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A Área de Alemão (do DLLE) e o Núcleo de Estudos de Literatura em Língua Alemã (LiLiA) convidam para o evento “30 anos da queda do Muro de Berlim” que acontecerá na terça-feira, dia 26 de novembro, das 13h30 às 15h, na sala 246 do Básico (prédio A do Centro de Comunicação e Expressão). Convidada especial é a jornalista Kristina Michahelles que, na época (1990-1991), cobriu os desenvolvimentos históricos da reunificação alemã.

O Muro de Berlim foi o símbolo mais emblemático do antagonismo de capitalismo (República Federal da Alemanha) e comunismo (República Democrática da Alemanha) e, sendo assim, não apenas a fronteira entre dois países, mas a construção de concreto que dividiu as duas esferas da Guerra Fria. Erguido em 1961 a função do Muro entre as duas partes da Alemanha era impedir a emigração de grande parte da população da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental. O Muro cimentou, no sentido literal, a existência de dois estados, impossibilitou por muito tempo contatos (seja de familiares, seja de amigos) entre os estados e materializou a falta da liberdade de livre locomoção dos alemães da RDA.

Pouco antes e durante as festividades do aniversário dos 40 anos da fundação da República Democrática se evidenciaram graves problemas econômicos do estado e a necessidade de reformas políticas. Circunstância importante é, neste contexto, a atuação de Michail Gorbachov como líder da União Soviética. Em meios ao clima de protestos e de manifestações populares teve lugar, na noite do dia 9 de novembro de 1989, um lapso retórico durante uma entrevista coletiva do governo da Alemanha Oriental. Este lapso, uma fala curta e confusa do porta-voz Günter Schabowski levou, ainda na mesma noite, à abertura do Muro de Berlim, fato que quase ninguém considerava uma opção realista para o momento histórico. A queda do Muro resultou na reunificação da Alemanha bem como na superação da divisão do Mundo em esferas antagônicas. 30 anos depois da noite quase surreal de Berlim, o país unificado, politicamente estável, economicamente próspero apresenta uma forte tendência nacionalista especialmente nos estados da antiga Alemanha Oriental, tendência que é motivo de grande preocupação.

Mais informações: Werner L. Heidermann (Ramal 9288, 99615-8215)