei era fogo. Tinha que fazer uma chapa, colocar uma cor, depois gravar outra chapa, colocar outra cor… Agora melhorou muita coisa”, afirma.

Como não poderia deixar de ser, a pandemia de Covid-19 afetou a rotina de Paulo e da Imprensa. O setor continua funcionando presencialmente, atendendo principalmente a demandas do Hospital Universitário (HU). Paulo, contudo, assim como outros colegas, trabalha de casa aos 70 anos de idade, faz parte do grupo de risco da doença. “Já estou agoniado, porque cinco horas, cinco e meia, eu já estava lá dentro da Imprensa. A gente tinha essa rotina, aí aparece essa pandemia e dá um breque na gente. A gente fica meio doido, mas tem que estar centrado e tocar o barco”, comenta, ressaltando a saudade dos colegas e do dia a dia na Universidade. “Ainda bem que estou com vida e saúde, que é o importante. O resto a gente vai tocando”, complementa.

Paulo, que já podia estar aposentado há 15 anos, planeja dar início à aposentadoria até o final de 2020. Sua ideia é aproveitar o tempo livre para conhecer novos lugares com a esposa: “Uma hora tenho que me aposentar, né, para curtir a vida, viajar. Vamos ver se passa essa pandemia para começar a viajar e curtir um pouquinho a vida.” 

 

Camila Raposo/Agecom/UFSC

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