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Gestores participam da quarta reunião do PDI UFSC 2020 – 2024. (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

O Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) UFSC 2020-2024 chega agora às etapas de finalização do documento. A comissão responsável pela elaboração do PDI reuniu-se, pela quarta vez, na manhã desta quarta-feira, 14 de junho. Participaram da reunião todos os setores administrativos e acadêmicos da Universidade.

Nesta etapa do processo, os gestores receberão a versão consolidada do documento para fazer os últimos ajustes antes que o material seja finalizado e encaminhado para consulta pública. A previsão é que o documento seja disponibilizado para toda a comunidade universitária conhecer e fazer sugestões a partir da segunda semana de setembro.

O secretário de Planejamento e Orçamento (Seplan), Vladimir Arthur Fey, apresentou o cronograma. “A intenção com este PDI é permitir que tenhamos os objetivos, os recursos de governança, as iniciativas estratégicas, ações, metas, indicadores estabelecidos independentemente da questão orçamentária que estamos enfrentando ultimamente. Esta é uma proposta diferente, poucas universidades se aprofundaram desta forma, e acreditamos nesse trabalho, que é um marco para a Universidade”, pontuou.

Vladimir Arthur Fey, secretário de Planejamento e Orçamento da UFSC. (Foto: Pipo Quint/Agecom/UFSC)

O PDI recebeu, em etapas anteriores, mais de 2 mil contribuições de todos os setores da UFSC. Essas sugestões foram revisadas e consolidadas pela equipe do Departamento de Planejamento e Gestão da Informação (DPGI/Seplan) e irão agora para apreciação dos setores, que terão duas semanas para devolver o documento à Seplan para finalização e disponibilização em consulta pública. De abril a junho de 2019 a comissão realizou 24 reuniões, com a participação de 36 unidades, sendo 26 administrativas e 10 acadêmicas. Recebeu 2.126 contribuições, sendo que 1.710 foram aprovadas integralmente, 14 aprovadas parcialmente, 160 realocadas e 242 não aprovadas.

Durante a reunião, houve muitas manifestações a respeito da questão orçamentária da UFSC, em especial uma solicitação do diretor do Centro de Ciências Biológicas, Alexandre Verzani Nogueira, que pediu que o secretário da Seplan compartilhasse informações sobre as perspectivas de funcionamento da Universidade com as dificuldades financeiras que as instituições federais de ensino superior têm enfrentado. Vladimir então apresentou aos presentes todo o panorama orçamentário, qual o valor bloqueado e disponível, e salientou as ações que foram tomadas para buscar uma redução de cerca de 10% nas despesas mensais com contratos de terceirização. Segundo explicou Vladimir, a economia é insuficiente frente aos bloqueios, que continuam na casa dos R$ 60 milhões, e que geram consequências para a comunidade universitária. Os valores que a UFSC já recebeu até agora somam 58% do orçamento total, e, considerando o bloqueio de 30%, haveria apenas 12%, ou cerca de R$ 17 milhões a serem recebidos. Esse valor, segundo o secretário, possibilita pagar as contas até meados de setembro. Após esse período, se não houver mudanças, a UFSC começa a deixar de honrar seus pagamentos.

O panorama econômico fomentou que alguns gestores se manifestassem inseguros ao incluir no PDI metas que podem não ser cumpridas em função das dificuldades econômicas nos próximos anos. Essa questão foi respondida pela Administração Central, que recomendou que todos planejassem o que seria ideal para a Universidade, para depois considerar alterações ao Plano ocasionadas pela falta de recursos. No decorrer dos anos, haverá uma série de ações de acompanhamento do PDI, que permitirá ajustes às metas considerando-se a realidade orçamentária.

“Temos tudo para que este seja um PDI bastante diferenciado. Não vamos temer, vamos seguir nosso cronograma. Este é um documento bem elaborado, com ampla participação. É a oportunidade que temos para colocar em um documento a universidade que queremos.”, salientou a vice-reitora Alacoque Lorenzini Erdmann.

Mayra Cajueiro Warren / jornalista da Agecom / UFSC