Assembleia Geral da UFSC rejeita Future-se. Decisão definitiva será do Conselho Universitário

03/09/2019 00:14

O maior auditório da UFSC ficou lotado nesta segunda-feira, durante assembleia unificada. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Mais de quatro mil pessoas lotaram o Auditório Garapuvu e a área em frente ao Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancelier de Olivo nesta segunda-feira, 2 de setembro, durante a assembleia geral, convocada pelo Conselho Universitário (CUn), que reuniu estudantes, técnicos-administrativos em Educação e docentes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A assembleia durou mais de três horas e rejeitou, por unanimidade, o Programa Future-se. O posicionamento definitivo da instituição será deliberado pelo CUn nesta terça-feira, 3 de setembro, a partir das 14h, também no Auditório Garapuvu. A sessão será transmitida ao vivo.

Milhares de pessoas acompanharam a assembleia do lado de fora, e participaram das votações. Estavam presentes diversos coletivos, entidades representativas e estudantes dos campi. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

Além do Future-se, a assembleia, formada em sua maioria por estudantes, discutiu os bloqueios orçamentários e as medidas da Administração Central, anunciadas na última sexta-feira, 30.

Foi aprovado um posicionamento solidário à comunidade da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), que teve nomeado como reitor da instituição o terceiro colocado nos processos de consulta pública e votação em Conselho Universitário. O reitor Ubaldo Cesar Balthazar manifestou-se favorável à formalização do apoio à UFFS em nota oficial.

A realização do Vestibular 2020 foi discutida, e houve votação a favor da suspensão do concurso. A decisão terá que ser referendada pelo Conselho Universitário. O Vestibular 2020 será unificado e selecionará vagas para cursos de graduação da UFSC e UFFS.

A deliberação final sobre o Future-se ocorre na terça-feira, 3 de setembro, no Garapuvu. (Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC)

A assembleia também aprovou o estado de greve, e rejeitou a possibilidade de ocupação dos prédios da UFSC neste momento. As categorias devem reunir-se nos próximos dias para decidir os encaminhamentos.

O reitor avaliou a assembleia como legítima e ressaltou que as propostas serão levadas ao CUn. “A assembleia, convocada pelas entidades representativas de estudantes, técnicos e docentes, transformou-se em uma assembleia estudantil, o que não lhe tira a importância e legitimidade. Foram apresentadas propostas que, em última análise,  serão avaliadas pelo Conselho Universitário”, declarou.

A assembleia aprovou, ainda, a adesão às manifestações convocadas pela União Nacional dos Estudantes (UNE) para o dia 7 de setembro, a criação de um comitê de mobilização externa e o texto de uma carta à Reitoria pedindo a renegociação dos contratos terceirizados pela readmissão dos profissionais que foram dispensados.

 

Mayra Cajueiro Warren / jornalista da Agecom / UFSC

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