Dia Nacional do Doador de Sangue: voluntários doam vida no Hospital Universitário

24/11/2017 14:16

Giordana estava nervosa. Gerley estava alegre. Estudante e taxista aguardavam, lado a lado, para doar sangue na manhã desta sexta-feira, 24 de novembro, no Banco de Sangue do Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Um dia antes da comemoração nacional do Dia do Doador de Sangue, neste sábado, 25 de novembro, Giordana Urize Paiva, A+, 21 anos e estudante de Engenharia Mecânica na UFSC, fez a sua primeira doação. Estava confiante com a escolha. “Eu sempre tive vontade de doar, só que eu tinha receio e nunca vinha. Hoje eu estava passando aqui na frente e pensei ‘agora eu vou lá’”, relata ela, ao enfatizar que sempre quis doar porque não custa nada e ajuda outras pessoas. “São alguns minutos da minha vida que pode salvar outras”.

Mais experiente com a prática de doar sangue, Gerley Edson Machado, AB-, 43 anos, taxista e morador do Carianos, repete essa prática há 10 anos. Ele conta que na época não conhecia o seu tipo sanguíneo, mas que foi acolhido pela equipe de enfermagem do Hemosc e desde então não parou mais de doar. “Essa é a minha forma de ajudar. Me sinto bem, eu sei que vai ser benéfico para alguém e que, através de mim, essa pessoa vai se recuperar de uma cirurgia, de um acidente. Saio daqui realizado, mais leve”.

Segundo Neuza Libra Daniel, enfermeira do Serviço de Hemoterapia do HU, o período de férias acadêmicas na UFSC são os com menor número de doadores. “Os principais doadores do HU são os alunos, os doadores jovens”.

Neuza explica que os procedimentos de triagem e colega de sangue seguem, rigorosamente, as normais estabelecidas pela Portaria n° 158, de 04 de fevereiro de 2016, emitida pelo Ministério da Saúde. “Ao chegar é feito um cadastro do doador. Em seguida, ele passa por uma pré-triagem e triagem clínica, em que são verificados peso, altura, pressão, entre outros. A nossa preocupação nestas etapas é garantir a proteção ao doador e ao receptor para que não ocorra nenhum dano a eles”.

Após a doação, que dura de 10 a 15 minutos para a coleta de uma bolsa de sangue (450ml), Giordana e Gerley são recebidos com um bandeja com alimentos e líquidos. “É importante que os doadores se hidratem e se alimentem depois da doação”, salienta a enfermeira.

A equipe do Banco de Sangue acompanha todos os movimentos dos doadores, dando suporte e auxílio. Por mês são coletadas 250 bolsas de sangue, quase a mesma quantidade utilizada pelo HU. “Em conjunto com setores de engenharia da UFSC identificamos o número ideal de coletas para suprir o HU, com isso evitamos o desperdício, uma vez que a bolsa pode ficar armazenada por apenas 42 dias”, fala Neuza.

Separadas em três, cada coleta se transforma em bolsas de plaquetas (CP5), plasma fresco (PF) e concentrado de hemácias (CH). Acostumado com as agulhas, Gerley brinca e reforça sobre a importância das pessoas doarem sangue. “Eu sou doador de sangue há muito tempo e digo que não precisa ter medo. O tamanho da agulha assusta um pouco, mas é bom para a autoestima porque você vai ajudar outra pessoa e, com isso, eu já saio daqui transformado. Não tem risco nenhum, é totalmente seguro, e quanto mais doadores melhores, melhor”.

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Para ser um doador é preciso ter entre 18 e 69 anos, estar em boas condições de saúde, pesar acima de 50 kg, apresentar documento oficial de identificação com foto, ter dormido bem, fazer refeições leves nas quatro horas que antecedem a doação, evitar o uso de bebidas alcoólicas nas últimas 12 horas.

Quer doar? Basta se dirigir ao Banco de Sangue do HU, em Florianópolis, ou a um Centro de Coleta do Hemosc indicados no site. As doações no HU podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12h.

Nicole Trevisol/Jornalista Agecom/UFSC

Fotos: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

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